sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Que venha o Ano do Tigre

“Ninguém podia imaginar uma gestão tão ruim, nem que o presidente Bolsonaro pudesse entrar para a história como o pior presidente da história do Brasil”. - Simone Tebet, senadora do Mato Grosso do Sul, pelo MDB.

O Brasil está passando pelo seu pior período. O mandato do presidente fascista genocida teve início em 2019 e terminará em 2022. Para piorar, tem a pandemia do vírus corona que está com mais uma cepa.

Eu pergunto como chegamos a isso. Eu sei que levantar essa questão é um risco, porque o brasileiro é, por definição, conservador e apolítico. O brasileiro médio comum concluiu, no máximo, o segundo ano do colegial, mas tem analfabetismo funcional. Falar sobre história e política é perigoso nessa realidade social.

A análise não é simples, afinal, o Brasil saiu de uma Ditadura Militar para uma suposta democracia sem ter formado qualquer consciência política em seus cidadãos. Nós passamos por dois governos interrompidos, Collor e Dilma, ambos, afastados por uma mobilização orquestrada pela Grande Mídia, embora por razões diversas.

Aconteceram manifestações em 2013 contra o aumento da tarifa de ônibus que serviu como laboratório e ensaio para as manifestações de 2018 dos que aqui são chamados de "patos amarelos", que deram origem aos "bolsominions". Não é estranho ver em terras tupiniquins arremedos e imitações dos grupos de "supremacia branca", de neonazistas [Sara Winter], de fundamentalistas cristãos [iguais à Westboro Baptist Church], de "masculinistas" [defensores dos "direitos dos homens"], de gente que nega o racismo [muitos são negros, como Fernando Holyday e Sérgio Camargo], de gente que defende o neoliberalismo [MBL], de gente que defende o conservadorismo [jornal Gazeta do Povo], grupos que geralmente possuem agendas e ideologias similares.

Olhando algumas notícias na virada do ano, eu notei que 2022 é o Ano do Tigre e encontrei uma notícia, da qual eu cito:

Pela astrologia chinesa, o ano novo começa no dia 01 de fevereiro e será regido pelo Tigre, que simboliza a revolta, a luta pela liberdade e vejam só, pela reconquista de direitos que, porventura foram perdidos em um ano mais conservador como 2021, regido pelo Búfalo. Um ano regido pelo Tigre nos deixa mais voltados para a liberdade e a justiça.

É claro que com Mercúrio regendo este mesmo ano, podemos esperar por um ano de intensa comunicação, de gritos de liberdade e independência distribuídos pelo planeta. Os conservadores podem começar a ficar preocupados, pois o Tigre chega para abrir espaços para que novos comportamentos e valores possam entrar.

[https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/astrologia/como-sera-2022-segundo-a-astrologia-chinesa,9b2baea9f18900f082c5f3c377682befvo8vn91p.html]

Por pura curiosidade, eu fui ver qual ano foi 2019 e o resultado é o Ano do Porco. Por associação, o porco é um símbolo associado ao Capitalismo, então não é mera coincidência que teve agravamento da carestia, da fome, da miséria e da pobreza. Esse foi o ano em que a "flexibilização trabalhista" demonstrou ser ineficiente e ineficaz, foi prejudicial ao trabalhador e só favoreceu ao patrão.

Eu adianto ao eventual e dileto leitor que 2022 será um ano tão conturbado e conflitante quanto foi 2018. Eu tenho certeza de que os "patos amarelos" voltarão. Eu tenho certeza de que os "bolsominions" vão aparecer para tumultuar, serão similares aos Camisas Negras do Fascismo. Eu tenho certeza de que veremos muitas fake news sendo disseminadas pelo WhatsApp e redes sociais.

A Grande Mídia está tentando vender o seu candidato, quando não tentam vender o conceito de "terceira via", mas eu sei que é apenas manobra para manterem os privilégios da elite. Só lembrando que foi essa mesma Grande Mídia quem nos vendeu Collor e Bolsonaro. Foi essa mesma Grande Mídia quem, por interesses políticos e econômicos,  orquestrou o impeachment de Dilma, usou o mandato tampão de Temer para empurrar a reforma trabalhista, fomentou a Farsa a Jato que afastou Lula da presidência e praticamente pavimentou a ascensão do presidente genocida fascista.

Em diversas ocasiões eu disse que os Meios de Comunicação de Massa são dominados por uma oligarquia, no que eu cunhei o conceito de que a Grande Mídia é um latifúndio dominado por algumas famílias, alinhadas e pertencentes à elite dominante.

