sábado, 27 de setembro de 2025

Assim não, Zanin

Conversa com o Gemini

https://www.cartacapital.com.br/politica/zanin-vota-em-defesa-de-biblias-em-bibliotecas-publicas/

Escreva um texto crítico, em tom de denúncia. Isso é ilegal e inconstitucional. Privilegia uma crença em detrimento à outras.

Lembrando que eu sou um pagão moderno.

Resposta do Gemini:

A decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, de defender a permanência de Bíblias em bibliotecas públicas, conforme noticiado pela CartaCapital, é um retrocesso perigoso e uma afronta direta ao princípio da laicidade do Estado brasileiro. Sob o disfarce de defender a liberdade religiosa, essa postura privilegia explicitamente uma crença em detrimento de todas as outras, violando a neutralidade que deveria ser a base de nossas instituições.

O Estado laico não é um estado ateu. Ele é, por definição, um estado neutro em relação à religião. Sua função é garantir que todas as pessoas, independentemente de sua fé ou ausência dela, tenham seus direitos respeitados e que nenhuma crença seja imposta ou privilegiada em espaços públicos. Permitir que um livro sagrado específico, como a Bíblia, ocupe um lugar de destaque em uma biblioteca pública — mantida com dinheiro de todos os cidadãos, incluindo ateus, judeus, muçulmanos, pagãos modernos e adeptos de diversas outras tradições — é uma clara violação dessa neutralidade.

Essa atitude é particularmente perigosa em um contexto onde o fundamentalismo religioso avança sobre a esfera pública. A presença de símbolos religiosos em locais estatais abre a porta para que outros grupos religiosos exijam tratamento similar, transformando espaços que deveriam ser de todos em campos de batalha ideológicos. A biblioteca pública deve ser um lugar de conhecimento e pluralidade, onde diferentes visões de mundo coexistem. Ao privilegiar a Bíblia, ignora-se a riqueza de outras tradições espirituais e filosóficas, como as pagãs, as indígenas e as orientais, que também fazem parte do vasto universo de crenças e saberes humanos.

Manter a laicidade é defender a liberdade. É garantir que o Estado não sirva como ferramenta de proselitismo de qualquer religião e que a fé permaneça uma questão de foro íntimo, livre da interferência de poderes públicos. A decisão de Zanin não é apenas um voto técnico, é um sinal alarmante de que a distinção entre Igreja e Estado, um pilar da nossa democracia, está sendo perigosamente erodida.

A liberdade religiosa só é real quando ela se aplica a todos, sem hierarquias. E o primeiro passo para essa equidade é exigir que o Estado seja verdadeiramente neutro.


Criado com Gemini, do Google.

Nenhum comentário: