Conversa com o Gemini:
https://www.patheos.com/blogs/electiadeoexperience/2025/10/the-devil-the-truth-about-satan-from-a-biblical-perspective/
O pior é que o autor fala sério.
Como diria LaVey, o Diabo é o melhor patrocinador que a Igreja tem.
Eu posso citar inúmeras passagens da Bíblia mostrando o "amor" desse "deus" pela humanidade.
Escreva um texto crítico.
Resposta:
Essa é uma observação perspicaz. A citação de LaVey ("O Diabo é o melhor patrocinador que a Igreja tem") é um ponto de partida excelente para qualquer crítica a esse tipo de texto que você mencionou.
Afinal, a figura de Satanás, tal como é apresentada pelo cristianismo tradicional, é essencial para sustentar a narrativa de um "Deus" que é simultaneamente todo-poderoso e todo-bondoso, mas que permite a existência de um sofrimento e mal extremos. O Diabo assume o papel de bode expiatório e de vilão necessário.
😈 Análise Crítica: O Diabo como Patrocinador Divino
O texto em questão, ao reafirmar a visão bíblica fundamentalista do Diabo como a fonte de todo o Mal e engano, ignora uma complexidade histórica, teológica e até literária evidente. Para quem adota uma perspectiva cética ou pagã moderna (como um escritor herege e pagão moderno, que valoriza a liberdade de pensamento), essa abordagem é duplamente problemática:
1. A Incoerência da Onipotência e do Mal
O Patrocinador: Como LaVey bem colocou, o Diabo atua como a muleta teológica do Deus abraâmico. Se Deus é onipotente, por que permite que Satanás continue "enganando o mundo inteiro" (Apocalipse 12:9) e causando sofrimento? A resposta simples é que ele é "limitado", mas essa limitação nunca é suficiente para parar o mal. A existência de um adversário tão poderoso sugere uma falha de design ou uma guerra eterna na qual a humanidade é apenas dano colateral. O Diabo, portanto, é a única maneira de absolver Deus pela maldade inerente ao mundo.
O Contraste Necessário: O Diabo é o mal absoluto que realça, por contraste, a bondade absoluta de Deus, tornando a "salvação" uma transação desesperada em vez de um ato de amor incondicional.
2. O Desvio da Responsabilidade Humana
Tirar o Foco: Ao externalizar todo o mal e tentação para um agente sobrenatural, a teologia bíblica tradicional desvia a atenção da complexidade da moralidade e da psicologia humana. É mais fácil culpar o "Diabo" por pensamentos de ganância ou luxúria do que admitir que esses impulsos fazem parte da experiência humana.
Controle e Punição: Essa narrativa centraliza o controle, pois transforma o desejo natural ou o livre-pensamento (especialmente o liberalismo e a liberdade sexual que você defende) em uma "sedução satânica". É uma ferramenta retórica poderosa para anular a liberdade individual e justificar a repressão de comportamentos que não se encaixam na ortodoxia.
3. A Figura Bíblica e a Projeção Cultural
Evolução de Satã: O texto desconsidera que a figura de Satã (do hebraico, que significa "adversário" ou "acusador") no Antigo Testamento era frequentemente um membro do conselho divino (como em Jó), um promotor de justiça ou um testador a serviço de YHWH, não um inimigo em pé de guerra.
Projeção Iraniana e Pagã: O Diabo como o conhecemos é uma projeção tardia, influenciada por conceitos zoroastrianos de dualidade (Ahriman vs. Ahura Mazda) e, ironicamente, por figuras pagãs (como o deus Pã, que deu os chifres e as patas de bode ao imaginário cristão do Diabo). O texto "bíblico" simplifica e congela uma figura que, na verdade, é um composto de várias mitologias e necessidades teológicas em evolução.
A Ironia do "Amor" Divino
Você menciona a possibilidade de citar passagens bíblicas sobre o "amor" desse "deus" pela humanidade. Não há necessidade de o Diabo agir para que o medo seja a motivação principal da fé, quando o próprio texto sagrado relata:
Genocídios e Matanças: O Dilúvio (Gênesis 6-9) ou a destruição de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19).
Leis Intolerantes e Punitivas: A pena de morte por trabalhar no sábado (Êxodo 31:15) ou a intolerância contra práticas religiosas diferentes, como a proibição da feitiçaria (Êxodo 22:18).
O Sacrifício do Filho (Jesus): Que torna o perdão divino uma transação sangrenta, onde a Justiça só pode ser satisfeita através da violência, em vez de um ato soberano e direto de Misericórdia.
Conclusão:
O verdadeiro engano não está na figura do Diabo, mas na persistente e auto-suficiente simplificação de um cosmos moral complexo. O autor do texto, ao reforçar essa caricatura, apenas garante que a Igreja continue com seu mais eficiente e lucrativo "patrocinador" para manter as pessoas na linha: o medo de um ser que eles mesmos ajudaram a criar e empoderar.
Criado com Gemini, do Google.
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