quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Maniqueísmo e Mandeísmo

O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo heresiarca do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo usado para descrever todas as doutrinas fundamentadas nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.

Conforme as suas ideias, a fusão dos dois elementos primordiais, o reino da luz e o reino das trevas, teria originado o mundo material, essencialmente mau. Para redimir os homens de sua existência imperfeita, os "pais da Justiça" haviam vindo à Terra, mas como a mensagem deles havia sido corrompida, Mani viera a fim de completar a missão deles, como o Paráclito prometido por Cristo, e trouxera segredos para a purificação da luz, apenas destinados aos eleitos que praticassem uma rigorosa vida ascética. Os impuros, no máximo podiam vir a ser catecúmenos e ouvintes, obrigados apenas à observância dos dez mandamentos (citados abaixo).

As ideias maniqueístas espalharam-se desde as fronteiras com a China até ao Norte d'África. Mani acabou crucificado no final do século III, e os seus adeptos sofreram perseguições na Babilónia e no Império Romano, neste último nomeadamente sob o governo do Imperador Diocleciano e, posteriormente, os imperadores cristãos. Apesar da igreja ter condenado esta doutrina como herética em diversos sínodos desde o século IV, ela permaneceu viva até à Idade Média.

[https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo]

O mandeísmo (do mandeu manda, "conhecimento") é uma religião étnica classificada por estudiosos como gnóstica, remanescentes até os dias atuais. Veneram João Batista como o Messias e praticam o ritual do batismo. Possuem cerca de 100 mil adeptos em todo o mundo, principalmente no Iraque.

O mandeísmo é umas raras formas de gnosticismo contemporâneo junto com movimento de Samael Aun Weor. Os mandeístas não consideram o mundo material como sendo maligno, não rejeitam o casamento, nem a procriação.

A religião mandeísta tem uma visão dualística mais estrita que a maioria dos gnósticos. Ao invés de um grande pleroma (plenitude), existe uma clara divisão entre luz e trevas, onde o senhor das trevas é chamado de Ptahil (semelhante ao Demiurgo gnóstico) e o gerador da luz (Deus) é conhecido como "a grande primeira Vida dos mundos da luz, o sublime que permanece acima de todos os mundos". Quando esse ser emanou, outros seres espirituais se corromperam, e eles e seu senhor Ptahil criaram o nosso mundo.

[https://pt.wikipedia.org/wiki/Mande%C3%ADsmo]

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