quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A Igreja diz não, digamos não à Igreja

Por Philip Pullella e Sarah Marsh no Globo
FREIBURG, Alemanha (Reuters) - O papa Bento 16 disse neste sábado na Alemanha que a Igreja Católica não pode aceitar o casamento gay e também fez um chamado aos jovens para que erradiquem o mal da sociedade e se afastem de uma fé indiferente que prejudica a Igreja.
O papa, de 84 anos, encerrou o terceiro dia de visitas à sua terra natal com uma concentração de mais de 30 mil jovens em uma área aberta ao sul da cidade de Freiburg, uma região católica onde teve a recepção mais calorosa até agora na viagem ao país.
"O mundo em que vivemos, apesar de seu progresso tecnológico, não parece estar ficando melhor", disse ele aos jovens. "Há ainda guerra e terror, fome e doença, amarga pobreza e opressão sem misericórdia."
[Mmmm...o mundo também não melhorou muito na época do domínio Papal]
O papa fez um apelo para que eles erradiquem todas as formas do mal na sociedade e não sejam "cristãos indiferentes", ao dizer que a falta de comprometimento com a fé fez mais estragos à Igreja do que seus inimigos jurados.
Os jovens na multidão demonstravam entusiasmo enquanto ele falava. "Nestes dias, a Igreja é apresentada pela mídia de modo muito negativo, por isso é importante que nós, jovens, vejamos que também podemos estar orgulhosos da Igreja, e que a própria Igreja não é ruim, mesmo que algumas pessoas tenham causado decepções", Kathrin Doerr, de 26 anos, que participou da concentração de fiéis.
Antes, em uma reunião com líderes cristãos ortodoxos, Bento 16 falou contra o aborto, eutanásia e casamento gay.
"Nós, como cristãos, atribuímos grande importância à defesa da integridade e singularidade do casamento entre um homem e uma mulher de qualquer tipo de interpretação errônea."
[Ouve quem quer, segue quem quer. Ou será que há falta de coragem para dar um basta a este regime totalitário?]

COMUNISMO e FÉ

No penúltimo dia de sua viagem à Alemanha, o papa transpôs as divisões geográficas e religiosas do país, enaltecendo os fiéis por resistirem ao efeito da "chuva ácida" do comunismo na antiga Alemanha Oriental e se dirigindo a entusiasmadas multidões de católicos no oeste alemão.
Numa missa na praça medieval na cidade de Erfurt, onde apenas cerca de 7 por cento da população é católica, ele elogiou os alemães do leste que permaneceram leais à Igreja durante os opressivos anos do nazismo e, depois, do comunismo.
[Ou seja, o problema continua sendo "os outros", continua a negar a ver os problemas internos, estruturais e doutrinários, inerentes à Igreja]
Cerca de duas horas antes da missa matinal em Erfurt, um homem disparou para o ar em um posto de triagem que fazia parte do esquema de segurança na cidade, em um aparente protesto contra as medidas rígidas de controle dos participantes, disse a polícia. O Vaticano informou que o papa não esteve em nenhum momento em perigo.
Na sexta-feira, Bento 16 manteve um encontro-surpresa com vítimas de abusos sexuais por parte de padres, em Erfurt. Autoridades eclesiásticas disseram neste sábado que estiveram presentes três homens e duas mulheres, escolhidos entre muitas vítimas da Alemanha que haviam pedido para se encontrar com o papa.
Cerca de 700 alemães entraram com ações na Justiça pedindo indenização por abusos de padres e outros integrantes dos quadros da Igreja. Um número recorde de 181 mil alemães deixou a Igreja Católica em 2010, muitos em protesto pelo escândalo dos abusos sexuais.
[Participe da campanha: Mude a Igreja ou Mude-se Dela]
Texto resgatado com Wayback Machine.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Dançando para a liberdade