Não será facil nem simples, mas o brasileiro tem que dar um de Rock Balboa e lutar, como um tigre, por um país melhor para tod@s.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Os textos hititas e a Deusa

Aqui se publicou que a primeira literatura da história veio dos Acádios, um dos muitos povos da Mesopotâmia, por volta de 2500 AC.

Muitos anos depois vieram os Assírios, os Persas, os Hititas, os Macedônios e os Romanos.

Caturo, aquele pagão português estranho, avesso aos fatos, comemora "o mais antigo documento escrito em lingua indo-européia", a saber, em hitita. Ora, se ele tivesse cuidado com suas fontes, teria lido os outros textos disponíveis além da "Proclamação do rei Anitta" [não, não tem nenhum vínculo com a cantora brasileira].

Ele teria visto a "Apologia de Hattusilis III", onde se lê, claramente, a devoção dos hititas à Ishtar, uma Deusa, digamos, Semítica. Ora, raciocínio lógico: se os hititas se vissem como "raça branca" ou "raça indo-européia", ou qualquer outro delírio racista [que tem suas origens na Era Moderna], certamente declararia sua adoração a uma Deusa mais apropriada à sua "raça".

Isso vale como reflexão. Os povos que nós chamamos de hititas, uma nomenclatura moderna, são imigrantes [como todos os povos indo-europeus, algo que o Caturo abomina e ele não se dá conta da contradição em seu discurso] e, apesar de terem seus Deuses e Deusas, como os Romanos e Gregos Antigos, adotaram os Deuses e Deusas dos locais onde estabeleceram suas colônias, quando não sincretizaram ou nomearam conforme os nomes que conheciam.

Eu devo ter dito aqui que Afrodite e Vênus são adaptações de Astarte, Ishtar e Inanna.

Eu, que sou brasileiro, descendente de italianos, espanhóis e portugueses, que tenho a ousadia de atribuir minha ancestralidade a Lusitanos, Íberos e Romanos, reconheço e dou espaço aos demais Deuses e Deusas, tanto dos aborígenes brasileiros, quanto os que são celebrados pelas religiões da Diáspora Africana, porque esses Deuses e Deusas tem seu povo e estão assentados em meu país, em minha terra, em meu solo. Todos nós pertencemos à mesma espécie: humana e somos filhos e filhas dos mesmos Deuses e Deusas.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

O vazio existencial e a espiritualidade

Eu li, no LinkedIn, o artigo intitulado “Espiritualidade holística e o vazio existencial”, de autoria do Frei Jacir de Freitas Faria, no site “Dom Total”.


Dito isso, diante da obviedade que o site é mantido por uma organização católica, eu não estranho que o senhor Jacir coloque o foco do texto no Cristianismo. Entretanto, eu não posso deixar de analisar o conteúdo com os meus conhecimentos de história, antropologia, sociologia e filosofia.


Eu citarei o senhor Jacir em itálico e comentarei a seguir.


Em nossos dias, muito se fala de espiritualidade. O ser humano vive momentos de crise em relação ao seu modo de existir na relação com os outros, com o mundo pós-moderno e, sobretudo, com o Sagrado.”


Evidente, são consequências da Era Contemporânea, eu posso dizer que é reflexo do Renascimento e da Revolução Industrial, que ocorreu na Idade Moderna. Mas foram necessárias duas guerras de âmbito mundial para que a humanidade percebesse que seu mundo estava caminhando para uma crise. A busca por caminhos alternativos, que receberam o nome de esoterismo, de ocultismo e, por fim, espiritualidade, rapidamente foram assimilados e comercializados pelo sistema capitalista. Disto advém meu desprezo pelo que eu chamo de Esoterismo Seven-Eleven.


“A predominância da razão na sociedade moderna, com seus avanços tecnológicos, científicos e a dessacralização do mundo, tem provocado crise de valores éticos e morais. A afetividade e crenças estão sendo redesenhadas no Ocidente. As futuras gerações conviverão com modos de ser, outrora inimagináveis nas sociedades antigas. Como no mundo cibernético e nas redes sociais, onde as mudanças e notícias correm de forma veloz, quem não se deixar moldar por esse modo de viver e conviver vai perder o bonde da história.”


Ah, meu caro e eventual leitor, a razão é um presente que nos foi legado pela Idade Antiga e que foi condicionada, sequestrada, tolhida, pelos dogmas e doutrinas. O mundo foi dessacralizado desde que o Cristianismo tornou-se a única religião oficial. Afinal, a teologia cristã é avessa ao mundo, à natureza e a tudo que se refere a tais temas. Crises de valores éticos e morais são vistos desde que a humanidade existe, mas é pertinente e necessário que tal crise ética e moral é vista dentro das igrejas cristãs, cometidas por seus sacerdotes. Há tempos que a Igreja tenta refrear e retomar o controle que tinha na Idade Média, felizmente sem sucesso, as sociedades e seus modos de ser se modificam ao longo das eras.


