A “definição oficial” de mulher não existe mais, segundo a Igreja da Inglaterra. Vale ressaltar que, a igreja em questão, nomeou sua primeira bispa em 2017.
A informação foi anunciada pelo Telegraph e, segundo eles, esse assunto surgiu com o objetivo de responder a um determinado membro do Sínodo Geral que fez a seguinte pergunta: “Qual é a definição de mulher da Igreja da Inglaterra?”.
A resposta foi dada pelo Rev. Robert Innes, que é também bispo da referida denominação. “Não há definição oficial, o que reflete o fato de que até recentemente as definições desse tipo eram consideradas auto evidentes, conforme refletido na liturgia do casamento”, respondeu.
A resposta dada por Innes, se baseia no projeto da igreja local intitulado “Vivendo em Amor e Fé”. A visão do projeto defendido pela Igreja da Inglaterra é a de contribuir para o discernimento de um caminho com relação as questões de relacionamento, sexualidade, identidade e casamento.
Em seu site oficial, o Rev. Robert ainda fez citações a respeito do projeto e descreveu a temática abordando as “complexidades do casamento associadas à identidade de gênero” além de apontar para o que segundo ele é “necessidade de cuidados e pensamentos adicionais a serem dados na compreensão de nossas semelhanças e diferenças como pessoas feitas à imagem de Deus.”
O referido projeto recebeu apoio de grupos LGBT e da Fundação Ozanne, essa que elogiou a ideia em novembro de 2020, afirmando que o projeto trabalha para tornar a igreja “mais genuinamente inclusiva, reconhecendo o alto custo suportado por tantas pessoas LGBT+ hoje e os riscos significativos de proteção que precisam ser resolvidos com urgência”.
De acordo com Telegraph, Rev. Angela Berners-Wilson (a primeira mulher ordenada como padre em 1994 e atualmente recém aposentada), disse não estar totalmente feliz com o anúncio e ainda completou: “Quero dizer, eu acho que certas coisas como homens não podem ter bebês apenas para dizer a coisa completamente óbvia”, acrescentou ela. “Mas acho que precisamos ser muito sensíveis e talvez precisemos reexaminar nossos limites.”
Um fato histórico a salientar é que a Igreja da Inglaterra passou a permitir que mulheres se tornassem bispas apenas 20 anos após a votação da denominação ser favorável à ordenação feminina.
Em recente consagração da primeira bispa, a cerimônia foi interrompida por um grito de protesto que dizia: “Não está na bíblia.” Em março de 2015, Rachel Treweek foi nomeada bispa da Diocese de Gloucester e liderou um órgão regional. No ano de 2019, a igreja viu muitos de seus membros se posicionarem contrariamente ao serviço de batismo recém-introduzido para membros transgêneros.
Fonte: https://www.gospelprime.com.br/nao-ha-mais-definicao-oficial-de-mulher-segundo-a-igreja-da-inglaterra/
Nota: esse é um tema recente que tem se tornado público. Pessoas intersexuais e transgênero aparecem em noticiários dão indícios de que o padrão binomial é uma imposição arbitrária. Mas para cristãos fundamentalistas como o Gospel Prime, essas pessoas não existem.
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