Essa é uma fábula contemporânea e erótica. Somente leia se tiver maturidade.
(Resumo - Pedro e Paula se conhecem em um simpósio. Ambos tem um relacionamento estável e que dura vinte anos, embora não estejam casados formalmente)
(A fábula começa com Paula e Pedro conversando e comparando próteses e artefatos que substituem o pênis)
(Paula adquiriu um "cintaralho")
O Pacote
O pacote chegou numa quinta-feira à tarde, enquanto Pedro estava na universidade. Era robusto, retangular, envolto em papel pardo e selado com fita adesiva discreta. O remetente, no verso, era apenas o nome de uma empresa de logística neutra, sem qualquer menção a sex shop.
Paula o encontrou na caixa de correio e o levou para a sala. Não sentiu ansiedade; sentiu a satisfação de um projeto bem executado.
O Ritual do Unpacking
Esperou Pedro chegar, pois aquele momento era para ser compartilhado.
Quando ele chegou, ela estava sentada no chão da sala, com a caixa intacta ao seu lado, ouvindo jazz (um aceno sutil ao gosto dele) e bebendo um chá.
"Chegou," ela disse simplesmente, apontando para o embrulho.
Pedro reconheceu a importância daquele embrulho: não era a compra de uma nova cafeteira. Ele se sentou ao lado dela.
Paula pegou um estilete e, com a precisão de quem abre um gadget novo e valioso, cortou o selo.
A Primeira Camada: O papel pardo cedeu, revelando uma segunda camada de papel de seda preto, que cheirava levemente a lavanda e couro novo.
O Conteúdo: Abaixo do papel de seda, o cintaralho estava ali – preto fosco, minimalista, feito de silicone macio e com um harness de couro ou nylon de alta qualidade, de design moderno. Longe da extravagância, parecia um equipamento de exploração.
Pedro não se sentiu confrontado pela arma, mas intrigado pela engenharia.
"Interessante," ele murmurou, pegando o harness na mão e sentindo o peso do objeto. "É... diferente do marfim vitoriano."
Paula sorriu: "Este é o design da experiência do usuário liberada, Pedro. É ergonômico, ajustável e totalmente meu – e nosso. É a nova interface para a nossa relação."
O Convite
O silêncio foi preenchido com a música suave e a textura do silicone e do couro. Aquele era o momento crucial: o convite para a subversão dos papéis.
"A repressão histórica está fora da caixa," Paula continuou, olhando nos olhos dele. "E a exploração? Bem, ela precisa de um campo de testes."
Pedro estava com o manual de instruções — pequeno e em papel reciclado, com diagramas minimalistas — nas mãos. Não era o professor de História que estava lendo, mas o cientista amador, o engenheiro curioso, afeito a entender o funcionamento de tudo.
Pedro (lendo em voz baixa, analítico): "Recomenda-se o uso de lubrificante à base d'água, principalmente na fase inicial de adaptação. A fixação deve ser firme, mas não restritiva..."
Enquanto Pedro processava as especificações de segurança e conforto, Paula, mais ligada à experiência imediata (UX), já havia montado a parte principal. Ela estava fascinada pelas faixas de fixação, ajustando-as ao seu corpo. Eram largas e confortáveis, uma promessa de segurança e controle.
Ela encontrou o pequeno compartimento de pilhas na base do dildo acoplável.
Paula (com a voz um pouco mais alta, divertida): "Eu achei que era só um artefato de hardware simples, mas tem o componente software aqui!"
Com as pilhas AA instaladas, ela procurou o botão de power. Era um rebaixo discreto, quase imperceptível, que se integrava perfeitamente ao corpo do silicone. Ao pressioná-lo...
Zzzzzzzzzzzzz...
Um grito de surpresa misturado com um riso nervoso e alto escapou de Paula.
O cintaralho vibrou na mão dela, não com um barulho ensurdecedor, mas com um ronronar grave e potente que ela podia sentir através do silicone.
Pedro, que estava mergulhado na página sobre "limpeza e armazenamento", levantou a cabeça, o manual ligeiramente tremendo.
