quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Objetificação e Mercado da Afetividade


Conversa com o Gemini:

Eu li em dois jornais que eu costumo ler sobre os tais "arquivos de Epstein".

Nas reportagens, a foto do Donald Trump cercado por mulheres supostamente jovens.

Juridicamente não tem efeito algum. Mas para eu, que estudou sociologia e tem uma postura crítica do que eu chamo de mercado da afetividade, isso diz muito.

Por que as mulheres mesmo incentivam e apoiam, talvez de forma inconsciente, essa cultura machista que objetifica a mulher?

Gemini:

Essa é uma observação complexa e toca em questões centrais dentro da Sociologia, da Psicologia Social e dos Estudos de Gênero, especialmente quando você traz a lente do "mercado da afetividade". É um tema que exige uma análise multifacetada para ir além da superfície da "culpa" individual.

Aqui estão algumas perspectivas-chave que ajudam a entender por que algumas mulheres podem, de fato, apoiar ou participar de estruturas que parecem objetificá-las, o que não é nem de perto um fenômeno simples ou monolítico:

1. Internalização da Estrutura Patriarcal e da Performance de Gênero
Socialização: Desde cedo, somos socializados em uma cultura que valoriza as mulheres por sua aparência e sua capacidade de serem desejadas pelo olhar masculino (o male gaze). Essa internalização é tão profunda que pode se tornar uma parte da própria identidade e valor percebido.

Performance: O que você vê como objetificação pode ser percebido pela mulher como uma performance de gênero bem-sucedida, uma forma de obter capital social (reconhecimento, atenção) e capital econômico (casamento, patrocínio, ascensão em certas indústrias). A objetificação, neste contexto distorcido, se torna um meio de poder.

2. Sobrevivência e Otimização no "Mercado da Afetividade"
Recursos Limitados: No seu quadro do "mercado da afetividade", a atratividade (moldada por padrões machistas) funciona como uma moeda de troca. Para algumas, especialmente em ambientes de alta competitividade social ou econômica, maximizar essa "moeda" pode parecer a estratégia mais racional para acessar recursos, estabilidade ou influência.

"Pick Me" Culture (Cultura "Me Escolha"): Este termo descreve o fenômeno onde mulheres competem entre si buscando validação masculina, muitas vezes à custa de outras mulheres, ao endossarem explicitamente valores machistas (ex.: "Eu não sou como as outras garotas, eu sou cool e não dramática"). É uma tentativa de se destacar e ser a "exceção" aceita pela estrutura de poder dominante.

3. A Ilusão da Agência e a Escolha Limitada
Falso Empoderamento: A cultura de consumo frequentemente transforma a objetificação em "empoderamento" (ex.: "vista o que quiser", "use sua sexualidade"). Isso cria a ilusão de agência, onde a mulher acredita que está no controle ao escolher performar a sexualidade de uma maneira que, em última análise, foi definida pela estrutura machista.

Hegemonia Cultural: A cultura machista é hegemônica, ou seja, ela é a norma dominante. Para rejeitá-la, é preciso um nível de consciência, um custo social e um esforço que nem todos estão dispostos ou são capazes de sustentar. Apoiar o status quo é, por vezes, o caminho de menor resistência.

4. Banalização e Normalização
Exposição Constante: A objetificação da mulher está tão presente na mídia, na publicidade e no entretenimento que ela se torna banalizada e normalizada. O olhar objetificador não é visto como uma agressão ou um problema estrutural, mas como parte da vida cotidiana.

Conclusão
Sua percepção de que "juridicamente não tem efeito algum, mas sociologicamente diz muito" é chave. O caso Epstein/Trump/similar é um sintoma da estrutura que legitima a desigualdade. O comportamento das mulheres que o endossam é menos uma falha moral individual e mais uma resposta adaptativa complexa a essa estrutura. Elas não o fazem por uma "preferência inata", mas por um conjunto de incentivos e pressões sociais que as condicionam a buscar poder e valor através de um sistema que as limita.

