E uma vaca chamada Audumbla. Das tetas dela, beberam Imir e Buri, aqueles que dariam origem aos Vanires, Aesires e Jotunes.
Jotunes são os gigantes, mas não como estamos mais acostumados. Essas criaturas estão mais vinculadas ao gelo. Isso me fez lembrar dos White Walkers do Game of Thrones.
Angrboda é uma giganta. Dela, pouco se fala no Voluspa, apenas que uniu-se a Loki e gerou Hel, Fenrir e Jormungand.
Hel tornou-se a rainha do mundo dos mortos. Fenrir e Jormungand têm um papel importante no Ragnarok.
No livro No Coração da Bruxa, a autora, Genevieve Gornichec, a história de Angrboda começa no exílio, depois de ter sido assassinada três vezes pelos Deuses. Odin queria que ela dissesse o futuro.
Essa lenda contemporânea mostra algo que pode incomodar muita gente. A confirmação de que “bruxa” é um ser sobrenatural, não humano. E que, mesmo Angrboda, com sua “visão do futuro” não pôde escapar do destino que lhe estava reservado.
Angrboda viu o Ragnarok. Teria visto além? Teria visto Midgard sendo dominada por um Deus estrangeiro e uma crença invasora?
Teria visto a humanidade redescobrindo suas origens, raízes e ancestrais? Teria visto o fim do Usurpador, de Cristo e seus lacaios?
Teria visto a humanidade finalmente adquirindo a evolução para o nível divino?
O livro vale a pena, porque mostra que mesmo criaturas como Angrboda e Loki podem amar e ter filhos. Mostra que os seres divinos sofrem e têm dilemas. Mostra que os seres divinos morrem e renascem. Mostra que não existe castigo eterno e que a vida continua.
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