Anna Nobili, 41 anos, exibia nos palcos várias das habilidades que incorporou a seu repertório em seu longo período como go-go gir de discotecas, stripper e protagonista de lap dance, invenção americana que, em determinadas casas noturnas, consiste em uma garota seminua, ou mesmo nua, sentar-se ao colo do cliente (vestido) e movimentar-se sem que ele possa tocá-la.
Na foto acima ela está com as pernas cobertas, mas, em suas apresentações, sempre descalça, as pernas – "intermináveis", na avaliação de espectadores, e belas – apareciam sem problemas. Sua forma de dançar inclui o hábito de atirar-se ao chão, contorcendo-se, em movimentos sinuosos.
O problema, para o Vaticano, é que Anna "encontrou Jesus" numa visita à Basílica de Assis, na Itália, anos atrás, e em 2008 tornou-se freira. Uma freira dançante, que protagonizava shows e também "danças santas" coletivas – ela, usando legging, camiseta sem mangas, braços para cima, axilas ao vento, barriga de fora e acompanhada de dançarinas que animavam o público — em diferentes cidades da Itália e de outros países da Europa. Mas principalmente no monastério da Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, em Roma.
"Utilizo o baile como forma de oração", diz irmã Anna, que se declara "casada com Jesus". Segundo a tradição, porém, na Basílica anexa ao monastério, que existe desde o século IV, estariam terra do local da crucificação de Jesus, em Jerusalém, e até uma relíquia da cruz, trazidas por Santa Helena de Constantinopla, mãe do imperador Constantino.
Apesar das seguidas demonstrações de fé de irmã Anna, algumas bem heterodoxas – "Jesus me devolveu a virgindade", proclama --, o papa Bento XVI mandou fechar por tempo indeterminado o monastério onde ela mais se apresentava. O padre Ciro Benedettini, porta-voz do escritório de Imprensa do Vaticano, explicou a decisão, entre outras razões, como resultado de "uma investigação [que] detectou irregularidades financeiras e litúrgicas".
Fonte: Surgiu (original perdido).
As Blas dão as boas vindas a mais esta "irmã" que redescobriu que seu corpo, sua sensualidade, sua sexualidade, sua feminilidade são igualmente sagradas e divinas.
Texto resgatado com Wayback Machine.
Publicado originalmente em 24/07/2011.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

A Irlanda está mudando

Mesmo com sua economia em dificuldades, a Irlanda está no meio de uma rápida e revolucionária transformação: o país está revendo sua relação com a Igreja Católica, uma instituição que tem tido grande influência em quase todos os aspectos da vida no país há muitas gerações.

A Irlanda é um país onde o aborto é contra a lei, o divórcio se tornou legal apenas em 1995, a igreja gerencia mais de 90% das escolas primárias e 87% da população se diz católica. Mas a admiração, o respeito e o medo antes sentidos pelo Vaticano se transformaram em um novo leque de sensações - aversão, raiva e descontentamento - depois de uma série de revelações sobre décadas de abuso de crianças deixadas aos cuidados da igreja por uma grande parte da população.

Enquanto situações parecidas vêm manchando a imagem do Vaticano em outros países, talvez em nenhum outro lugar tais acusações tenham mexido com toda uma sociedade de forma tão intensa como na Irlanda. E assim, quando o primeiro-ministro Enda Kenny usou um discurso no Parlamento nesse verão para criticar a igreja, ele estava falando não apenas sobre seus próprios sentimentos reprimidos, mas sobre os sentimentos de toda uma nação.

Seus comentários demonstraram a supremacia do Estado sobre a Igreja, com palavras de indignação e revolta que nunca antes tinham sido utilizadas publicamente por um líder irlandês.

"Pela primeira vez na Irlanda, um relatório sobre o abuso sexual infantil expôs uma tentativa por parte da Santa Sé de frustrar um inquérito da república, soberana e democrática, há cerca de três anos, e não há cerca de três décadas", disse Kenny, em referência ao Relatório Cloyne, que registra uma queixa detalhada e demonstra a tentativa de encobrir tais acontecimentos por oficiais da igreja no sul da Irlanda antes de 2009.

Reiterando a afirmação do relatório de que a igreja teria encorajado os bispos a ignorarem as diretrizes que eles mesmos deveriam adotar, o primeiro-ministro atacou "a disfunção, a desconexão e o elitismo" que, segundo ele, "dominam a cultura do Vaticano".

