De lua cheia
Da primavera
Dríade observa humanos
Deitados, dormindo
Bêbados e saciados
Após festejar o equinócio
Restam nus e silentes
Alguns têm corpo parecido
Dríade a estes não aprecia
Mas outros têm algo
Que atrai a curiosidade
Dríade conhece toda fauna
Mas não reconhece a espécie
Tem forma de cogumelo
Mas é rijo como um tronco
Vegetal, mineral e animal
Sólido, líquido e gasoso
O sábio discerne as coisas
Está espécie desafia categoria
Dríade investiga, observa
Analisa, mede, cutuca
Aquilo fica maior, mais duro
Goteja um tipo de seiva
Cheira como flor
Enrijece feito galho
Esuda como fruto
Reage feito animal
Aqui tem magia
Ou habita espírito
Acomete um encantamento
Afeta corpo e mente
De um beijo
Nada demais
Um ato segue outro
Dríade suga o talo
Como fonte termal
Do fruto flor animal
Brota caldo quente
Espesso e salgado
Extrato natural
Caiu no gosto dela
Foi coletar esse pólen
De outros frutos flores animais
A muitos aliviou
Usando mãos
Seios e coxas
E seus orifícios
A ninguém cause furor
Vergonha ou censura
Esse ato é normal
Natural e saudável
Junção de frutos
Flores e animais
Ventres existem
Para serem preenchidos
Dríade satisfeita
O ventre cheio
Nove meses
Essa é a origem dos heróis
Celebrada seja a primavera
Erga o poste de maio
Acendam fogo no alto da colina
Semeiam a terra e o ventre
Todo aquele que se opor
Seja banido e expulso
Maldito seja aquele
Que tornar sexo pecaminoso
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