Quando o grupo era do tipo guerreiro, estes adotavam um Deus Guerreiro, que também era o Deus da Caca e por isso, era visto como o Deus da Morte também. Quando o grupo era mais pastoril e agrário, o Deus era o Deus das Feras e dos Animais, mas seu poder estava em dependência harmônica com a ação de uma Deusa, a Deusa da Lua, das Plantações, das Colheitas, a Doadora da Vida.
Com a expansão e contato entre os povos, houve uma mistura de cultos e ritos, mas os Mistérios que os envolviam permaneciam os mesmos. São estes Mistérios antigos e ancestrais que vem sendo preservados desde o tempo do Neolítico por diversos povos, línguas e culturas. Um pensamento e certeza da identidade dos Deuses Antigos e do Casal Divino mantidos por milênios por muitas civilizações, de quem somos herdeiros e descendentes, como a Suméria, a Assíria, a Grécia, a Roma e a Celta.
Foi dessa mistura que as muitas tradições da Witchcraft foi sendo formada, tradição da qual surgiu igualmente a Wicca com o resgate feito por Gerald Gardner. Assim, para a Wicca é importante a existência não apenas dos Guardiões dos Quadrantes, os Deuses Antigos, mas muito mais do Casal Divino, Cernunnos e Arádia - um nome popular, mas não oficial do Deus de Chifres e da Deusa da Lua.
Para os pagãos em geral, e em especial os wiccans, a existência de um equilíbrio dinâmico entre duas entidades cósmicas complementares, mas distintas entre si, é que torna possível a existência de todas as coisas. Para falar em termos científicos, não há matéria sem átomos, que são compostos por elementos de carga positiva ou negativa, ou seja, a existência de um potencial elétrico e magnético torna a matéria possível de ser condensada.
O Casal Divino é a Consciência Astral que se manifesta como potencial elétrico - ou ativo, masculino - ou como potencial magnético - ou passivo, feminino. Por isso que dizemos que esse mundo, bem como nós mesmos, somos gerados (não cabe o termo criado) pelo Casal Divino.
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