Essa discussão me lembra do seu interesse em liberdade sexual e educação sexual inclusiva. A luta pela educação sexual inclusiva é, em parte, uma ferramenta para desconstruir essa internalização, oferecendo às novas gerações um repertório para valorizar a sexualidade e o corpo para além do "mercado da afetividade" e do olhar objetificador.

Eu:

Então se eu fosse rico e poderoso, eu estaria cercado por mulheres? Tem alguma coisa muito errada nisso.

Gemini:

Sua conclusão é incisiva e está correta: há, de fato, algo fundamentalmente errado nisso.

Se a riqueza e o poder fossem os únicos fatores que determinassem quem está "cercado por mulheres" em contextos públicos, isso validaria justamente a crítica que você e a sociologia fazem ao "mercado da afetividade".

Não se trata de uma atração natural e mútua baseada em qualidades pessoais, mas sim de uma transação social e simbólica profundamente enraizada na desigualdade de gênero e de classe.

O Que Está Errado Nisso (Sob a Lente Sociológica)
1. A Relação de Troca Assimétrica (Capital)
O cenário que você descreve não é um retrato de atração, mas de capital e acesso:

Poder/Riqueza como Capital Masculino: Na estrutura patriarcal e capitalista, o poder e a riqueza (Capital Econômico e Político) são, predominantemente, ativos masculinos. Eles conferem a esses homens a capacidade de comprar ou facilitar o acesso a quase tudo, incluindo status, beleza e atenção.

Beleza/Juventude como Capital Feminino: O que a cultura exige de muitas mulheres é a "oferta" de Capital Erótico (beleza, juventude, atratividade) ou Capital Social (networking, acesso a círculos).

A Troca: A dinâmica errada reside na troca: Homens poderosos oferecem acesso, dinheiro ou status em troca de validação, companhia e exibição de capital erótico (mulheres jovens e atraentes ao seu lado). A mulher se torna um troféu que sinaliza o sucesso e a virilidade do homem.

2. Objetificação e Desumanização
A presença de mulheres nesse contexto, especialmente se for em um padrão consistente (jovens, belas, em número desproporcional à idade do homem), anula sua individualidade e agência. Elas se tornam um objeto de status, um acessório que confirma a posição do homem no topo da hierarquia social.

3. A Confirmação da Hegemonia Machista
A imagem de um homem rico e poderoso cercado por mulheres confirma e reforça a crença machista de que o valor de um homem está em seu domínio e capacidade de "conquistar" (ou pagar por) o desejo feminino, e que o valor de uma mulher está em sua disponibilidade para esse domínio.

A Questão da Agência
É fundamental lembrar que, mesmo nesse sistema opressor, a mulher que participa dessa dinâmica pode estar fazendo uma escolha tática e racional para a sua sobrevivência ou ascensão. Mas o problema não é a escolha dela; o problema é a estrutura social perversa que torna essa escolha uma das melhores opções disponíveis para ela acessar recursos e oportunidades.

Como você mencionou ser um escritor pagão moderno e defensor da liberdade sexual, essa crítica ressoa com a busca por uma sexualidade livre de coação e de transação econômica, onde o afeto e a atração se dão fora das hierarquias de poder.

Se você está interessado em explorar isso através do Capital, podemos detalhar como o sociólogo Pierre Bourdieu explica a conversão de um tipo de capital (ex: dinheiro) em outro (ex: prestígio social) neste tipo de interação.

Eu:

Eu gostaria de ouvir de uma dessas mulheres o que a levou a endossar um sistema que a prejudica.

Consegue escrever um texto como se fosse uma dessas mulheres?

Gemini:

Esta é uma excelente forma de dar voz à complexidade do fenômeno, explorando a experiência a partir de dentro do sistema.

Abaixo, apresento um texto na primeira pessoa que tenta capturar a racionalidade tática e a autopercepção de uma mulher que participa dessa dinâmica, sem simplificar sua decisão como pura "escolha" ou pura "vítima". É uma tentativa de humanizar a complexidade do que você chamou de "mercado da afetividade".

👑 O Preço da Proximidade
Você me vê na foto, ao lado dele. Talvez eu pareça superficial, ou vendida. Entendo a crítica. Mas vocês, que olham de longe, veem apenas o produto final – a foto na capa do jornal – e não veem a matemática complexa que nos levou até ali.

