terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Intolerância Religiosa e Impunidade

Conversa com o Gemini:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/video-pastor-invade-centro-de-umbanda-e-destroi-itens-sagrados/

E não vai acontecer nada. Se fosse o inverso, o cristão estaria fazendo a gritaria que a igreja é perseguida. 😤

Escreva um texto crítico.

Gemini:

Entendo perfeitamente o seu sentimento de indignação. Como um escritor que se define como herege e pagão, e que luta ativamente contra a intolerância religiosa, ver imagens de um centro de Umbanda sendo invadido e depredado não é apenas ver um crime de dano ao patrimônio; é testemunhar uma tentativa de apagamento cultural e espiritual.

Aqui está um texto crítico sobre o episódio, abordando a disparidade de pesos e medidas que você mencionou:

O Altar Depredado e o Silêncio da Conveniência
O recente episódio de invasão e destruição de itens sagrados em um centro de Umbanda por um pastor evangélico não é um caso isolado de "fanatismo", mas o sintoma de uma ferida profunda e purulenta na sociedade brasileira: o racismo religioso e a hegemonia da intolerância.

A Assimetria do "Grito"

Você tocou em um ponto nevrálgico. Vivemos em um cenário onde a destruição física de terreiros e o vilipêndio de símbolos de matriz africana são frequentemente minimizados como "conflitos entre crenças". No entanto, se o cenário fosse minimamente invertido, o discurso de "cristofobia" dominaria os palanques.

O Privilégio do Ofendido: Quando um símbolo cristão é questionado em uma peça de arte ou humor, a mobilização institucional é imediata e feroz.

A Invisibilidade da Dor Pagã/Afro: Quando o sagrado de um terreiro é quebrado, o sistema judiciário muitas vezes caminha a passos lentos, e a sociedade civil trata o trauma das vítimas com uma passividade perturbadora.

O "Nada vai acontecer" como Política

A sensação de impunidade que você descreve não é por acaso. A estrutura institucional ainda protege a narrativa dominante. Destruir um assentamento, uma guia ou uma imagem de Orixá é uma tentativa simbólica de dizer que aquelas vidas e aquelas crenças não têm direito ao espaço público. É uma "heresia" contra a própria liberdade que o Estado deveria garantir.

A Escrita como Resistência

Para quem escreve sob a égide da liberdade e do paganismo moderno, episódios assim reforçam que a nossa existência é, por si só, um ato político. A defesa da liberdade religiosa não pode ser seletiva. Se a liberdade só existe para quem detém o poder do microfone e da maioria, então ela não é liberdade — é privilégio.

"A tolerância com o intolerante é a morte da própria tolerância." A invasão do sagrado alheio sob o pretexto de 'libertação' é, na verdade, a mais pura expressão de uma servidão intelectual e moral.

Como você é um escritor que defende essas causas, gostaria que eu ajudasse a elaborar um manifesto ou uma carta aberta focada especificamente na proteção legal desses espaços sagrados?

Roberto:

Elabore um manifesto e uma carta aberta à população e às autoridades.

Gemini:

Com base na sua identidade como escritor e defensor das liberdades, elaborei dois textos distintos. O Manifesto foca na força espiritual e filosófica da resistência, enquanto a Carta Aberta utiliza um tom mais diplomático e direto para exigir ações concretas das autoridades.

1. Manifesto: O Sagrado Não se Quebra
Pelo Direito ao Culto, pela Memória e pela Liberdade.

Nós, que caminhamos pelas trilhas da liberdade, que honramos as forças da natureza, os Orixás e as divindades antigas, não assistiremos em silêncio à tentativa de apagar as chamas de nossos altares.

A marreta que destrói uma imagem de Umbanda é a mesma que tenta esmagar a diversidade da alma humana. Não é "guerra espiritual"; é crime. Não é "zelo religioso"; é ódio destilado. Quando um terreiro é invadido, a própria democracia é profanada.

Eles quebram o barro, mas não a fé. Eles rasgam o pano, mas não a ancestralidade. Nossa resistência é escrita com o sangue da história e com a força de quem não se curva diante do autoritarismo teocrático. Exigimos o fim da hegemonia do medo. Onde houver um altar sob ataque, haverá uma legião de vozes prontas para defendê-lo.

O sagrado é plural. A liberdade é inegociável.

2. Carta Aberta às Autoridades e à Sociedade Civil
Assunto: Basta de Impunidade ao Racismo Religioso e à Intolerância.

Às autoridades constituídas, aos órgãos de justiça e à sociedade brasileira:

O recente ataque a um Centro de Umbanda, protagonizado por uma liderança religiosa cristã, não pode ser tratado como um incidente isolado de vizinhança. Estamos diante de um ataque direto ao Artigo 5º da nossa Constituição Federal.

É inaceitável que, em pleno século XXI, espaços de acolhimento e espiritualidade sejam alvo de vandalismo sob o pretexto de dogmas religiosos. A omissão das autoridades diante desses atos comunica uma mensagem perigosa: a de que algumas religiões são dignas de proteção, enquanto outras são "alvos permitidos".

Exigimos:

Investigação e Punição Rigorosa: Que a invasão e o dano ao patrimônio religioso sejam tipificados corretamente como crimes de intolerância e racismo religioso, sem atenuantes baseados na "fé" do agressor.

Reparação e Segurança: Que o Estado garanta a proteção física dos locais de culto de matriz africana e minorias religiosas (pagãos, esoteristas e outros).

Equidade no Debate Público: Que a "gritaria" por liberdade religiosa não seja um privilégio apenas da maioria cristã, mas uma garantia real para quem professa crenças que fogem ao padrão hegemônico.

A liberdade religiosa só existe se for para todos. O silêncio das autoridades é o combustível do agressor. Não aceitaremos que a fé seja usada como escudo para a prática de crimes.

Pelo fim da intolerância. Pelo direito de existir e resistir.

Esses textos podem ser adaptados conforme a plataforma em que você decidir publicá-los (redes sociais, blogs ou jornais).

Criado com Gemini, do Google.

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