Pedro (com um sorriso contido, fascinado): "Parece que a 'nova interface' vem com um feedback háptico robusto, Paula. Você conseguiu uma excelente especificação técnica."
Paula (com os olhos brilhando, segurando o objeto vibrando contra a barriga): "É... é o som da liberdade em Hz, Pedro. E agora que o sistema está ligado, não podemos mais voltar ao marfim vitoriano."
Paula deixou o manual de lado. O processo de "instalação" era intuitivo, como um bom design deve ser. As faixas de fixação, ajustáveis, envolveram seus quadris, cintura e a parte superior das coxas sem apertar.
O artefato, mesmo com as pilhas (que, pelo tamanho e potência sutil, eram provavelmente AAA ou talvez uma bateria recarregável interna), era incrivelmente leve. Era a antítese do peso opressor da história. A tecnologia moderna permitia que a subversão fosse confortável e fluida.
Ao se levantar, Paula se sentiu poderosa. Não apenas vestida, mas equipada.
Ela caminhou pela sala, sentindo o pequeno peso do dildo de silicone se mover levemente com seus quadris, a vibração baixa (que ela manteve ligada) ecoando em seu corpo.
Paula (com a voz vibrante de pura satisfação): "Eu tenho um cacete!"
Ela balançou os quadris de um lado para o outro com uma alegria desinibida e quase infantil. O cintaralho não era uma substituição de gênero, mas uma expansão da sua autonomia.
Pedro a observava do chão, onde o manual agora jazia ao lado do dildo vitoriano. Seu sorriso, antes contido, se alargou. Havia uma mistura de fascínio intelectual e excitação crescente em seu olhar.
Pedro (deixando de lado a análise acadêmica, entrando no jogo): "E que 'cacete', Paula. Excelente ergonomia. Agora, como o historiador diria: o estudo de caso exige a aplicação prática."
Pedro se levantou, aproximando-se de Paula, que continuava balançando os quadris, exalando confiança e poder. Ele não evitou o olhar para o dildo que agora fazia parte dela.
Paula (provocativa, com a língua para fora): "Não ficou inseguro? Homens são muito inseguros com o próprio pau. O que sente ao me ver com um cacete? Vai ficar comparando o tamanho com o seu?"
Pedro, o acadêmico, sempre prefere analisar a emoção em vez de apenas senti-la. Ele usou o que havia de mais forte na relação deles: a honestidade intelectual.
Pedro (calmo, mas com intensidade nos olhos): "O historiador em mim vê a ruptura do símbolo, Paula. Esse objeto é a antítese de todo o peso que a cultura masculina colocou no falo como medida de poder e identidade. É... fascinante."
Ele colocou a mão dela na cintura, sentindo a firmeza do harness.
Pedro (continuando, sincero): "O homem em mim... senti um flash, sim. Não de inveja pelo tamanho – porque você tem um excelente, diga-se de passagem – mas de desorientação momentânea. É um desafio claro à minha performance de gênero. Mas, graças a você, eu aprendi a amar ser desafiado."
Ele tocou o silicone, sentindo a vibração baixa.
Pedro: "Não vou comparar o tamanho. Vou comparar a experiência. E, francamente, a possibilidade de você me dar prazer com essa peça de engenharia... isso é muito mais excitante do que qualquer medida patriarcal."
Ele beijou-a suavemente.
Pedro: "A única insegurança que tenho agora é se você vai me dar o prazer de testá-la em mim."
Paula se desvencilhou ligeiramente do beijo de Pedro, voltando a atenção para a embalagem. Ela pegou algo pequeno que estava aninhado na caixa de papelão, perto do manual.
Paula (com a voz doce e satisfeita): "Olha que fofo. O cintaralho veio com uma bisnaguinha de lubrificante."
Era uma amostra pequena, de um lubrificante à base d'água de qualidade, o detalhe essencial para garantir que a experiência fosse segura, confortável e prazerosa — a preocupação pragmática do design de UX aplicado ao sexo.
