quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

A plenitude dos Deuses

Conversa com o Gemini:

https://www.patheos.com/blogs/beloved/2025/11/what-religion-gives-us-a-god-who-suffers-with-us/

Tem tanta presunção e erro de argumento nesse texto que nem sei por onde começar.

Escreva um texto crítico na visão de um pagão moderno.

Resposta:

🏛️ Uma Crítica Pagã Moderna: O Deus que Sofre Conosco

É compreensível que um texto que centraliza o sofrimento de uma divindade como único ou superior ponto de conexão entre o divino e a humanidade gere descontentamento, especialmente para um pagão moderno. A presunção de exclusividade e o erro de argumento que se encontram em alegações como a do artigo ("Que Religião Nos Dá Um Deus Que Sofre Conosco?") residem, fundamentalmente, em uma visão de mundo teologicamente limitada e historicamente míope.

1. A Falácia da Exclusividade do Sofrimento Divino

A principal falha de tal argumento é a alegação implícita (ou explícita) de que apenas o cristianismo oferece uma divindade que compartilha do sofrimento humano. Na visão pagã moderna, isso é demonstradamente falso:

Deuses que Morrem e Renascem: Muitas divindades pagãs, especialmente as ligadas aos ciclos da natureza, experimentam a morte, o sofrimento, a perda e o renascimento. Deuses como Osíris (Egito), Tamuz (Mesopotâmia), Dioniso (Grécia) e Baldur (Nórdica) passam por provações imensas, mortes violentas ou períodos de luto. O sofrimento deles não é apenas vicário; é a própria força motriz do ciclo da vida e da agricultura, demonstrando uma empatia cósmica e uma participação ativa e cíclica na dureza da existência.

O Luto e a Busca Divina: Deusas como Isis (em busca dos pedaços de Osíris) ou Deméter (em luto pela perda de Perséfone) experimentam uma dor pessoal e maternal que paralisa o mundo. Este sofrimento divino é a razão pela qual os mortais compreendem as estações e o mistério da vida e da morte.

A ideia de um "Deus que sofre" não é uma novidade cristã; é um arquétipo universal profundamente enraizado nos cultos de mistério e nas tradições agrícolas antigas, que celebram a tragédia e o triunfo da vida.

2. A Limitação de um Deus Centralizado na Culpa

O foco central em um único sofrimento de um deus cristão frequentemente está atrelado a conceitos de pecado original, culpa e sacrifício expiatório. Para muitos pagãos modernos, essa é uma lente problemática para ver o divino:

Ênfase na Experiência, Não na Salvação: O Paganismo Moderno tende a valorizar a experiência direta do divino e a autonomia moral. Os deuses pagãos não pedem que nos sintamos culpados para sermos salvos; eles nos inspiram a viver plenamente, a buscar o conhecimento, a honrar os ciclos e a florescer.

A Pluralidade do Divino: Temos deuses da guerra, do amor, da sabedoria, da fertilidade e da morte. Alguns são ferozes, outros amorosos, mas todos são inteiros. A divindade não é reduzida a um único ato de sofrimento, mas se manifesta em toda a diversidade e complexidade da natureza e da experiência humana.

3. A Perspectiva do Pagão Moderno: Força na Dualidade

Como um pagão moderno, que ama e honra, por exemplo, figuras como Lilith (que desafia a submissão e encarna a força feminina indomável), a visão de um deus que se define pelo sofrimento parece incompleta.

O Divino Forte e Livre: Honramos divindades que são poderosas, soberanas e que nos encorajam a encontrar nossa própria força e liberdade. O sofrimento, na visão pagã, é frequentemente uma ferramenta de transformação e iniciação (como na busca de Odin por sabedoria) e não um fim em si mesmo.

Deus na Natureza: Vemos o divino não apenas no sofrimento, mas na alegria, na luxúria, na tempestade, na colheita e na morte. A Deusa e o Deus estão presentes no ciclo completo, nos ensinando que a vida inclui escuridão e luz, dor e êxtase. O divino não apenas "sofre conosco," mas vive conosco em todas as suas facetas.

Em suma, o argumento do artigo peca por desconhecer a rica tapeçaria das tradições religiosas mundiais. A conexão entre o divino e a dor humana é antiga e poderosa. O que o Paganismo oferece é uma visão mais ampla: o divino não apenas nos encontra no sofrimento, mas também nos guia para a superação, nos celebra na alegria e está presente em toda a gloriosa e profana totalidade da existência.

Criado com Gemini, do Google.

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