sábado, 13 de agosto de 2022

Pokémon Go e direito animal

Em homenagem ao blog Sociedade Zvezda onde eu escrevi muita coisa, mas muito se perdeu quando eu deletei, eu vou reescrever a postagem de título homônimo com base na seguinte reportagem:

Fantasiados, integrantes de movimento participam de ato pela democracia em SP representando animais como seres de direito.

Espalhados pelo salão nobre da Faculdade de Direito da USP, e do lado de fora do Largo São Francisco, os "animais" levavam cartazes com frases como "direito selvagem".

"Somos pessoas que representam os animais também como seres de direitos. Também estamos aqui para participar dos processos políticos do país. Somos a reviravolta de Gaia", disse a ave dentro do salão nobre enquanto a primeira carta em defesa da democracia era lida.

Leia na íntegra: (https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2022/noticia/2022/08/11/fantasiados-movimento-participa-de-ato-pela-democracia-em-sp-representando-animais-como-seres-de-direito.ghtml)

Eu vou citar um trecho do meu estudo "Fator Disney" (eu disponibilizo uma cópia mediante módica quantia):

Da necessidade de estabelecer garantias aos indivíduos contra abusos do Estado e de prestar assistência aos marginalizados surgiu a consolidação da dicotomia fundamental para formular o embasamento ético referente ao Direito dos Animais, que vem a ser a exigência de políticas e ações que protejam o animal (enquanto agente indefeso e vítima) do ser humano (enquanto agente agressor e carrasco).
Entretanto o estudo é falho, pois é impossível esperar a devida contraparte no tocante aos
deveres por parte dos animais. O embasamento de tal direito é materialmente falso, porque
os animais não fazem parte da sociedade humana como um todo e o nível de relacionamento deles conosco é restritamente afetivo (no caso dos animais criados para o lazer) ou gastronômico (no caso dos animais criados para o abate). Exatamente por serem equivocadas as bases deste direito, a propaganda mostra exclusivamente os abusos extremados de alguns humanos, para reforçar o lado adverso (a animalização do homem) e sustentar direito à vida dos animais pelo lado favorável (a humanização dos animais).

[...]

O Estado de Direito mal consegue garantir a plenitude dos direitos de cada cidadão em seu

grupo social e a preservação do meio ambiente é uma realidade racional, não emocional.

Entretanto, é antinatural querer conceder proteção e garantia de vida aos animais, uma vez

que estes não a possuem no meio natural.


[...]

Infelizmente, a visão dos Direitos dos Animais é mais uma transposição da constituição dos animais de estimação para os de abate e os selvagens, a afinidade a uns é extensiva a todos.

[...]

A impossibilidade jurídica de conceder direitos aos animais foi evidenciada, resta perguntar aos mesmos que o defendem a todos os animais por que ainda mantém seus animais de estimação em cárcere privado.

Retomando, eu infelizmente perdi a postagem onde eu denunciei a impostura vegan. Talvez eu consiga lembrar e retomar meus argumentos. Mas como experiência mental, como podemos pensar a questão do direito animal na realidade virtual do jogo Pokémon Go? Esses personagens são reais? Essas criaturas são animais? Essas formas de existência (?) são pessoas /indivíduos a quem se deva dar e reconhecer os direitos? A melhor resposta ganha o estudo "Fator Disney". Valendo.

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