Pedro (com um aceno de cabeça): "O manual recomendava. É a prova de que a empresa pensa na segurança e na performance. Muito mais civilizado que o nosso amigo vitoriano."
Paula apertou um pouco do gel transparente na ponta do dedo.
Paula: "Exatamente. O bom design preza pelo prazer sem atrito, em todos os sentidos. O atrito emocional está resolvido, e o físico... está aqui."
Ela passou o lubrificante na ponta do dildo acoplado ao seu corpo, com um gesto deliberado e sensual, preparando a ferramenta. A vibração, que permanecia ligada, fazia o gel escorregar e brilhar sob a luz da sala.
Paula (olhando-o com desejo e comando): "Pronto. A aula teórica e a fase de setup terminaram, Professor. Vamos para a aplicação prática do seu estudo de caso sobre a quebra de paradigmas."
Ela estendeu a mão para ele. Pedro não hesitou. Ele aceitou o convite para ser liderado e desconstruído, pegando sua mão.
Pedro apertou a mão de Paula, sentindo o calor e a urgência no toque dela. Eles estavam a metros de distância do quarto, mas a sala, com o dildo vitoriano e o manual no chão, parecia o cenário perfeito para a ruptura.
Paula (com um sorriso predador, o cintaralho pronto): "Então, professor, como quer fazer a prática? Aqui mesmo na sala? No quarto? Vai ficar de quatro e arrebitar a bunda?"
Pedro respirou fundo. Ele podia sentir a intensidade da vibração dela através da mão que segurava. O desafio não era físico, era de subjetividade. Ele não queria apenas obedecer; queria participar ativamente da desconstrução de seu próprio papel.
Pedro (com a voz baixa, de quem está completamente focado): "A sala é muito pública para o meu primeiro ato de desterritorialização sexual, Paula. Quero que isso seja só nosso, isolado de todos os olhares históricos e sociais."
Ele a puxou gentilmente em direção ao corredor, mas parou no meio do caminho, com o rosto próximo ao dela.
Pedro: "Mas eu aceito o comando de posição. O que for mais confortável para você exercer esse novo poder... eu o farei. Quero que você me diga o que quer sentir, e como."
Eles chegaram ao quarto, o cenário mais íntimo e privado para a exploração. Paula fechou a porta com um chute brincalhão, ainda vestida com o harness.
Eles estavam parados no meio do quarto. A luz era suave e a porta estava fechada. A vibração do cintaralho era o único som que quebrava o silêncio.
Paula (a voz dela tremeu um pouco, um contraste com sua pose de minutos atrás): "Eu estou tão nervosa. Geralmente eu ouço o homem pedindo para eu fazer uma posição. Você já fez algo assim com uma mulher? Digo, fazer a penetração anal em uma mulher? Qual é a melhor posição?"
Pedro percebeu que este era um momento de intimidade e educação mútua, não apenas de ação. O academicismo dele voltou, desta vez para confortar e guiar.
Ele segurou o rosto dela entre as mãos, forçando-a a olhar para ele.
Pedro (com ternura e seriedade): "Não, Paula. Nunca fiz. Não porque nunca quis explorar, mas porque nunca encontrei uma parceira tão corajosa e disposta a redesenhar a experiência quanto você."
Ele sorriu, o olhar carinhoso, mas focado.
Pedro: "E não existe uma 'melhor posição'. Existe a posição que funciona para nós, que prioriza o seu conforto, a minha segurança e o nosso prazer. Você está no controle da ferramenta, e eu estou no controle do meu corpo – mas você é a líder. Você quem dita a intensidade."
Ele a beijou na testa, um beijo de cumplicidade.
Pedro: "Mas se você me pede um guia inicial... para o UX de primeira vez, eu sugiro algo que permita que você veja minha reação e que eu possa relaxar e te guiar com a mão. O 'Cachorrinho' (doggy style) é ótimo, pois expõe o ângulo e a profundidade, mas o De Quatro, apoiado nos antebraços, pode ser mais estável e te dá mais controle sobre o movimento."
