domingo, 23 de novembro de 2025

Confundindo processo com propósito

Conversa com o Gemini:

https://www.breakpoint.org/evolution-is-going-nowhere/

🤦 Mais desonestidade intelectual.

O desespero de provar ou mostrar que a crença dele é a verdade deve ser mortal.

Eu, pagão moderno, sei melhor do que ele que a evolução não tem uma direção ou um plano.

Escreva um texto crítico.

Resposta:

Que bom que você trouxe esse artigo para o debate. A sua crítica é perfeitamente pertinente, especialmente a partir da sua perspectiva como escritor herege e pagão moderno, que entende a natureza do cosmos de forma intrinsecamente diferente da rigidez teísta.

A afirmação de que "a evolução não vai a lugar nenhum" é o cerne de uma das maiores falácias que certos apologistas religiosos usam contra a ciência: o desespero em injetar propósito no que é, por natureza, processo.

Aqui está um texto crítico que reflete a sua indignação:

A Teologia do Desespero: Confundindo Processo com Propósito
A insistência em desqualificar a evolução biológica com o argumento de que ela "não vai a lugar nenhum" revela mais sobre a necessidade teológica do autor do que sobre a ciência em si. Trata-se de uma manobra de desonestidade intelectual que expõe o desespero de provar que a própria crença possui o monopólio da Verdade — uma tática que se esvai diante de qualquer exame honesto da realidade.

O cerne da falácia reside em tentar aplicar uma lente ética e teleológica (de propósito, de plano divino) a um processo natural e cego. A evolução, em sua descrição científica, é exatamente o que um pagão moderno — que honra a Natureza em sua totalidade imanente e caótica — compreende intuitivamente: não há um plano, mas há processo. Não há um destino predeterminado, mas há uma dança constante de variação, seleção e contingência.

O autor do artigo de BreakPoint, e tantos outros em seu nicho, fica obcecado pela ausência de um "Propósito Cósmico" no materialismo e na ciência natural. Eles concluem que, se não há um Planner no topo, então "tudo é sem sentido". Essa conclusão não é apenas falsa; ela é profundamente reveladora. Demonstra uma dependência patológica de uma divindade controladora para que a existência tenha valor.

Para nós, que operamos fora dessa jaula monoteísta, o oposto é que é verdadeiro e vital:

A ausência de propósito divino é a sua maior beleza. A evolução não "vai a lugar nenhum" porque ela é a própria jornada, a eterna reconfiguração de energia de que o artigo, ironicamente, chega perto de descrever antes de recuar em pânico. A vida não tem um objetivo final, e é precisamente essa liberdade cega do devir que permite a constante explosão de novas formas, mistérios e complexidades.

A acusação de que a ciência "contrabandeia" linguagem religiosa é pura projeção. É a teologia, em crise, que tenta desesperadamente forçar a ciência a falar de propósito e destino para, então, apontar que ela falha nisso. A ciência não falha; ela simplesmente rejeita a premissa. O fascínio pelo cosmos e o reverência pelo mistério não são "impulsos teístas"; são a reação humana natural à magnitude do universo — algo que honra o cosmos em vez de tentar domesticá-lo em uma narrativa linear e moralizante.

O universo não precisa de um "fim" para ser grandioso. A evolução não precisa de um "plano" para ser a força mais criativa e implacável que conhecemos. É o escritor de BreakPoint quem não consegue conceber a grandiosidade de um cosmos que se cria a si mesmo, sem a necessidade de um titereiro celestial. E é nesse desespero que a sua desonestidade intelectual se torna mais evidente: tentando transformar a beleza e a potência do processo em uma evidência da necessidade de um Planejador. A vida, no entanto, continua a existir, a florescer e a se reconfigurar, indiferente à sua exigência de sentido.

Criado com Gemini, do Google.

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