“Na perspectiva religiosa, pairam no ar perguntas instigantes. As espiritualidades tradicionais ainda continuam válidas?”


Aqui eu aponto que o senhor Jacir, ao falar em “espiritualidades tradicionais”, refere-se ao Cristianismo, em suas inúmeras vertentes, que agora se divergem e adotam outras roupagens para manterem seu público e audiência. Aqui cabe uma crítica à Comunidade Pagã, afinal, é incongruente uma pessoa ou grupo fundarem uma tradição.


“A questão é como ressignificar a vida sempre. O ser humano é fruto das decisões que vai tomando em sua vida. Mas, o que é mesmo espiritualidade? E essa tal de espiritualidade holística?


Espiritualidade é algo que vai além da religião. Nos últimos séculos, as religiões passaram e passam por crises nos seus modos de ser como instituições.”


Isso é parte da forma como vivemos na Era Contemporânea. Nós buscamos e somos bombardeados com uma enxurrada de caminhos alternativos e, nesse frenesi, não é difícil nós sermos vítimas de trambiqueiros, golpistas e salafrários. Mas a definição é importante: religião é uma instituição, espiritualidade é algo individual e particular. A pessoa pode desenvolver sua espiritualidade dentro de uma instituição, embora o mais comum seja desenvolver uma espiritualidade de forma desvinculada de qualquer instituição.


“Diante desse cenário, o que propõe a Espiritualidade holística? Esse modo de ser se define como sendo um modo de viver a fé e a relação com o Sagrado, para além dos modos convencionais das religiões institucionalizadas, isto é, de forma corpórea, integrada e afetiva. A fé é a mesma, mas ela é vivenciada de forma diferenciada, sem, necessariamente, estar vinculada à uma religião. O Sagrado não perdeu o seu sentido, muito pelo contrário. Ele está sendo revisitado sob novo olhar, novas perspectivas. Uma pessoa holística, característica pós-moderna, pode até participar dos ritos religiosos com experimento de relações, mas não como adesão a essa ou àquela religião. Ela participa de uma celebração de batizado, casamento ,etc. mesmo não sendo católica ou evangélica.”


Corolário do descrito em cima. A espiritualidade não é denominacional. Nem cabe o prefixo “holístico”, um termo muito usado no esoterismo, proveniente de “holismo” [holismo (do grego holos: "inteiro" ou "todo"), também chamado Não Reducionismo, define que as propriedades de um sistema (organismos) não podem ser explicadas apenas pela soma dos seus componentes, no qual o sistema total determina como se comportam as partes - Wikipédia].


“Holístico, substantivo grego originário de holos (o todo, inteiro), é o modo de ver a si mesmo, os outros e o mundo como um todo interligado, em relação e não separado. Uma espiritualidade holística é aquela que considera a integração entre a razão, o corpo e os sentimentos. Desse modo, Deus deixa de ser um Ser Superior, Transcendente e Poderoso, mas próximo das pessoas.”


Corolário do descrito acima, com ressalvas. A filosofia holística tende a pensar como o Neoplatonismo, desconsiderando o conceito de “Deus” como é definido no Cristianismo, pensando mais em termos de Mônada, Nous e Logos.


“Correlato à espiritualidade está o vazio existencial, provocado pela solidão e pelo desejo exacerbado de sempre querer consumir, comprar, ter, de conhecer para dominar, de viver sem conviver, o que ocasionou os relacionamentos virtuais, zapeados de fofocas e de fake news.”


Como estudante de esoterismo, ocultismo, magia, bruxaria e paganismo, pelos escritos sagrados de outros povos eu posso concluir que o “vazio espiritual” é algo inato de nossa espécie. Nós buscamos preencher esse vazio, essa fome, de inúmeras formas. A Era Contemporânea, a tecnologia e o sistema capitalista apenas produzem e exploram isso de forma comercial.


“Os psicólogos, substitutos dos padres de confessionário que atendiam os fiéis de forma não tanto profissional, mas a partir da fé, veem seus consultórios cada vez mais abarrotados de pessoas deprimidas, que perderam o sentido da vida com as dores da alma provocadas por uma sociedade suicida.”


Ah, mas meu caro e eventual leitor deve conhecer a “fórmula mágica” que é comercializada: auto-ajuda. Desde que as editoras descobriram esse filão, é mais fácil as pessoas irem em busca de um livro de auto-ajuda do que procurarem psicólogos ou padres. Eu pessoalmente prefiro terapia tântrica.