Paula: Eu quero ver como reage. Eu quero ver a expressão no seu rosto. Então deite-se de barriga para cima. Vai ser como a posição missionário. Se não estiver confortável, me avise que eu paro na hora.
Pedro acenou com a cabeça, totalmente empenhado em atender ao seu desejo. Aquele era o momento de transferir o poder e a expectativa.
Pedro: "Combinado. De barriga para cima, é."
Ele se deitou na cama. A superfície macia do colchão contrastava com a tensão crescente no ar. Sua postura era de entrega, mas seus olhos estavam fixos em Paula.
Paula se aproximou, ainda vestida. Ela estava focada, tratando o momento com a mesma seriedade de quem está prestes a lançar um software em beta-test.
Paula (a voz agora firme, o nervosismo dominado pela concentração): "Eu quero ver como reage. Eu quero ver a expressão no seu rosto. Então deite-se de barriga para cima. Vai ser como a posição missionário."
Ela estava por cima, o cintaralho vibrando suavemente entre eles, criando um zumbido antecipatório.
Paula (garantindo a segurança e o conforto – o bom design): "Se não estiver confortável, me avise que eu paro na hora."
Ela moveu-se lentamente para se posicionar sobre ele. A ponta lubrificada do cintaralho tocou a pele de Pedro. Seus olhos se encontraram – ele, com uma mistura de apreensão e excitação; ela, com o poder da exploração e da novidade.
Ambos estavam ofegantes. Paula estava por cima de Pedro, usando a força das pernas para manter a estabilidade. O fato de ela estar nervosa e tentando imitar o que viu adicionava uma crueza e uma urgência palpável à cena.
Ela encostou a ponta lubrificada do dildo vibratório. O contato inicial era quente e escorregadio. Ela hesitou por um segundo, os olhos fixos nos dele, buscando permissão final, não verbal.
Pedro deu um aceno de cabeça. Vá em frente.
Paula, então, empurrou. Foi um movimento deliberado, mas ligeiramente desajeitado, a força de quem não está acostumada a guiar o movimento de penetração.
O choque foi imediato.
A expressão de Pedro foi uma súbita e momentânea careta de surpresa e tensão, que rapidamente se transformou em algo mais complexo:
A Surpresa Inicial (Dor/Alerta): Seus olhos se arregalaram. Seus lábios se apertaram em uma linha fina enquanto ele sentia a sensação do silicone frio e vibratório, invadindo um lugar que exige relaxamento total. Ele soltou um curto e gutural gemido de alívio tenso.
A Leitura da Conexão (Fascínio): No segundo seguinte, a careta desapareceu. O que tomou conta de seu rosto foi uma expressão de intensa concentração e fascínio vulnerável. Ele estava olhando para Paula, mas estava voltado para dentro, analisando a sensação. Suas sobrancelhas franziram ligeiramente, como se estivesse tentando decifrar um texto antigo com um corpus completamente novo.
A Entrega (Aceitação): Sua mão, que estava ao lado do corpo, moveu-se instintivamente e agarrou o braço de Paula. Não era para pará-la, mas para se ancorar à pessoa que detinha o controle.
Pedro (voz baixa e rouca): "L-lenta... devagar, Paula. Não para, só... lenta."
Paula, que estava lendo cada milissegundo em seu rosto, conseguiu decifrar a mensagem: Vá com calma, mas não recue. Ela parou o movimento de empurrão brusco e começou a mover os quadris em um ritmo mais cadenciado, guiada pela necessidade dele e pelo feedback não verbal.
Paula começou a mover-se. O ritmo era cauteloso, mas constante, o cintaralho vibrando ritmicamente dentro de Pedro. A sensação de ter o controle do movimento, de ser a agente da penetração, era eletrizante.
Seus olhos estavam fixos no rosto de Pedro. Ela observava a maneira como ele respirava, o leve suor que se formava em sua testa, a tensão que lentamente se dissolvia em aceitação.
Paula (murmurando, os olhos arregalados de deslumbramento): "Isso é... mágico. Eu estou te penetrando."
Ela parou momentaneamente, apoiada sobre ele, absorvendo o peso do seu novo papel.