Kenny continuou: "O estupro e a tortura de crianças foram subestimados ou 'administrados' com intuito de defender a instituição - seu poder, a sua posição e a sua reputação". Ele disse que, em vez de ouvir com humildade as evidências comoventes de "humilhação e traição", "a resposta do Vaticano foi de verificar a veracidade de tais acontecimentos com um olhar frio e analítico ". O efeito colateral de seu discurso foi instantâneo e chocante.

"Foi um momento de grande importância", afirmou Patsy McGarry, correspondente de assuntos religiosos do jornal The Irish Times. "Nenhum primeiro-ministro irlandês alguma vez se dirigiu à Igreja Católica dessa forma. A subserviência do Estado irlandês ao Vaticano desapareceu. A deferência acabou. "

Embora ambos os lados estejam conversando de uma maneira mais calma ultimamente, não há dúvidas de que a declaração de Kenny irritou profundamente o Vaticano, que retirou seu embaixador de Dublin em resposta - o embaixador foi transferido para a República Checa.

A posição de embaixador do Vaticano na Irlanda está em aberto, e fala-se também de fundir sua função com a do embaixador da Itália. Embora oficiais do governo digam que a questão é parte de uma reavaliação geral do orçamento diplomático, tal medida é vista como uma afronta contra a Santa Sé, um Estado soberano ao qual países em geral dedicam embaixadas separadas.

Enquanto isso, a última comunicação formal da igreja com Dublin - em 24 páginas - reclamou tanto do Relatório Cloyne quanto das observações feitas por Kenny, dizendo que um documento fundamental tinha sido "mal interpretado" pelo inquérito e alegou que a afirmação de Kenny "não tinha base" para dizer que o Vaticano tentou "recusar um inquérito" sobre o escândalo de abusos.

Simpatizantes da Igreja dizem que o Vaticano fez argumentos válidos. Eles afirmaram ainda que Kenny foi longe demais. "Pessoalmente, eu acho que ele foi excessivo ", disse David Quinn, fundador do Instituto Iona, um grupo de defesa religioso de direita.

Em uma entrevista, Quinn disse que a relação entre o Vaticano e o governo irlandês estava em uma "maré muito baixa." A situação das coisas não melhorou devido ao que jornais da China escreveram em editoriais usando citações de Kenny como um argumento de "por que a Igreja deve permanecer sob o controle do Estado".

Kenny, que assumiu o cargo em março após o partido Fianna Fail, que dominava a Irlanda, ter ruído devido à crise financeira, foi acusado de oportunismo por alguns críticos. Mas sua posição como um católico praticante de uma área conservadora ajudou a dar peso moral ao seu discurso. E o tom confiante de seu novo governo foi recebido com aprovação generalizada por um país que se sente duplamente traído: primeiro pelo abuso em si e segundo, porque muitos veem o acontecimento como um encobrimento da igreja, agravado pelo uso da linguagem legal vaga com a qual ela se defende.

"Você pode discutir sobre a sutileza das relações diplomáticas e todas suas possíveis manobras, mas o que Kenny estava realmente dizendo é que você tem que priorizar as vítimas do abuso e você tem que dizer em alto e bom som que essa é um república e o direito civil tem de prevalecer sobre o direito canônico", disse Diarmaid Ferriter, professor de história moderna da Universidade de Dublin.

Embora a maioria não tenha abandonado a sua religião, muitos parecem ter deixado de lado o hábito de praticá-la. O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, recentemente estimou que apenas 18% dos católicos em sua diocese têm participado da missa toda semana.

O governo anunciou que irá introduzir um pacote de novas legislações para proteger as crianças do abuso e da negligência, incluindo uma lei - considerada, mas rejeitada por ser demasiadamente controversa por governos anteriores - que obrigaria o envio de relatórios periódicos de evidências de crimes de abuso às autoridades. Ele também estabeleceu um grupo para analisar como remover o controle da Igreja de metade das escolas católicas do país.

Em uma entrevista recente, Eamon Gilmore, vice-premiê da Irlanda, disse que o país afirmou o seu papel como uma "democracia moderna". "A Igreja já não irá desfrutar de seus antigos privilégios e poderes como nos velhos tempos", quando efetivamente ditava a política social do Estado, disse.

