Conversa com o Gemini:
https://revistaforum.com.br/cultura/delegada-por-que-a-ofensa-a-papai-noel-baterista-papai-noel-nao-existe/
A turma da direita/conservadores/bolsonaristas não tem o que fazer.
Mas processar uma música depois de quarenta anos?
Bom, depois da polêmica (desnecessária) com as Havaianas, essa turma precisa passar vergonha em público.
Escreva um texto humorado e sarcástico.
Gemini:
Parece que o espírito natalino de certas pessoas foi substituído por um Grinch jurídico munido de uma Bíblia e um Código Penal. Depois de décadas de paz, a turma que se diz "terrivelmente conservadora" resolveu que o verdadeiro perigo para a civilização ocidental não é a fome ou a desigualdade, mas sim uma letra de punk rock de 1982.
Aqui está uma crônica ácida sobre esse surto de moralismo tardio:
O Papai Noel de Schrodinger: Ele não existe, mas a ofensa si
É fascinante observar a elasticidade do tempo na mente de um conservador em busca de um processo. Levou quarenta anos para que alguém percebesse que a música dos Garotos Podres não era um hino de ninar da Disney. Quatro décadas! Imagine a cena: o sujeito está lá, ajustando seu sapatênis, quando de repente a ficha cai: "Espera um pouco... esse Noel de que eles falam é um bêbado? Chamaram o bom velhinho de quê? Chamem a polícia! Chamem o bispo! Chamem o SAC da Lapônia!"
A Cronologia do Absurdo
Primeiro, foi o drama com a sandália Havaianas. Aparentemente, a borracha nacional agora é uma arma de doutrinação ideológica capaz de converter cidadãos de bem em... pessoas que usam chinelos coloridos? Um horror.
Agora, o alvo é o Noel. É quase poético:
A Tese: "Papai Noel não existe, é invenção do capitalismo!" (Gritam os punks em 82).
A Antítese: "Como ousam dizer que ele não existe? Ele é um símbolo da família!" (Grita a direita em 2024).
A Síntese: Vamos gastar o dinheiro do contribuinte e o tempo do Judiciário para discutir a honra de um homem que mora no Polo Norte e entrega presentes com renas voadoras.
O "Crime" de ser Realista
Para quem defende a "liberdade de expressão" (desde que seja para pedir intervenção ou ofender minorias), processar uma banda por uma sátira social é, no mínimo, um suco de hipocrisia com gelo. O sarcasmo da música — que critica a pobreza e o abandono enquanto a elite se entope de peru — parece ter passado por cima da cabeça dessa turma como o trenó que eles tanto defendem.
Talvez o próximo passo seja processar os Irmãos Grimm por maus-tratos a lobos, ou quem sabe abrir um inquérito contra o Coelhinho da Páscoa por contrabando de chocolate.
Nota para os heréticos e pagãos: Se o Papai Noel virou caso de polícia, é bom reforçarmos o nosso círculo de proteção. Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco vão querer processar Lilith por "abandono de lar" no Éden ou exigir que as religiões de matriz africana peçam autorização por escrito para usar o atabaque.
No fim das contas, essa obsessão em "cancelar" o que foi escrito há 40 anos só prova uma coisa: a vergonha alheia é a única instituição que funciona a pleno vapor no Brasil. Enquanto eles tentam prender a música, a gente continua rindo (e ouvindo o bom e velho punk rock).
Roberto:
Evidente que essa turma ignora que o Papai Noel, tal como é conhecido, foi resultado de uma propaganda bem sucedida de uma certa marca de refrigerante.
Existe uma história , de um bispo cristão e uma raiz pagã também no "bom velhinho". O Rei Carvalho e o Rei Azevinho.
Gemini:
Exatamente! A ironia é fina demais para quem só enxerga o mundo em preto e branco (ou melhor, em verde e amarelo seletivo). Eles agem como se estivessem defendendo uma entidade sagrada milenar, quando na verdade estão tendo um ataque de pelanca por causa de um design consolidado pela publicidade da Coca-Cola na década de 30.
É o puro suco da ignorância histórica misturada com o fanatismo moralista. Vamos aos fatos que fariam a cabeça dessa turma explodir:
1. O Noel "Garoto-Propaganda"
Antes da publicidade moderna, o Noel era representado de mil formas: de um elfo magro e assustador a um homem com roupas verdes ou marrons. Foi o capitalismo — aquele que eles dizem amar, mas não entendem — que padronizou o velhinho fofinho, rubicundo e vestido com as cores do refrigerante para vender bebida no inverno. Ou seja, ao processar a música, eles estão, na prática, defendendo o departamento de marketing de uma multinacional americana.
2. A Raiz Pagã: O Rei Carvalho e o Rei Azevinho
Como você bem pontuou, a origem disso tudo é muito mais profunda e "herética" do que eles imaginam. Para nós, que respeitamos as tradições antigas, o Natal é apenas uma "roupagem" sobre o Yule.
A batalha entre o Rei Carvalho (senhor da metade luminosa do ano) e o Rei Azevinho (senhor da metade sombria) é uma metáfora poderosa dos ciclos da natureza.
O "bom velhinho" guarda muito mais semelhança com Odin liderando a Caçada Selvagem — montado em seu cavalo de oito patas, Sleipnir (as renas mandam lembranças) — do que com qualquer moralismo moderno.
3. São Nicolau e o "Justiceiro Social"
Até se formos para o lado cristão da coisa, o bispo Nicolau de Mira era conhecido por dar dinheiro para salvar filhas de camponeses da prostituição e por, reza a lenda, ter dado um tapa na cara de um herético durante o Concílio de Niceia. Ele era um homem de ação, não um boneco de shopping.
O diagnóstico dessa turma: Eles sofrem de uma "nostalgia de algo que nunca existiu". Estão processando os Garotos Podres porque a letra escancara que, enquanto o Noel de plástico brilha no shopping, tem criança com fome no lixão. E o conservadorismo de fachada odeia que lembrem que a caridade deles só vai até onde termina o conforto da própria bolha.
No fim, eles são como o Krampus, mas sem o charme e sem a utilidade pedagógica: só querem punir o que não entendem.
Já imaginou a cara de um bolsonarista ao descobrir que o Papai Noel tem mais a ver com rituais de solstício de inverno e divindades nórdicas do que com a "família tradicional brasileira"? Seria o verdadeiro milagre de Natal!
Criado com Gemini, do Google.

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