Campagnolo é autora de livros enviesados que deturpam a história e as conquistas do feminismo sendo ela própria beneficiária delas. Talvez, sem cota de gênero ela – que foi catapultada para a “fama” por instar estudantes a gravar e denunciar manifestações político-partidárias dos professores -, não se elegesse nem ocupasse vaga no Legislativo.
A colunista Dagmara Spautz, do jornal NSC Total, qualificou a iniciativa como “um tapa na cara de quem trabalha por um mundo menos hostil para as mulheres”. A jornalista acrescenta que o evento vexaminoso é especialmente cruel porque em Santa Catarina, 2024 vem cumprindo a triste marca de uma mulher morta por feminicídio a cada cinco dias.
“Só nesta semana, marcada pelo Dia Internacional da Mulher, Santa Catarina registrou cinco feminicídios. É um problema multifatorial, sistêmico, que passa invariavelmente pelo machismo e a misoginia – e que merecia estar em debate neste 8 de Março no Legislativo”, pontua Dagmara.
Contudo, no estado mais bolsonarista do país, o congresso tem tudo para ser sucesso. Entre as convidadas do evento, está Pietra Bertolazzi, ex-comentarista da Jovem Pan que acumula condenações por fake news no TSE, além de indenizar a primeira-dama Janja da Silva em R$ 30 mil por ofensas à sua pessoa.
A Alesc informou que não censura eventos e que cede o espaço conforme a demanda. Mas, como diz Dagmara, talvez seja hora “de avaliar se a Casa Legislativa deveria se prestar ao retrocesso e ao deboche”.
Fonte: https://movimentorevista.com.br/2024/03/no-8-de-marco-deputada-realiza-congresso-antifeminista-em-sc/
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