"Historicamente, havia uma visão dentro da Igreja Católica de que ela seguia uma lei paralela, que tinha seu próprio sistema judicial e que essa era a lei pela qual era responsável ", disse Gilmore. "Isso no mínino atrapalhava a ideia da necessidade de plena conformidade com a lei do Estado."

Ele acrescentou: "A Igreja Católica tem todo o direito de ter seu próprio ponto de vista e suas regras e de ver as coisas de acordo com sua própria perspectiva. Mas isto é uma república. E existe uma lei."

Quando se trata de proteger as crianças, Gilmore disse: "Todo mundo no Estado - independentemente de serem cidadãos comuns apenas fazendo seu trabalho, ou um sacerdote ou um bispo - têm de cumprir e obedecer a lei ".

Por Sarah Lyall no Ultimo Segundo (original perdido).

Entre na campanha: Mude a Igreja ou Mude-se Dela.

Texto resgatado com Wayback Machine.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Berlim se manifesta

Milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira em Berlim para realizar um protesto contra a visita do Papa Bento XVI, que deve pronunciar um discurso ante os deputados alemães.
Reunidos na Potsdamer Platz, uma das principais praças da capital alemã, os manifestantes começarão seu protesto no momento em que o Papa iniciar seu discurso no Bundestag, às 11H15 de Brasília.
Exibindo cartazes com a inscrição "Papa go home", os participantes na manifestação fazem parte de associações homossexuais, de ateus ou de vítimas de abusos sexuais por parte de padres.
"Em nossa Constituição está escrito que todas as religiões devem ser tratadas igualmente. Para mim, este convite (para pronunciar um discurso no Bundestag) não respeita esta disposição", declarou o deputado social-democrata (SPD-oposição federal), Rolf Schwanitz, que participa na manifestação.
Vários deputados, tanto do Partido Die Linke (esquerda ex-comunista) como Verdes e Social-democratas pretendem boicotar o discurso papal.
Não se trata da primeira vez que um Papa fala ante o parlamento de um país europeu, já que João Paulo II o fez na Polônia e na Itália.
Segundo as informações, o Papa falará das raízes cristãs da Europa e convidará os católicos a rejeitar o uso da religião e de Deus segundo seu próprio gosto.
Fonte: Noticias Terra (original perdido).

BERLIM, Alemanha, 22 Set 2011 (AFP) -Milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira em Berlim para realizar um protesto contra a visita do Papa Bento XVI, que deve pronunciar um discurso ante os deputados alemães.
Reunidos na Potsdamer Platz, uma das principais praças da capital alemã, os manifestantes começarão seu protesto no momento em que o Papa iniciar seu discurso no Bundestag, às 11H15 de Brasília.
Exibindo cartazes com a inscrição "Papa go home", os participantes na manifestação fazem parte de associações homossexuais, de ateus ou de vítimas de abusos sexuais por parte de padres.
"Em nossa Constituição está escrito que todas as religiões devem ser tratadas igualmente. Para mim, este convite (para pronunciar um discurso no Bundestag) não respeita esta disposição", declarou o deputado social-democrata (SPD-oposição federal), Rolf Schwanitz, que participa na manifestação.
Vários deputados, tanto do Partido Die Linke (esquerda ex-comunista) como Verdes e Social-democratas pretendem boicotar o discurso papal.
Não se trata da primeira vez que um Papa fala ante o parlamento de um país europeu, já que João Paulo II o fez na Polônia e na Itália.
Segundo as informações, o Papa falará das raízes cristãs da Europa e convidará os católicos a rejeitar o uso da religião e de Deus segundo seu próprio gosto.
Fonte: G1 Mundo (original perdido).