“Na tentativa de encontrar novos caminhos, atualmente têm surgido muitos movimentos de espiritualidade com as mais variadas propostas de cursos, dinâmicas, terapias corporais e musicais, massagens terapêuticas e vibracionais, eneagrama, meditação, mandala, respiração, renascimento, etc. Destaque para os retiros holísticos que cuidam do corpo para cuidar do espírito, propondo encontros de espiritualidade coletiva e individual, com reeducação alimentar associada à desintoxicação do corpo com jejuns, monodietas, atividades físicas, celebrações da fé, etc.”


Evidente! Onde há público, demanda, haverá oferta! Essa é a regra do sistema capitalista!  E é nesse filão que os picaretas, vigaristas e estelionatários conseguem ludibriar as pessoas! Aqui cabe a crítica à Comunidade Pagã, nós estamos repletos de farsantes, falsários e malandros.


“Para finalizar, diria que a espiritualidade holística é como a água que nunca cria raízes. Ele penetra na terra e flui sem pedir licença. Água não foi feita para ser controlada. A água não briga com a montanha, quando a encontra. Ela refaz o seu caminho. Como um novo modo de viver a espiritualidade plena (holística), a água nos ensina a sermos irmãos na pureza da vida, na fonte cristalina e casta dos relacionamentos saudáveis no tudo e no Todo.”


Uma interessante característica das espiritualidades é essa ressacralização do mundo, da natureza, do corpo, do desejo e do prazer, coisas que são vistas como malignas e pecaminosas pela doutrina cristã. Então, meu caro e eventual leitor, se me permite “puxar a sardinha”, a espiritualidade que você busca é o Paganismo Moderno.


Fique à vontade, que a casa é nossa.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Os Deuses me levaram a Romuva

Os próprios deuses me trouxeram a Romuva - não é uma decisão consciente, é antes uma cadeia de circunstâncias, o que mostra que nenhum outro caminho era possível para mim. Então descobri a comunidade Romuva mais tarde do que meus próprios deuses.

Quando ainda estava na escola primária, ouvi do professor que os lituanos costumavam acreditar em outros deuses. Essa única frase moveu uma pequena faísca em minha alma e deu início a minha longa jornada para Romuvon. Comecei a me perguntar, o que aconteceu que agora outra religião prevalece na Lituânia? Para onde foram os deuses antigos? Como eram eles? Por que a Lituânia era mais forte naquela época do que agora? Essas perguntas levaram ao valor da pesquisa, da leitura, do interesse. Eu ataquei a velha fé branca como se estivesse no mar e não posso sair.

Jonas Trinkūnas uma vez me disse que ele tem estudado a fé báltica durante toda a sua vida e ainda não sabe metade do que encontrar e saber. Essas palavras estavam profundamente arraigadas no coração - afinal, foram ditas por um homem idoso que havia seguido o caminho da fé dos Brancos durante toda a sua vida. Então, o que eu sei? Comecei a ler, fiquei ainda mais interessado e fiz questão de saber muito, mas não tudo. A fé báltica é um tesouro inesgotável de sabedoria.

Por muito tempo, pratiquei a velha fé do Báltico sozinho, realizando ritos como eu entendia. Mas com o tempo, comecei a sentir falta de pessoas com ideias semelhantes. Foi assim que cheguei à minha primeira celebração - Jore Kulionys. Já durante a primeira festa fiz um juramento e me consagrei aos romanos. Eu tinha apenas 14 anos na época. Os acampamentos de Romuva, as celebrações (não perdi nenhum naquela época), os ensaios do "Kūlgrinda" tornaram-se uma parte normal da vida, e não vou mentir quando digo isso o mais importante.

Porém, o caminho mais importante de Romuvon para mim foi o espiritual que me conduziu a Deus. Nenhuma cultura, nenhuma música folclórica, nenhuma história ou amor pelo meu país me trouxeram a Romuva. Posso dizer com firmeza que foram os próprios deuses. Muitos acontecimentos ocorreram na minha vida, quando nos momentos mais difíceis da minha vida, apenas me afogando nas catástrofes do mar, estendendo a mão e gritando "salvem", recebi a ajuda dos Deuses. Certa vez, fiquei muito doente e, enquanto vagava, vi um avô de Deus que havia comido meu pão e me curado. Na próxima vez que encontrei minha avó no cemitério e percebi que a estava vendo pela última vez. Poucos meses depois, ela morreu e, durante o funeral no cemitério, conheci acidentalmente meu parente daquele ramo da família que se separou da minha. Eu poderia contar muitas histórias sobre Deuses andando entre as pessoas. Eles estão aqui e agora.

