Na foto é a cantora que “viralizou”com um pastor chamado Lucas Hayashi, líder da Zion Church, entre os trabalhos dessa igreja está exatamente o de coletar doações e fundos para “missões” de evangelização. A música da cantora reascendeu uma mobilização que favorece bastante essa igreja há anos, qual será o interesse econômico dessas missões no Marajó?
A Zion Church é liderada por, Junia e Teófilo Hayashi dois pastores que transformaram suas igrejas em franquias milionárias que crescem muito nos últimos anos.
Em 2022 estavam ganhando medalhas das mãos da Damares. Ambos participam do Fórum Evangélico Nacional de ação politica desde 2014. Na foto está o Téo, pastor famozinho do youtube que fundou esse movimento que ainda é base do bolsonarismo com a garotada.
Aliás é em outro evento dessa franquia evangélica, The Send um evento que mistura nacionalismo com cristianismo importado dos EUA, que o Jair teria se “convertido para Cristo”.
Esse mesmo evento, The Send, tem ligações com aquele grupo de missionários (Jocum) que já chegou a ser expulso da região amazônica pelo Ministério Público e também já foi processado por fake news de intanticídio indígena. A outra Ong evangélica citada, Atini foi fundada pela Damares.
A estratégia deles de espalhar terror e pintar os nativos como bárbaros selvagens que precisam de humanização é antiga (séculos, né?).
Aparentemente, desde o começo o projeto “Abrace o Marajó” tem relações com as “missões” da Zion Church. Aqui em 2022 ela deixou bem claro, quem é que estava na ilha “cuidando do nosso povo”.
Deixar os orgãos, Ministério Público do Estado, ONGs regionais, cooperativas, polícia e toda estrutura do Estado do Pará cuidar do problema não dá grana e palco para os missionários de São Paulo. Espalhando o pânico as pessoas começam a acreditar que só um grupo pode salvar aquelas pobres almas, só as missões das Ongs evangélicas que recebem doações e fundos internacionais para seus projetos.
Uma informação interessante é que aquele sheike dos bitcoins que foi preso já foi um dos patrocinadores do The Send Brasil, masclaro que todos os bolsonaristas ficaram quietos sobre o assunto. O deus deles é a grana.
O que me chamou atenção foi a coordenação de grandes influenciadores que provavelmente receberam um briefing, uma pasta com imagens prontas e uma história sobre tráfico sexual no Marajó. Eles não questionaram, afinal, quem vai questionar a exploração sexual de crianças é um monstro. É exatamente assim que as ongs evangélicas usam o pânico pra ganhar poder político usando temas sensíveis, inquestionáveis de modo que desarma o senso crítico e não faz você pensar de onde vem a informação e quem está ganhando espaço com ela.
Será que todos “organicamente” estavam espalhando a música da cantora de um programa que não assistem, de uma bolha que não faz parte dos assuntos que eles lidam todo dia nas redes sociais, focados no próprio umbigo e de repente mobilizados. Eu duvido de viralização orgânica hoje em dia e tendo em vista esse contexto, tá mais pra estratégia de comunicação de alguma Ong Missionária mesmo.
Alê Santos, postagem no X (antigo Twitter)
Fonte, citado parcialmente: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/influencer-expoe-elo-entre-a-extrema-direita-e-a-campanha-abrace-o-marajo/
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