Paula: "Então é isso o que um homem sente? Ver que está acontecendo uma entrega e aceitação tão íntima?"
A revelação foi instantânea: o poder da penetração vinha acompanhado da responsabilidade pela vulnerabilidade alheia. Essa percepção humanizou o ato, levando-a a questionar a experiência dele.
Paula (com a voz baixa, a euforia dando lugar à preocupação): "Doeu muito?"
Pedro, que havia fechado os olhos para se concentrar na sensação, abriu-os novamente, forçando um sorriso tranquilizador.
Pedro (a voz mais firme agora, aceitando a liderança dela): "Não. Não doeu. Foi a surpresa da novidade. É uma sensação completamente diferente, Paula. Exige que eu confie em você de uma maneira que nunca precisei confiar em um parceiro. E eu confio."
Ele levantou a mão e pousou-a suavemente na coxa dela.
Pedro: "Não pare. Me ensine como é o prazer a partir desta nova interface. Me mostre a próxima etapa."
Paula sorriu, um sorriso amplo e travesso que Pedro não via há muito tempo – o sorriso da exploradora que encontrou um novo continente.
Paula (com a voz baixa e rouca, totalmente concentrada na sensação): "Eu sei o que eu sinto quando eu sou penetrada. O que você sente quando penetra deve ser diferente. Eu só estou sentindo uma pressão de retorno."
Ela descreveu a física do ato com a precisão de uma designer analisando a resposta tátil de uma superfície.
Paula: "Quando sou eu, é como se eu estivesse sendo completada. O que sente quando você me penetra?"
Pedro, sob o peso e o comando dela, era o objeto de estudo. Ele precisava articular a experiência masculina de forma honesta.
Pedro (com os olhos abertos, lendo a verdade no rosto dela): "O que sinto... é menos sobre 'ser completado' e mais sobre 'afirmação'. É a sensação de que meu desejo foi aceito e que estou criando prazer."
Ele fez uma pausa, respirando fundo enquanto ela se movia lentamente.
Pedro: "Mas a sensação que você descreve — de completude — é o que eu sinto agora, sendo penetrado por você. É uma entrega total, uma aceitação da sua força. Eu estou sendo preenchido, Paula. Isso é a verdadeira completude."
A confissão dele, que inverteu o significado de "ser completado", fez os olhos de Paula se arregalarem ainda mais. Ela havia buscado a sensação de poder; ele havia encontrado a sensação de vulnerabilidade e aceitação que ela descrevia.
Paula (com uma euforia repentina): "Então, se o design do cintaralho é sobre criar uma nova experiência de completude... deixe-me projetar o ritmo, Professor."
Ela parou de se mover e se inclinou sobre ele.
Paula sorriu, notando a excitação de Pedro. Mesmo sob o comando dela e no papel vulnerável, o corpo dele estava reagindo ao seu novo poder.
Paula (com a voz carregada de satisfação): "Você está muito duro. Que pena que eu não tenha algo para jorrar. Mas eu ficaria muito feliz em te ver se acabando."
Ela reconheceu a diferença biológica, mas imediatamente subverteu a ideia de "falta" ao focar no prazer que ela podia causar — o prazer de ser a catalisadora de seu orgasmo.
Pedro pegou o rosto dela entre as mãos, os olhos fixos nos dela. Sua voz estava tensa, à beira da exaustão sensual.
Pedro: "Não me importa o 'jorrar', Paula. Me importa que você está fazendo isso. Você está no controle da minha entrega, e isso é o que me faz querer me acabar. É o ápice da confiança."
Ele apertou a mão dela com urgência.
Pedro (guiando-a, agora que a confiança foi estabelecida): "Aumenta a velocidade. Agora. Acelera o ritmo, Paula. Quero sentir a vibração até o final."
Paula não precisou de mais palavras. A euforia do comando tomou conta. Ela parou de analisar e abraçou o papel de líder sensual.