Vaidilė Miglė Valaitienė.

Original: https://romuva.lt/dievai-vede-mane-i-romuva/

Traduzido com Google Tradutor.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Sobre mitos e religião natural

Vivendo em um ambiente denso de mitos e ideologias, devemos perceber que o mito nada mais é do que uma forma visual de transmitir valores. Assim como não existe sociedade sem valores, também não existe sociedade sem mitologia. Quando os historiadores falam sobre a grande narrativa histórica e pedem que a narrativa “nacional”, “lituana” da história seja substituída por uma nova, “cívica”, “europeia”, isso nada mais é do que um esforço para criar um novo mito . Graças a eles, mitos como, digamos, Dario e Girėnas, que personificam o sacrifício em nome da Pátria, são substituídos por histórias sobre heróis que merecem as relações da Lituânia com a Europa Ocidental (por exemplo, segundo Rasa Čepaitienė, em 2003, em preparação da adesão da Lituânia à UE) destaca o papel de Mindaugas como o primeiro integrador europeu lituano. As narrativas históricas tornam-se uma mitologia cuja tarefa mais importante desde tempos imemoriais é incorporar e afirmar um certo sistema de valores que, embora possa ser declarado didaticamente como uma ideologia particular, é, no entanto, mais influente em se tornar uma narrativa.

Como pesquisador da mitologia e religião do Báltico, frequentemente chamo a atenção para as batalhas ideológicas que surgem no mundo da ciência a respeito da avaliação da religião natural lituana. Alguns até mesmo estudiosos autorizados afirmam que é um primitivo, camponês, ou simplesmente "ainda em processo de formação". No entanto, a luta ideológica com a religião natural da Lituânia é um fenômeno antigo que continua a luta da Igreja contra o "paganismo lituano" e as "superstições camponesas". É totalmente conhecido que o século XVI. os jesuítas tinham a tarefa de combater as "relíquias do paganismo" e cumpriam-no com zelo. Mas por que os cientistas continuam esta missão hoje?

O mitólogo não precisa ir muito longe para encontrar a resposta - a religião também nada mais é do que um sistema de valores envolto em imagens e narrativas míticas. No entanto, este não é um sistema simples, mas especialmente importante, sacralizado de valores, cujas ideias e valores são baseados não no homem, mas em divindades. É por isso que a luta pelos valores religiosos é tão fundamental que involuntariamente penetra no mundo da ciência, e por mais de 600 anos os machados foram afiados e as espadas afiadas ...

No entanto, imagine que a batalha acabou, papoulas vermelhas florescem no campo de batalha e um cientista nascido em um mundo pacífico escreve um ensaio sobre a antiga religião lituana como um sistema de valores . E você pode ver claramente que os valores aqui são os mesmos que em qualquer outro lugar do mundo - beleza, amor, felicidade, poder, vida, liberdade e assim por diante. Apenas seu arranjo é  peculiar , por exemplo, mais atenção é dada à vida e menos à morte, e assim por diante. Se o pesquisador não precisa lidar com nada , basta que ele  revele o que é visível nos mitos, no folclore, no estilo de vida e no sentimento da nação.

Não reconhecer a existência de valores naturais da religião (em outras palavras, ideias culturais nascidas espontaneamente em uma nação que se tornam tão importantes que são sacralizadas) é o mesmo que negar a possibilidade da identidade de uma nação Pode haver uma nação que não acredita   que ele pode e pode criar uma visão de mundo religiosa de pleno direito e ideias culturais de pleno direito? Assim que surge a ideia de que nós (digamos, os lituanos) não podemos estar fartos sem eles (digamos, os europeus), não há necessidade de sermos nós (lituanos). Se acreditamos em não somos capazes, então tê-los é mais útil do que ser eu mesmo .

Reconhecer uma religião natural não significa professá-la Uma pessoa livre escolhe livremente a religião - esta é a atitude moral da sociedade hoje e este é o direito da Lituânia. E no mundo da ciência, as religiões foram ensinadas em circuitos evolutivos por mais de 7 décadas e não são vistas como melhores ou piores. Eles são apenas diferentes, cada um diferente. No entanto, seja qual for a religião que sejamos (cristãos, budistas, hindus, etc.), sendo lituanos, devemos perceber que, ao considerar a religião natural lituana inferior, ou seja, não igual a outras religiões, ao mesmo tempo nos desprezamos como um nação de pleno direito. Não deixamos de ser lituanos ao mesmo tempo, negando os valores próprios da nação, os mais sagrados e profundos, que existem há milênios?

