terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Outros 500

Uma pergunta rápida. Quem, com um mínimo de bom senso, apoia o discurso da direita, do conservadorismo, que somente favorece o rico e o empresário? O que leva um brasileiro médio comum, trabalhador, a endossar o discurso de seu inimigo de classe?

Eu fico muito consternado e preocupado com esse amigo que eu tinha alguma estima. No estilo bem característico do reacionário de direita, ele compara e equipara uma frase de Adolf Hitler com uma frase do (agora) presidente Lula.

Essa é a estratégia que tem origem no Olavo de Carvalho, se chama falsa equivalência e é muito usada pela (extrema) direita, pelos conservadores e pelos chamados bolsonaristas.

Você mesmo. Que tem no seu blog uma imagem fazendo sátira e ironia sobre o “padrão FIFA” na construção de estádios para a copa. Mas não publicou uma única linha sobre o trágico mandato de Jair Bolsonaro.

Eu devo ter escrito isso em algum lugar. Todo discurso tem que ser interpretado e entendido dentro de um contexto.

Usando o Google Lens, eu vou copiar e colar o texto que está na imagem:

Já não são seres humanos. São animais. Nossa tarefa não é, portanto, humanitária, mas cirúrgica. Caso contrário, a Europa perecerá sob a doença judia. (Hitler)

Não são seres humanos, são animais selvagens. Essa gente precisa ser extirpada.(Lula)

Retomando.
Comparar e equiparar isso é o mesmo que concordar ou apoiar as ideias da extrema direita. Hitler foi um mero fantoche e o Nazismo foi uma das formas de regime idealizada pela extrema direita. Outro modelo foi o Fascismo.
Atualmente, os fantoches são Trump, Bolsonaro e Milei.
Eu incluo aqui Netanyahu.

Ignorar ou omitir o contexto é típico do pensamento do Olavismo.
Lutar e contestar as ideias da extrema direita é humanitário e necessário.
Eu espero que esse amigo perceba isso e procure ajuda psiquiátrica.

Muito apropriado um texto que eu achei, fazendo uma análise psicanalítica do antipetismo.
Citando:

Quando a neurose obsessiva se agrava, o antipetista passa a apresentar sintomas ainda mais preocupantes. O diagnóstico é dado pela forma maniqueísta com a qual julga a realidade. O resultado dessa busca fantasiosa pelo fim do mal encarnado no “outro” – seja um único partido ou personagem político – revela a primeira evidência do risco de não se tratar a do antipetismo a tempo, uma vez que o quadro pode evoluir para casos de alucinações.

Tais assertivas resultam dos quatro sintomas da cronicidade desta patologia: o pensamento abstrato, as ideias sem conexão com a realidade, a falta de capacidade de concentração no presente e, por fim, a incoerência em relação a pensamentos concretos.

Desse tipo de negação até se chegar na falta de conexão com a realidade é só uma questão de tempo.

Assim chega-se ao quadro de incoerência em relação a pensamentos complexos.

Fonte, citado parcialmente: https://sul21.com.br/opiniao/2016/06/a-neurose-obsessiva-do-discurso-antipetista-por-eduardo-silveira-de-menezes/

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