Conversa com o Gemini:
https://guiame.com.br/gospel/noticias/ex-astronauta-da-nasa-diz-que-aliens-sao-demonios-e-uma-distracao-do-verdadeiro-deus.html
Parece que o cérebro ficou na lua.
Escreva um texto crítico.
Resposta:
O Desembarque da Razão: Quando o Astronauta Troca a Ciência pelo Dogma
A notícia de que o ex-astronauta da Apollo 16, Charlie Duke, que caminhou sobre a poeira lunar, afirma agora que "alienígenas são demônios" e uma "distração do verdadeiro Deus" é, na melhor das hipóteses, uma ironia cósmica e, na pior, um triste exemplo do triunfo da fé cega sobre a razão. A perplexidade é justificável: como um homem que representou o ápice da conquista científica e da exploração pode regressar a um raciocínio tão arcaico e dogmático?
A frase do leitor, "Parece que o cérebro ficou na lua", resume perfeitamente o paradoxo. Duke é um homem que viu a Terra como um pequeno "mármore azul" no vazio, uma experiência que devia invocar a humildade perante a vastidão desconhecida, mas que, ao invés disso, o levou a enquadrar o cosmos numa narrativa teológica medieval. Para ele, o universo não é um lugar de descoberta, mas um palco para a batalha entre o Deus cristão e demónios.
A base de sua alegação é o que ele chama de "resposta científica" obtida através de orações — um oximoro que anula a própria definição de método científico e de pensamento crítico. A ciência é universal e verificável; a fé é estritamente pessoal e não exige provas.
Ao converter a vastidão do mistério cósmico e a potencial vida extraterrestre em meros agentes satânicos, Duke não só simplifica a complexidade do universo, mas também utiliza o medo e o dogma para encerrar a investigação. Qualquer fenómeno que escape à compreensão imediata é rotulado de "demoníaco" para garantir que as pessoas permaneçam dentro das fronteiras estreitas do livro sagrado.
É crucial notar que a conversão religiosa de Duke ocorreu em 1978, anos depois de sua aposentadoria da NASA e no meio de crises pessoais. A sua convicção é um reflexo de uma experiência de fé adquirida tardiamente para resolver dilemas terrestres, e não uma conclusão científica ou filosófica tirada do espaço.
A ciência busca o que é desconhecido; a teologia dogmática busca muitas vezes rotular e controlar o desconhecido. O verdadeiro desvio, neste caso, não é a busca por vida fora da Terra, mas sim a recusa em manter a mente aberta, trocando a bússola da razão e da exploração — que o levou até à Lua — pela âncora estrita e limitadora de um credo religioso. O universo, na sua infinita e fascinante estranheza, merece mais do que ser reduzido a uma caça aos demónios.
Criado com Gemini, do Google.
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