Original: https://alkas.lt/2016/04/11/d-vaitkeviciene-apie-mitus-ir-prigimtine-religija/

Traduzido com Google Tradutor.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Romuva, a crença do Báltico

A essência da fé é um senso de santidade. O propósito da vida espiritual de uma pessoa é conhecer a Santidade, deixá-la entrar em sua vida, crescer constantemente para si mesma e para educar os outros. A velha fé dos Bálticos é uma forma plena e apropriada de conhecer a Santidade, de estabelecer uma relação viva com ela.

A antiga religião báltica é uma parte importante da herança histórica, espiritual e social da Lituânia. A tradição espiritual lituana foi herdada diretamente dos pais e ancestrais, passada de geração em geração e desenvolvida de forma criativa. Encontra-se nas antigas fontes de religião e mitologia, folclore, canções, costumes, língua lituana, etc.

As disposições básicas (verdades) da fé são comunicadas tanto como tradição viva quanto por escrito. As verdades transmitidas através da tradição viva correspondem à totalidade de atitudes baseadas na cosmovisão lituana e na cosmovisão que existe na vida diária das pessoas, e as enumeradas são um resumo conciso delas.

O mundo está universalmente vivo .

Compreendemos a vida de forma mais ampla do que apenas a vida biológica - o sol, a água, a árvore, a pedra viva e assim por diante estão vivos. A vida precisa ser respeitada e amada, portanto, a abordagem do mundo precisa ser respeitada. A religião báltica é uma religião que salva vidas.

O mundo é harmonioso, mas essa harmonia não é constante.

A sustentabilidade deve ser mantida, criada e desenvolvida. A sustentabilidade é a base da antiga cultura e religião do Báltico. A harmonia é caracterizada pelo equilíbrio, ela nasce quando diferentes forças que criam harmonia interagem. A harmonia é buscada na harmonia da natureza e do homem.

Coerência entre as pessoas é a capacidade de concordar, viver, trabalhar e criar juntos. Essa harmonia é a base da felicidade. A família é especialmente importante, é preciso buscar o amor e o respeito dos familiares, para proteger a lareira da família. Também é importante promover relações harmoniosas dentro da família, comunidade e nação, para sentir uma relação harmoniosa com os antepassados.


Santidade é personificada por poderes divinos.


Estes são Deus ( Praamžius , Sotvaras ...), Trovão, Laima, Continente, Gabija, Veliuona, Vėlinas e todos os outros deuses e deusas. O mundo é diverso, com muitos poderes e divindades, então as pessoas escolhem o que é mais próximo e preferido delas. Divindades estão associadas à natureza, alguns deuses e deusas - até mesmo a uma área específica, costumes locais ou eventos históricos. Ao contribuir para a criação da harmonia, a divindade é adquirida pelo próprio homem.


O mundo é eterno. É constantemente criado por poderes divinos eternos. Eterno é o que se renova, girando em um ciclo contínuo de transformações da natureza. Neste círculo, os eventos da natureza e da vida humana se entrelaçam. A harmonia do mundo e da entidade viva é criada pela harmonia dos deuses e deusas, bem como pela interação das diferenças - Deus (o poder da luz e da vida) e Tardio (o poder das trevas e da morte).


A santidade se manifesta por meio da natureza.


Nossa nação e seu povo são educados e educados por sua terra natal. Ela é sagrada, sem ela a nação não seria capaz de sobreviver e sobreviver por conta própria. Fogo sagrado e pão, árvores sagradas, pastagens, rios, lagos, nascentes, pedras, montanhas, animais e assim por diante também são reverenciados, pois são os mediadores dos deuses que se manifestam no tempo sagrado e no espaço sagrado.


Os mundos terrenos dos vivos e os mundos sobrenaturais dos mortos estão em unidade.


Os ancestrais ajudam os vivos e fornecem força. Os vivos e os mortos se encontram em rituais, orações e outras formas. Somos gratos aos nossos ancestrais pelo nosso ser, nossa pátria, nossa língua e outros valores herdados, por isso nos lembramos constantemente deles, expressamos nosso amor e respeito. A morte é uma transformação natural da natureza, incluindo o homem. Quando o corpo morre, a alma permanece em transição para outro ser. Após sua morte, o fantasma viaja para seus ancestrais em Daus.


O homem é justo por natureza.


Defendemos a virtude natural com costumes e fé. A declaração de moralidade mais importante é tratar os outros como você gostaria de ser tratado. É necessário evitar a coerção, sentir amor altruísta e compaixão por todos os seres vivos, respeito pelos idosos. Chamamos essa moralidade de humanidade porque a natureza humana é boa. Por viver de maneira correta e altruísta, a pessoa se desenvolve espiritualmente.


