Procurando bem, pode-se achar textos interessantes no Patheos.
Na seção New Visions, na coluna You Might Be Right, Larry Jordan escreveu alguns textos sobre a última realidade.
Existe uma hipótese da ciência que postula a possibilidade de termos outras dimensões além da que nós habitamos. Mas basta uma observação da realidade mais tangível para poder estabelecer uma analogia viável.
Uma criatura que vive no mar, o oceano é a realidade. Para essa criatura é impensável pensar na possibilidade de uma realidade em terra firme. O mesmo pode ser dito de criaturas que vivem em terra firme, sobre a realidade debaixo da água, ou mesmo no ar, voando, algo que é realidade para muitas criaturas aladas.
Mas Larry comete um erro comum, ao falar da física quântica. Essa teoria é muito mal usada, distorcida, por místicos, esotéricos e ocultistas. Essas partículas/ondas não são a última realidade, mas a primeiríssima realidade.
Ainda não se sabe como e quando a física quântica funciona para que a física newtoniana comece a ser realidade e funcionar, mas ali não há (eu suponho) uma personalidade ou uma consciência em ação.
Larry então fala de Brahma (não a cerveja) como sendo (para o Hinduísmo) o Deus Supremo, entendendo aqui como sendo Deus (qualquer que seja seu conceito) a última realidade.
Isso me fez lembrar da capa do disco do Sex Gang Children.
Na capa do disco pode ser visto Brahma surgindo de uma flor de lótus que brotou do umbigo de Vishnu.
Qual a realidade última? No Vishnu Purana, vertente do Hinduísmo focada no culto de Vishnu, este Deus é a última realidade.
Mas será?
Vishnu está deitado (deitada?) no colo de uma enorme serpente de sete ou dez cabeças chamada Adishesha. Que, por sua vez, flutua por sobre o Oceano Primordial.
Qual a última realidade?
Inúmeros mitos falam de um oceano primordial, bem como divindades primordiais na forma de serpente ou dragão, nem sempre vistos amigavelmente.
Em inúmeros mitos e lendas, Deuses ou heróis são retratados matando uma divindade ofídica ou dracônica.
As religiões abraâmicas “emprestaram” essa mitologia para falar da Queda do Homem e a cultura da culpa, vergonha, medo e pecado necessário para o sucesso desse “negócio”.
Eu escrevi em algum lugar sobre a verdadeira origem de Javé. Também escrevi sobre o Deus Cristão ser uma aberração teológica.
Eu não tenho certeza sobre quem escreveu, se foi santo Agostinho ou Tomás de Aquino, sobre Deus (no conceito cristão) ser a última realidade.
Eu deixo para que você reflita.
Se não há outra coisa ou outra pessoa para que você possa enxergar e perceber você como existente, então sua existência enquanto pessoa deixa de ser.
Quem tiver entendimento, que entenda.
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