Ela começou a mover os quadris em um ritmo rápido e firme. O cintaralho, com sua vibração constante e seu design ergonômico, transformou o quarto em um turbilhão de sensações. A "pressão de retorno" de Paula aumentou, transformando-se em uma sensação de poder amplificado, enquanto Pedro, sob o feitiço de seu comando e de sua entrega, gemia de forma alta e descontrolada.
Paula acelerou o ritmo, movendo-se com a confiança e a cadência de quem finalmente dominou a ferramenta. O gemido grave da vibração do cintaralho misturava-se ao som ofegante de Pedro. Ela olhava para o rosto dele com uma intensidade quase científica, observando o exato momento em que a tensão acadêmica cedia à euforia visceral.
O corpo de Pedro arqueou-se na cama. Seus dedos apertaram os braços de Paula com uma força que era, ao mesmo tempo, súplica e celebração.
Pedro (em um grito rouco, quebrando a reserva de anos): "Paula! Sim!"
O clímax foi explosivo e profundo.
Ele se curvou rigidamente, e seus olhos, que antes liam a reação dela, fecharam-se em uma entrega total. Os músculos de seu corpo tremeram, e um suspiro longo e tremido escapou dele, enquanto a tensão acumulada se esvaía.
A Reação de Paula
Paula sentiu o pulso rítmico do corpo dele contra o seu através do harness. A "pressão de retorno" que ela sentia antes agora era uma confirmação física de seu poder.
Ela parou os quadris e soltou um som de satisfação profunda — uma mistura de triunfo, excitação e ternura. Ela se sentiu não apenas desejada, mas eficaz; não apenas parceira, mas agente de prazer.
Ela se inclinou sobre ele, ofegante, sentindo a vibração do cintaralho diminuir enquanto ele relaxava.
Paula (murmurando, com a voz carregada de endorfina e alegria): "Sim. É lindo. Você se desfez por mim, Professor. A 'interface' funcionou perfeitamente."
Paula saiu de cima dele, desprendendo o cintaralho com a mesma facilidade com que o colocou. Ela deitou-se ao lado de Pedro, aconchegando-se no braço dele. A vibração do brinquedo agora era um zumbido distante na mesa de cabeceira.
Pedro (com a voz mansa, virando a cabeça para encará-la): "Sinto que acabei de passar por um mestrado em subjetividade e confiança. Isso foi... a coisa mais intensa que já fiz. A entrega é real."
Paula (abraçando-o): "A entrega de quem não precisa se provar. É a liberdade, Pedro. É a liberdade sexual que eu tanto defendo, tirando o corpo e os papéis da frente, focando no prazer compartilhado pelo design."
Ela beijou seu pescoço.
Paula: "Obrigada por confiar em mim. Agora, Professor, se a aula prática acabou, que tal o resumo do capítulo?"
Pedro (rindo suavemente): "O resumo é que a Paula é uma excelente projetista de experiências sexuais. Mal posso esperar pelo 'lançamento' da próxima versão."
Enquanto se aconchegava ao lado de Pedro, Paula continuava a processar a cena em sua mente, ainda com a euforia do momento.
Paula (com um tom de voz que misturava a ternura da amante e a precisão da observadora): "Eu fiquei surpresa quando Pedro ejaculou. Eu já senti um homem ejaculando dentro de mim. Mas é diferente ver a ejaculação. A expressão no rosto do Pedro! Como o corpo dele tensionou!"
Para ela, a experiência de ser a espectadora e a causa do clímax era totalmente nova. Sentir a penetração e o orgasmo interno era ser parte da experiência; ver o corpo dele tensionar e liberar a tensão era compreender o mecanismo da entrega.
Paula: "Quando eu vi o tipo de poder que eu tenho..."
Não era um poder de dominação, mas um poder de agência e de criação. Ela havia projetado a experiência, montado a ferramenta, e executado o processo que levou àquela reação visceral. A visão de Pedro se entregando era a validação final do seu "design".
Paula (com o olhar fixo no teto, mas a mente longe): "A vulnerabilidade dele, exposta assim, é muito mais erótica do que a imagem do homem que está no controle. É a quebra do padrão que torna o prazer tão... completo."
Criado com Gemini, do Google.
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