Nota: As raízes da Europa é o Paganismo. Quando o sr Ratzinger diz que se "deve rejeitar o uso da religião e de Deus segundo o próprio gosto" ele estava incluindo a Igreja?
Continua nossa campanha: Mude a Igreja ou Mude-se dela.
Texto resgatado com Wayback Machine.
Textos originalmente postados em 22/07/2011 e 23/07/2011.

sábado, 17 de outubro de 2020

A natureza é sábia

Cientistas americanos que observaram a vida sexual de uma espécie de lula que vive nas profundezas afirmam que os animais mantêm sexo tanto com machos como fêmeas e possuem hábitos sexuais promíscuos.
As conclusões dos especialistas foram feitas estudarem imagens submarinas das lulas de águas profundas, conhecidas como Octopoteuthis Deletron, colhidas ao longo de 20 anos.
Entre as explicações encontradas para o fenômeno estão a de que os acasalamentos nas águas profundas são raros e realizados em um ambiente pouco favorável e a de que as lulas não seriam capazes de distinguir o sexo de seus pares na escuridão das águas profundas.
A pesquisa, publicada na revista especializada Biology Letters, foi possibilitada graças às imagens registradas por submarinos operados remotamente no cânion de Monterey, na região costeira da Califórnia, a profundidades que variam entre 400 e 800 metros.
Até recentemente, pouco se sabia sobre a vida sexual da espécie, exceto pelo fato de que os machos usam um órgão comprido, semelhante a um pênis, para depositar na fêmea espermatóforos, uma cápsula contendo milhões espermatozoides, absorvidos pela fêmea em seu tecido.
O pesquisador que comandou o estudo, Hendrik Hoving, do Instituto Aquático da Baía de Monterey, explicou que sua equipe não chegou a obter imagens dos animais se acasalando, mas encontrou traços de cápsulas de espermatozoide tanto em fêmeas como em machos.

Acasalamento bissexual

"Como a localização das cápsulas de espermatozoide são similares em ambos os sexos, nós concluímos que os machos acasalam tanto com machos como fêmeas", afirmou Hoving.
Os pesquisadores descobriram o mesmo número de espermatóforos depositados em machos e fêmeas, o que indicaria que o acasalamento entre pares do mesmo sexo seria tão frequente quanto o realizado entre pares do sexo oposto.
E o número de cápsulas de espermatozoide depositadas também sugere que os animais seriam promíscuos, segundo os pesquisadores.
O comportamento incomum, afirmam eles, pode ser explicado pelo fato de que a lula está tentando ampliar as suas chances de passar adiante os seus gentes em meio ao ambiente desfavorável em que vive.
Na pesquisa, os especialistas afirmam que "no habitat profundo e escuro onde o Octopoteuthis deletron vive, os machos são poucos e estão espalhados".
"Nós sugerimos que o acasalamento bissexual do O. deletron faz parte de uma estratégia de reprodução que maximiza o sucesso ao induzir os machos a inseminar indiscriminadamente cada lula que encontram".
G1 Mundo (original perdido).
As Blas apoiam a idéia que toda criatura possa ter uma vida erótico-afetiva satisfatória e ri muito dos Cristãos que ainda tentam argumentar contra os direitos de liberdade de opção sexual falando que tal sexualidade "não existe na natureza".

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Hungria quer limitar religião