Original: https://romuva.lt/apie/romuvos-tikejimo-nuostatos/


Traduzido com Google Tradutor.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Feliz aniversário... Mithra!

Sabe que dia é hoje? Não, não é a data de nascimento de Cristo. Hoje é a data do Sol Invictus, de Mithra.
Mithra é um personagem mítico de origem Persa, mas que foi assimilado e cultuado pela civilização ocidental.
O culto de Mithra pertence a uma religião de mistério. Cultos de mistério fazem parte de uma longa linhagem de escolas esotéricas, que influenciaram o Neoplatonismo e que, com este, influenciaram os Cristãos Primitivos e os Gnósticos. Por muitos anos, o "Povo do Caminho" [um dos nomes do Cristianismo] e os Gnósticos compartilhavam muitas crenças e práticas, basta consultar a biblioteca de Nag Hammadi. Dos textos considerados "canônicos" a influência Gnóstica é inegável no Livro do Apocalipse.
Um dos conceitos que o Cristianismo e o Gnosticismo compartilham é a ideia de que este mundo não é uma criação de Deus, mas de um Demiurgo.


ABRAXAS é, provavelmente, o mais conhecido. Cada uma das letras do nome representava um dos sete planetas clássicos. Esta divindade é um Arconte e, por extensão, representa todos os governos e governantes do mundo.









AION é menos conhecido, é considerado uma divindade do tempo [de onde procede Éon, como escala de tempo]. Esta divindade comanda o Zodíaco e está presente nos mistérios de Mithra.















A iconografia de ambos é repleta de simbologia. Pode até parecer assustador, mas perturbador mesmo é a simbologia do Cordeiro de Deus, com sete chifres e sete olhos. Esta imagem de Cristo tem, nitidamente, procedência gnóstica. Este é, provavelmente, o atual Demiurgo de nosso mundo.

Felizmente, o reinado do Usurpador terá fim. A humanidade despertará para sua verdadeira natureza e essência. O mundo será um lugar de justiça e igualdade social para tod@s. A humanidade viverá em harmonia com a Natureza. Nesse tempo, a Religião Antiga retomará o lugar que merece e nós poderemos voltar a celebrar, junto com nossos ancestrais, os Ritos Antigos.
Assim seja, assim é, assim será.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Cosmovisão da religião Romuva

A religião báltica não se baseia na revelação, mas na experiência dos ancestrais acumulada e concentrada ao longo de muitos séculos, refletida nas tradições étnicas.


A comunidade Romuva não reconhece escrituras e dogmas. A fonte das verdades de nossa fé é a experiência espiritual de nossos ancestrais acumulada ao longo dos tempos e manifestada em tradições e símbolos étnicos.

Romuva é baseado na tradição religiosa do Báltico, que consiste na herança religiosa da Lituânia, da Letônia e da Prússia. O início da formação dessa herança espiritual comum do Báltico remonta a um passado indo-europeu muito distante. A cultura báltica ou Aistiana se destaca como uma peculiaridade no segundo milênio AC. O centro religioso báltico comum Romuva com o clérigo-chefe Krivis foi estabelecido em 521. Mais tarde, outros centros religiosos regionais importantes do Báltico surgiram - nas terras bálticas separadas de Romuva. Em alguns deles, os ritos religiosos bálticos foram realizados mesmo após a introdução oficial do Cristianismo. Após a destruição das instituições religiosas pelos esforços do cristianismo, a fé báltica existiu na forma de cultos comunitários e individuais, apoiados por tradições étnicas transmitidas de geração em geração, até o século XX.

1. O mundo está universalmente vivo.

Compreendemos a vida de maneira muito mais ampla do que apenas a vida biológica. O sol, a água, a árvore, a pedra viva e assim por diante estão vivos. A vida precisa ser respeitada e amada. Portanto, a abordagem do mundo deve ser respeitosa. A velha religião Báltica é uma religião que salva vidas.

2. O princípio da coerência.

Há harmonia no mundo, mas não é constante, tende a enfraquecer e desaparecer, por isso deve ser criada e desenvolvida. É dever do homem lutar pela harmonia, protegê-la e mantê-la. Sustentabilidade é a base de nossa cultura e religião ancestrais.

3. Queridos Deuses e Deusas.

Existem grandes deuses - Deus (Praamjus), Trovão, Continente, Lima, Sol. Mas o mundo é diverso, com muitas forças e divindades em ação, e as pessoas seguem a tradição ou escolhem o que é mais próximo e preferível delas. As divindades estão relacionadas com a natureza, são invisíveis e expressam-se sobrenaturais. Deuses e deusas estão associados a uma determinada área, aos costumes locais, até mesmo a eventos históricos.

