terça-feira, 14 de junho de 2022

O Dianismo invade a Wicca

Continuando a série momentos embaraçosos da história da Wicca.

"Até pouco tempo Z. Budapest era completamente contra o sacerdócio de homens, negava até que homens possuissem espiritualidade. Causou um grande estardalhaço e escândalo quando Z. Budapest proibiu que pessoas transgêneros participassem de um ritual para Lilith."
[Mentiras brancas que pagãos contam]

"A ordenação de Claudiney Prieto por Z. Budapest acabou provocando reações no meio diânico americando."
[Habebimus Papa?]

Zsuzsanna Budapest nasceu na Hungria, filha de Masika Szilagyi, médium e escultora ceramista, que ficou notória por sua arte focada em retratar Deusas. Alegadamente, Z. Budapest herdou seu conhecimento em bruxaria de sua mãe, então ela alega pertencer a uma forma de bruxaria hereditária. Ela alega que sua avó era herbalista e que sua família mantinha um registro dos ancestrais desde 1270.
Ela migrou para os Estados Unidos em 1959, fez faculdade e participou da classe de teatro, onde desenvolveu suas habilidades como praticante solítária.
Começou a se envolver nos movimentos feministas em 1970 onde, provavelmente por influência de Starhawk, fundou seu coven, centrado na espiritualidade feminina e na Deusa. Provavelmente ela foi formando seu material a partir dos livros que estavam sendo publicados na época, muitos dos quais contendo material supostamente tradicional, como os que foram a público por Aidan Kelly, um autor tido como traidor e quebrador de juramento.

Entretanto a história do Dianismo passa também por Morgan McFarland.
Da mesma forma que Zsuzsanna, Morgan começou sua prática como solitária. Ela formulou sua prática a partir da obra de Margaret Murray. Contemporânea de Zsuzsanna, ambas disputam pela fundação da Tradição Diânica, mas Morgan se diferencia de Budapest por aceitar homens em seu sacerdócio.
Na efeverscência da década de 70, a Wicca tornando-se popular, o Dianismo simplesmente se apropriou do nome Wicca sem que a mesma pudesse sustentar sua linhagem, portanto, reforço, o Dianismo não é Wicca.
Ao menos duas celebridades locais, Mavesper Ceridwen e Claudiney Prieto iniciaram seus trabalhos identificando-se como Diânicos, Claudiney até tentou ser reconhecido pelos grupos diânicos americanos, mas não conseguiu.
Então foi através de seu trabalho local que ele, deliberadamente, convidando celebridades estrangeiras, que Claudiney conseguiu sua ordenação por Z. Budapest, causando furor. Eu mesmo sou testemunha de quando Claudiney convidou Deborah Lipp para seus encontros, o que serviu de subterfúgio para seu treinamento e iniciação formal na Tradição Gardneriana.
Eu tenho sérias dúvidas, afinal, o que não falta na história da Wicca são iniciações suspeitas. Quando eu estudei na Amber and Jet, do Yahoo Grupos, ali é dito que é necessário um ano e um dia. Como Claudiney conseguiu fazer o treinamento e iniciação formal? Por que ele não abriu nenhum grupo para fazer o treinamento e iniciação formal aqui no Brasil? Será que houve um acordo comercial entre Claudiney e Deborah?
Eu nunca saberei.​

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