quarta-feira, 13 de março de 2024

OAB RJ precisa agir

Um trecho de um encontro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Barra da Tijuca, ocorrido há cerca de três semanas, repercutiu nas redes sociais nesta segunda-feira (4). Nele, uma fala da presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro (TJD), Renata Mansur chamou a atenção.

O objetivo da reunião, cuja íntegra está disponível no canal do YouTube da ESA Barra (Escola Superior da Advocacia), era discutir “Operações Policiais – A violência que a polícia enfrenta nas áreas conflagradas e suas dificuldades”. A advogada decidiu falar sobre Direitos Humanos, mas afirmou que, na sua opinião, eles só são válidos para “humanos direitos”.

“Eu costumo dizer que Direitos Humanos é para humano direito. Quando eu ouço determinadas falas da OAB, e eu vou falar em nome da OAB, em especial da Comissão de Direitos Humanos, eu me sinto envergonhada. A verdade é essa, me sinto envergonhada. A missão da nossa Comissão de Direitos Humanos é pra humano direito. É o que eu costumo dizer sempre”, pontuou.

Mansur completou: “A gente tem que ter um olhar pra humano direito. Os policiais é que são os humanos direitos desse contexto. A nossa fala é muito mais proativa, no sentido de unir forças com a nossa Comissão de Segurança Pública e o Legislativo, pra que a gente mude esse cenário”. Ainda em seu discurso, ela defendeu que a segurança pública saia “das mãos dos políticos” e seja entregue à uma “comissão competente tecnicamente”.

Em julho de 2021, Renata Mansur foi indiciada pela Polícia Civil por estelionato e associação criminosa. A presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro se tornou suspeita de ter falsificado documentos para beneficiar Jaqueline de Assis.

Assis, de acordo com as informações da época, planejava ficar sozinha com a herança milionária dos pais, Otto Francisco de Assis e Zenira Gonçalves de Assis, que incluía hotéis em pontos valorizados do Rio de Baixada Fluminense, além de imóveis de luxo.

Por um pedido do Ministério Público, a Polícia Civil começou a investigar Jaqueline e descobriu que ela fraudou documentos da mãe. Na rede de colaboradores, estaria Renata Mansur, que teria ajudado a falsificar documentos para obter vantagem ilícita na venda dos imóveis.

Jaqueline conseguiu negociar um dos hotéis da família em Duque de Caxias por R$ 6 milhões. Desse total, um valor em torno de R$ 400 mil teria sido embolsado pela presidente do TJD.

No fim de 2022, em declaração dada à revista Piauí, Renata Mansur pontuou: “Estou absolutamente tranquila em relação à minha conduta nesse caso e confiante de que o Ministério Público vai arquivar esse caso”.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/direitos-humanos-e-pra-humano-direito-diz-presidente-de-comissao-da-oab-indiciada-por-fraude/

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