4. O mundo é eterno.

É constantemente criado por forças divinas eternas. De acordo com os mitos lituanos, o mundo é criado e recriado por pelo menos dois Deuses - os Deuses da luz e das trevas, da criação e da destruição (Deus e Velin). Sua interação ou contradições criam harmonia e um ser vivo.

5. A declaração de moralidade mais importante (a Regra de Ouro) convida você a fazer a outra pessoa ou ser vivo o que você gostaria que fosse feito a você e não o que você não gostaria que fosse feito a você. Os brancos chamam essa moralidade de humanidade. Trata-se de evitar e não vingar a violência, o amor altruísta e a compaixão por todos os seres vivos. A natureza humana é boa e o mal ocorre onde a harmonia se desintegra. Uma pessoa se desenvolve espiritualmente se vive correta e altruisticamente.

6. Respeito pelos ancestrais.

Agradecemos aos nossos antepassados ​​pela nossa presença, pela nossa língua, pela nossa pátria. Portanto, devemos nos lembrar constantemente, mostrar respeito pelos ancestrais. Rituais e costumes antigos foram criados para isso. A fé báltica une todos os crentes - vivos e mortos. A morte é uma transformação natural da natureza. Quando o corpo morre, a alma pode sobreviver fazendo a transição para outra forma. Após a morte, o falecido cai entre os parentes do falecido e, durante os ritos, os vivos e os mortos se reencontram.

7. A natureza é sagrada e a santidade é a característica mais perfeita da vida do Mundo, unindo, reconciliando e revitalizando tudo. Nossa nação e seu povo são criados e educados pela terra. Os lituanos consideram a terra sagrada. Sem sua terra, uma nação não pode sobreviver ou sobreviver por conta própria. Vamos respeitar, amar e proteger nossa terra.

No início do século 20, as instituições da fé báltica foram restauradas. Em 1930, Visuomio Romuva e a comunidade foram fundados. 1967 Ramuva foi fundada em 1992, e a comunidade de fé báltica Romuva foi oficialmente registrada em 1992. Romuva possui operações nos Estados Unidos e Canadá. 2001 No final do século 19, três comunidades de fé báltica (Vilnius, Kaunas, Molėtai) se fundiram na Antiga Comunidade Religiosa Báltica.

A autoridade suprema da comunidade é o Romuviano (comunidade) Krivulė . Entre Krivuliai, o maior poder da comunidade é o Círculo Vaidilai .

O líder da comunidade é Krivė Inija Trinkūnienė. Antes disso, Jonas Trinkūnas (2002-2014) ocupou o cargo de Krivis. Os membros são aqueles que professam a antiga religião do Báltico e participam dos ritos e celebrações da comunidade. O número de seguidores é de vários milhares.

Romuva lituano continua as tradições da fé do Báltico, busca a harmonia e harmonia com Deus e os Deuses, com os ancestrais, a natureza e os povos, eleva a santidade da natureza como a manifestação mais óbvia da divindade, cultiva o modo de vida moral tradicional do Báltico, seu caminho à divindade criada ao longo de muitos séculos. Acreditamos em Deus - o Criador, o Trovão - o deus do fogo e da justiça, Laima - a deusa do destino e do nascimento, o Continente - a deusa da terra e da natureza.

A fonte da religião báltica é a tradição espiritual báltica viva e ininterrupta. Assim como uma árvore tira sua força das profundezas da terra, os membros Romuvianos (Romuvianos) extraem sua experiência espiritual e força dos antigos hinos, contos, lendas, costumes e de todo o legado de seus ancestrais.

A religião do Báltico une todos os crentes - vivos e mortos. Os romanos acreditam que a morte é uma transformação natural da natureza, que quando o corpo morre, a alma pode sobreviver na transição para outra forma.

Santidade é a qualidade de vida mais perfeita do mundo, unindo, reconciliando e revitalizando tudo. A santidade é criada por forças divinas. A divindade se manifesta na natureza e na vida cotidiana.

A principal característica de Romuvis é o respeito pelo poder criativo divino na natureza e no homem. A resistência da religião báltica é harmonia e virtude. Os valores de Romúvio a serem perseguidos são a justiça, a diligência e a capacidade de coexistir com outras pessoas e com o mundo.

Os romanos celebram feriados do calendário, familiares, nacionais e outros. Os ritos religiosos são realizados na natureza, em geral ou desejos domésticos, em templos e em outros locais públicos.

A religião báltica respeita as religiões tradicionais e outras religiões reconhecidas pelo Estado.


Original: https://romuva.lt/pasauleziura/baltureligija/


Traduzido com Google Tradutor.