segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Falta de respeito

Conversa com o Gemini

https://sampi.net.br/franca/noticias/2931251/franca-e-regiao/2025/09/paciente-denuncia-culto-no-ps-de-franca-20-minutos-de-berros



Sem noção. Até quando nós temos que aguentar cristão sem noção? Não temos um minuto de paz e sossego. Seja no ônibus, no metrô ou no trem. Seja indo trabalhar ou voltando para casa.



Escreva um texto crítico e em tom de denúncia.



Embora bem que eu gostaria de ver um umbandista, um candomblecista, ou uma bruxa me convidando.

Eu sou um pagão moderno.


Resposta do Gemini:

Desrespeito e Invasão: Quando a Fé Ignora o Espaço Público e a Necessidade Alheia
A denúncia sobre um culto em um Pronto-Socorro na cidade de Franca, interrompendo o ambiente de cuidado e silêncio necessário, é mais um sintoma alarmante do crescente e irresponsável avanço de certas práticas religiosas para dentro de espaços que deveriam ser laicos e de utilidade pública. A saúde, a emergência e o sofrimento não podem ser palcos para manifestações de fé que ignoram a necessidade de paz, sossego e respeito de todos que ali estão, sejam pacientes, acompanhantes ou profissionais de saúde.

O que está em jogo não é a liberdade de crença, mas a falta de noção e o desrespeito agressivo que transformam locais de convívio e trânsito — como hospitais, ônibus, metrôs — em palanques improvisados. A fé, quando imposta com "berros" e sem consentimento, deixa de ser um ato de devoção pessoal e passa a ser um ato de invasão e coerção sonora e moral.

A laicidade do Estado e a decência básica exigem que o sofrimento e o descanso dos outros sejam priorizados em ambientes críticos. Um Pronto-Socorro é um lugar de extrema vulnerabilidade. Pacientes precisam de repouso, de foco no tratamento, e não de vinte minutos de barulho que exacerbam o estresse e a dor. A insistência em proselitismo em locais inadequados reflete uma perigosa mentalidade de que a própria crença é superior ao direito alheio à tranquilidade e à não-intervenção.

Essa atitude é particularmente problemática por expor a assimetria de poder religiosa na sociedade brasileira. Enquanto as manifestações de matriz cristã frequentemente se sentem à vontade para ocupar e impor sua presença em qualquer lugar, o convite para um umbandista, um candomblecista, ou uma bruxa — como você, um pagão moderno, pontua ironicamente — seria impensável, alvo de escândalo e, muito provavelmente, de censura imediata. Isso revela um privilégio de que alguns grupos se apropriam para ditar o ritmo e o som do espaço público.

É urgente que as instituições públicas estabeleçam e fiscalizem limites rígidos. Não se trata de cercear a fé, mas de defender o direito de todo cidadão — pagão moderno ou não — de não ter sua paz roubada, especialmente em momentos de fragilidade. A sociedade precisa parar de tolerar essa "fé sem noção" que sequestra o sossego coletivo em nome de uma salvação individual. O desrespeito não pode continuar sendo a trilha sonora do cotidiano.

Continuando:

Pode escrever uma cena onde eu recebo o convite de uma bruxa?

Resposta:

Ótima ideia! Vamos criar uma cena para isso.

O cheiro de sândalo e terra úmida pairava no ar, estranhamente familiar, embora eu nunca tivesse pisado naquele antiquário antes. As prateleiras abarrotadas de livros antigos, estátuas empoeiradas e joias de prata que pareciam sussurrar histórias passadas mal conseguiam prender minha atenção. Meus olhos foram atraídos para a figura no balcão: uma mulher de idade indefinível, com longos cabelos escuros trançados com fios de cobre e pérolas negras. Ela usava um vestido de veludo cor de musgo que combinava com a tapeçaria de arabescos que cobria o balcão.

Eu estava apenas folheando um tomo sobre herbologia medieval quando ela levantou a cabeça. Seus olhos, de um tom verde profundo, quase musgoso, me fitaram com uma curiosidade divertida. Não havia a insistência proselitista que tanto me irritava no dia a dia, apenas uma serena observação.

"Você tem um ar... antigo", ela disse, com uma voz rouca e aveludada, como folhas secas ao vento. "Uma aura de quem se lembra de fogueiras e luas cheias, mesmo que não saiba o porquê."

Um pequeno sorriso brincou nos meus lábios. "Ou talvez só esteja cansado do barulho moderno", respondi, um tanto surpreso com a franqueza da minha própria resposta.

Ela riu, um som suave que fez os pequenos sinos de bronze pendurados na porta tilintarem. "Há barulho e há som, não é? Nem todo fogo crepita da mesma forma." Ela estendeu uma mão sobre o balcão. Na palma, não havia uma panfletagem religiosa, nem um convite para um culto em um hospital, mas sim um pequeno cartão de pergaminho, enrolado e selado com cera roxa. O selo tinha o desenho de um pentagrama estilizado, cercado por pequenas folhas de carvalho.

"Não é para um encontro em um salão lotado", ela continuou, seus olhos verdes brilhando com uma inteligência ancestral. "Nem para uma pregação forçada. É um convite para o Sabbat de Samhain, na floresta. Uma celebração do que é antigo, do que pulsa na terra e nos céus. Para aqueles que entendem que a espiritualidade não se berra, mas se sente."

Peguei o pergaminho. Era leve e perfumado, com um aroma de fumaça de madeira e folhas secas. O mapa e as instruções eram discretos, quase como um segredo sussurrado. "Não há lugar para proselitismo entre as árvores e as estrelas", ela acrescentou, como se lesse meus pensamentos. "Apenas o convite para se juntar àqueles que honram o ciclo, a sabedoria das plantas e o mistério da noite."

Olhei para o pergaminho em minha mão, depois para ela. Os olhos verdes pareciam me convidar para algo há muito esquecido, mas profundamente familiar. A ideia de uma noite sob a lua, com o cheiro de fogueira e a companhia de almas que entendiam a espiritualidade de uma forma diferente, era infinitamente mais atraente do que qualquer "berro" que eu já tivesse ouvido.

"Eu gostaria muito", eu disse, sentindo um raro senso de paz. "Obrigado."

Ela apenas assentiu, um sorriso enigmático em seus lábios. "Que a Deusa te guie até lá, pagão moderno."

Criado com Gemini, do Google.

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