sábado, 14 de julho de 2007

Ecologia Esotérica

Ainda bem que pagãos tem criatividade e humor para agüentar tanta loucura fundamentalista vinda de grupos evangélicos. Eu deparei com uma pérola desse "pastor", que afirma que a wicca e o paganismo é esoterismo ecológico. Alguém avise ao Greenpeace, que é uma ONG que tem orgulho de não ter vínculos políticos ou religiosos! Dr. Samuel Costa é médico gastroenterologista. Não recomendo que pagãos, que tenham dor de estômago após ler esse lixo, o consultem. Citando o doutor em excremento:

No cristianismo só existe um único Deus, transcendental e separado da natureza. No esoterismo, Deus é a natureza e está dentro de cada elemento da criação (isso é panteísmo, uma velha doutrina do Hinduísmo). Os místicos jogaram fora o conceito de um Deus único, Criador e transcendental, e advogam a deificação do homem e da natureza.
É fundamental ao Cristianismo a idéia de separação entre Criador e Criatura, para garantir essa sensação de culpa indelével, sem a qual não poderiam exercer seu pequeno jogo de terrorismo psicológico. Panteísmo, como o Politeísmo, são formas de religião que existiram e ajudaram a construir o Cristianismo.

Se o cristão colocar uma lupa sobre essa Gaia (a deusa Terra), vai observar o inevitável: Ela tem seus dentes e garras sujos de sangue pois é o próprio inimigo das nossas almas disfarçado. Esse tipo de neurose e paranóia é comum entre fundamentalistas e fanáticos. Infelizmente esse tipo de comportamento ocorre com mais freqüência entre religiões monoteístas.

No entanto, a ilusão popular de que qualquer coisa 'natural' tem de ser benéfica, tem ganho aceitação imutável. Parece que foi ignorado que nada é mais natural do que doença, sofrimento, morte e desastres naturais (furacões, terremotos, secas, enchentes, apenas para citar alguns). De fato, é contra estas destruições regularmente criadas pela natureza que a humanidade tem desesperadamente lutado para se proteger e fazendo isso tem chegado até o presente nível de civilização. Parece mais do que irônico que após os homens terem lutado por séculos contra as forças da natureza, algumas vezes mortais e freqüentemente antagônicas, haveria agora um movimento crescente e popular conclamando uma parceria com estas mesmas forças. (Dave Hunt)
Nenhum pagão que se preze tem tais sonhos. A natureza reage segundo leis imutáveis, nosso julgamento limitado e mesquinho não pode avaliar o que é bom ou ruim, julgamentos morais humanos tendem a ser falíveis.

Do prisma cristão, é ser tão míope ao ponto de a criatura querer ser igual ao seu Criador.
Do prisma pagão, nenhum Deus que mantém tanto sofrimento merece adoração. Sendo o Deus Cristão o Criador, Ele é responsável pela Natureza (deste mundo e a nossa), então se há maldade, guerras, doenças e mortes de inocentes são responsabilidade deste Demiurgo. Onde há temor, não há amor; onde há amor, não há temor.

Nossos filhos estão sendo galanteados por uma ecologia esotérica parida do Hinduísmo e endossada pela Nova Era.
O Cristianismo foi parido do Zoroastrismo, que foi considerado igualmente pagão, por um Judaísmo reformado das antigas práticas pagãs pelos Persas em direção ao monoteísmo e, por fim, pela idéia do pagão Platão, seu Logos e amor platônico, mais o raciocínio pagão de Aristóteles que só pode haver duas alternativas: SIM ou NÃO. Desnecessário lembrar que este tipo de raciocínio já foi descartado há muito tempo. O que incomoda e vai continuar incomodando a esses reacionários religiosos, é que as pessoas estão despertando para a liberdade de opinião, que ninguém tem autoridade absoluta, nem o(s) Deus(es) tem advogados neste mundo. Os caminhos espirituais estão aí para serem conhecidos, experimentados e seguidos, quem não for tolerante ou não mostrar respeito pelas diversas opções religiosas vai espantar freguesia!

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