BUDAPESTE, quarta-feira, 14 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – No próximo dia 1º de janeiro, entrará em vigor na Hungria uma nova e polêmica lei que reduz, de 358 a 14, o número de denominações confessionais reconhecidas pelo Estado.
A nova lei reconhece a Igreja Católica, cujos fiéis representam mais da metade da população, mas deixa "fora do jogo", ainda que com a possibilidade de voltar a ser reconhecidas, inclusive comunidades tradicionais como a islâmica e a metodista, segundo destacou o L'Osservatore Romano ontem.
Por isso, um grupo de intelectuais, ex-dissidentes políticos durante os anos do comunismo, lançou um apelo aos responsáveis pelas instituições europeias, pedindo respeito pelo direito à liberdade religiosa.
Os bispos católicos abordaram a questão em sua reunião nos dias 6 e 7 de setembro. O núncio, o arcebispo Alberto Bottari de Castello, destacou que "se trata de uma lei que costuma ser chamada de liberdade religiosa, mas que, na realidade, se refere unicamente à personalidade jurídica das comunidades religiosas".
Na prática, o Estado se reserva a definição do seu status jurídico, razão pela qual a Igreja Católica a vê com uma atitude de "atenção e respeito", explicou.
De fato, a nova lei tem o objetivo declarado de deter a notável proliferação de associações que, nos últimos vinte anos – isto é, desde o final do regime totalitário –, se beneficiaram com a ajuda econômica pública, fazendo-se passar por comunidades religiosas.
As realidades excluídas da lista poderão solicitar um novo registro, com as aprovação de dois terços dos membros do Parlamento e o cumprimento de diversas condições, como explicitar os conteúdos da própria fé, ilustrar a estrutura organizativa e demonstrar a presença na Hungria há pelo menos vinte anos.
Uma emenda ao projeto de lei, aprovada no último momento, cancelou o requisito de contar com pelo menos mil fiéis.
O Parlamento húngaro aprovou a lei no último dia 12 de julho, com 254 votos a favor e 43 contra, mas isso provocou uma série de protestos e reações. Dezesseis pequenas comunidades religiosas destinadas a perder seu reconhecimento oficial apelaram ao Tribunal Constitucional e enviaram uma carta às principais autoridades políticas do país.
Além disso, quinze escritores, intelectuais e políticos que, nos anos 70 e 80 participaram do movimento de oposição ao comunismo, dirigiram uma carta aberta a alguns altos cargos da União Europeia pedindo uma ação decidida em defesa da liberdade religiosa e das demais liberdades fundamentais.
O secretário de Estado encarregado das comunicações do governo, Zoltán Kovács, respondeu destacando que a nova lei reconhece "o direito inalienável dos indivíduos a escolher e praticar uma religião".
Além disso, acrescentou, o Estado identificou 14 denominações para receber dele ajudas econômicas especiais por sua função desenvolvida no âmbito humanitário.
Nota: Para evitar fraudes. Apostas para ver quanto tempo dura a ICAR?
Texto resgatado com Wayback Machine.

domingo, 11 de outubro de 2020

Como o Islã pratica a "liberdade religiosa"

Um sudanês acusado de bruxaria foi condenado à morte e decapitado com uma espada nesta segunda-feira (19) em Medina, no oeste de Arábia Saudita, anunciou o Ministério do Interior.
Abdelhamid Husein al-Feki foi declarado culpado de "praticar bruxaria e magia" proibidas no reino, indicou o ministério em um comunicado publicado pela agência oficial Spa.
Com esta decapitação, sobe para 42 o número de execuções na Arábia Saudita desde o começo do ano, segundo uma contagem da AFP e da Anistia Internacional.
Estupro, assassinato, apostasia, assalto a mão armada e tráfico de drogas são castigados com a pena capital nesta monarquia ultraconservadora do Golfo que aplica estritamente a sharia, a lei islâmica.
Fonte: G1 Mundo (original perdido).

Enquanto isso, na Terra em Transe, ainda caminhamos lado a lado pela "Liberdade Religiosa".

Rio de Janeiro, 18 set (EFE).- Milhares de pessoas de diferentes religiões se manifestaram neste domingo no Rio de Janeiro para exigir uma maior liberdade de culto, com uma caminhada pela orla da praia de Copacabana.
Os participantes da 4ª edição da Caminhada contra a intolerância religiosa se vestiram de branco e marcharam pela Avenida Atlântica. O evento foi organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
Com o lema 'Caminhando a gente se entende', muçulmanos, seguidores da minoria bahá'í, católicos, evangélicos e umbandistas, entre outros, participaram da marcha que terminou com uma apresentação musical que reuniu cerca de 25 mil pessoas, segundo disse um porta-voz da organização.
Fonte: G1 Mundo (original perdido)

Somente haverá "liberdade religiosa" quando esta for observada por todos os países, independentemente de qual seja sua religião majoritária.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Apelo à desobediência

