Acabo de mandar uma real para um taxista. Quando entrei em seu carro ele aumentou o rádio com um programa proselitista neopentecostal.
Pedi que desligasse. Ele relutou em silêncio uns 10s. Repeti o pedido e ele então desligou.
“Mas por quê?”, ele me perguntou.
“Porque não sou evangélico. E porque acho esse proselitismo de vocês desrespeitoso e arrogante. Nós somos um país com muitas religiões e com pessoas ateias. Não somos obrigados a ouvir pregações e exorcismos em rádios de sua religião quando estamos pagando pelo seu serviço. Quando o senhor estiver só no carro, o senhor ouve sua pregação”.
“Quando entrar um passageiro, tenha a educação de ao menos perguntar se ele quer ou não ouvir essa pregação gritada ou prefere ouvir música. Isto é viver em democracia e respeitar o direito do outro”, respondi firme e pacientemente.
“Ah, mas é A Palavra”, ele me disse.
E eu respondi: “Palavra imposta é tortura, meu senhor! E a única palavra que que me interessa agora é silêncio”. Estamos em silêncio desde então. Ah, que chatice!
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/palavra-imposta-e-tortura-a-licao-de-jean-wyllys-a-um-taxista-evangelico/
Nota: eu continuo com a campanha de criminalizar o proselitismo.
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