Cerca de 329 sacerdotes lançaram nesta quarta-feira (hoje) um documento denominado "Apelo à desobediência". O texto traz posicionamentos positivos em relação a questões como o casamento dos padres, ordenação de mulheres, o direito de protestantes e divorciados casarem novamente para dar a comunhão ou os leigos para pregar e cuidar das paróquias.
Chamada de "Nova reforma", por estar contrário ao dogma católico, está causando um rebuliço na instituição. Para o teólogo Paul Zulehner a Igreja Católica deve agir rapidamente se quiser evitar mais um separação.
"Isto não pode continuar", afirmou o cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, ao jornal vienense Der Standard brandindo ameaça de sanções se estes "reformadores" não renunciassem a seus projetos nas próximas semanas. Comparou inclusive os padres como jogadores de futebol que entram em campo desobedecendo as regras.
Helmut Schuller, que foi vigário-geral de Viena e braço direito de Dom Schönborn 1995-1999 e liderou a organização Caritas Áustria é o coordenador dessa "Revolução Eclesial". Sua campanha, segundo ele, é forçar a hierarquia católica para aceitar as mudanças já que muitos padres não respeitam as regras já estabelecidas.
De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Ökonsult, 76% dos inquiridos apoiam a Schüller.
Até o momento o Vaticano não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: Primeira Edição (original perdido).
Nota: entre na campanha Mude a Igreja ou Mude-se Dela.
Texto resgatado com Wayback Machine.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Parquímetro sexual

BERLIM, Alemanha, 31 Ago 2011 (AFP) -A prefeitura de Bonn, antiga capital da Alemanha Ocidental, anunciou a inauguração de parquímetros para prostitutas que permitirão cobrar um imposto das profissionais do sexo.
"Esperamos arrecadar 200.000 euros por ano graças ao dispositivo", disse a porta-voz da prefeitura, Isabelle Klotz.
O medidor, semelhante a um parquímetro comum, foi inaugurado no fim de semana em uma área industrial, perto do centro da cidade, muito frequentada pelas prostitutas e seus clientes.
As profissionais do sexo têm que pagar seis euros por noite de trabalho, independente do número de clientes.
Na segunda-feira, quando funcionários da prefeitura abriram o primeiro parquímetro, retiraram 264 euros.
Se a prostituta não pagar a taxa, válida das oito da noite às seis da manhã, receberá uma advertência. Em caso de reincidência pagará uma multa.
Fonte: G1 Mundo (original perdido).
As Blas acham que seria mais adequado um taxímetro, com valor a ser cobrado ou do cliente ou do Estado, uma vez que estas mulheres prestam um "serviço social".
Texto resgatado com Wayback Machine.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Dane-se o respeito

Kuito - O pároco da Sé Catedral da Igreja Católica no Bié, Artur Handa Savita, apelou na última sexta-feira no Kuito, a sociedade civil em geral a abster-se de actos de feitiçaria e aderir às obras de Deus, por forma a salvaguardar a paz e o amor entre os irmãos.
Em entrevista à Angop, o padre Artur Handa Savita, considerou o feiticismo como elemento que nega o bem dos outros, pensar em fazer o mal, bem como destruir e impedir o progresso social, económico e espiritual do próximo.
Exortou os fiéis e não só, a deixarem igualmente de frequentar os curandeiros ou kimbadeiros, sublinhando que geralmente eles são mentirosos, destruidores de famílias, porque, segundo ele, nem sempre falam a verdade.
Apelou ainda a população, sobretudo, os jovens, no sentido de saber seleccionar os mitos, acrescentando que a sociedade deve optar por aqueles que contribuem para o progresso e harmonia social, bem como pelo respeito à diferença entre as pessoas.
Sem entrar em pormenores, o padre Artur Handa Savita condenou igualmente a prática da magia, burla e outros actos negativos, sublinhando que os mesmos são praticados por elementos ligados às instituições religiosas ou do governo, situação que continua a preocupar a Igreja na região.
O sacerdote considerou, por outro lado, a religião como sendo uma afirmação de Deus que o homem procura, exigindo a conversão ao verdadeiro caminho para a salvação dos humildes.
Fonte: Angola Press
Nota da casa: Lembro aos diletos e eventuais leitores que volta e meia [quando é conveniente] a Igreja faz o discurso de "respeito à crença" e em favor da "liberdade religiosa".
Texto resgatado com Wayback Machine.