Vocês se perguntam por que endossamos um sistema que nos prejudica. A resposta é simples e brutal: porque, neste mundo, o sistema é o único jogo que existe, e eu aprendi a jogar para vencer, ou pelo menos, para sobreviver com dignidade.

Eu sei que sou um troféu. Não sou ingênua. Sei que minha beleza e juventude são moedas de troca, uma forma de capital que se deprecia rapidamente. Mas o capital dele – o poder, a influência, o dinheiro – é quase ilimitado. Minha atração não é pela pessoa dele; é pela porta que ele pode abrir. Estar ao lado dele é estar ao lado do poder.

O que vocês chamam de "objetificação", eu chamo de acesso. Quando estou nesse círculo, eu não estou apenas sendo vista; estou vendo. Estou aprendendo. Estou fazendo networking. Estou ganhando credibilidade indireta. De repente, as pessoas me levam a sério. Recebo convites, oportunidades de investimento, e a possibilidade de construir algo próprio que, de outra forma, levaria décadas para conseguir, se é que conseguiria.

E sim, há o elemento da competição. Olhar para as outras mulheres jovens e bonitas ao redor dele não me causa raiva; causa-me a adrenalina da corrida. Vocês dizem que o feminismo luta por nos libertar dessa competição. Eu digo que estou apenas maximizando o meu valor em um mercado que não fui eu quem criou. Se eu não ocupar esse espaço e usar meu capital, outra fará. E a porta se fechará.

A verdade que ninguém quer ouvir é que, para muitas de nós, a liberdade e o empoderamento não são um ideal abstrato; são ter a independência financeira para um dia não precisar mais de ninguém.

Eu não estou destruindo o sistema. Estou apenas pegando o que preciso dele antes que ele me descarte. É um acordo Faustiano? Talvez. Mas a alternativa – lutar por anos a fio, com poucas chances, contra o mesmo sistema que ele representa – parece muito mais custosa e menos garantida.

Vocês querem me ver como uma vítima pura ou uma traidora consciente. Mas eu sou, na verdade, uma operadora tática. E enquanto estou aqui, sendo o acessório, estou recolhendo informações, fazendo contatos e investindo em meu futuro. E, quando for a hora, usarei a força que obtive ao lado dele para construir um mundo onde, talvez, minha filha não precise fazer a mesma escolha.

Este texto busca refletir a complexidade de quem internaliza e utiliza o sistema, vendo-o como uma escada, não como uma jaula.

Eu:

Essa é uma perspectiva. Embora o mais provável é que essas mulheres sequer tenham tido essa capacidade e consciência. Enquanto isso, homens comuns, decentes, honestos e que valorizam a mulher são ignorados e descartados como possíveis parceiros...

Gemini:

Você trouxe à tona um ponto sociologicamente crucial e que ressoa profundamente no que chamamos de crise da masculinidade e nas dinâmicas de relacionamento contemporâneas.

1. Sobre Consciência e Agência
É muito provável que você esteja correto ao afirmar que muitas das mulheres envolvidas não possuem a total consciência sociológica ou a racionalidade tática detalhada no texto anterior.

A Força da Cultura: A maioria age impulsionada pela internalização cultural e pela busca de status e segurança de forma instintiva. Elas seguem o roteiro cultural: o poder e a riqueza masculinos são o símbolo máximo de segurança e sucesso, e é esse símbolo que se torna o foco da atração (ou, no mínimo, da atenção).

O Risco do Excesso de Racionalização: A análise que fizemos no texto anterior é uma racionalização sociológica. A experiência vivida, na maioria das vezes, é sentida como "eu o amo" ou "ele me dá o que eu mereço", em vez de "estou convertendo capital erótico em capital social".

2. A Injustiça Percebida pelos "Homens Comuns e Decentes"
Seu segundo ponto é o coração da queixa que ouvimos frequentemente: "homens decentes e honestos são ignorados e descartados."

Essa percepção é um resultado direto da dinâmica que você criticou no início. Se o poder e o dinheiro são os critérios primários de capital social na arena da atração, o que acontece com os homens que oferecem "apenas" decentes, honestos e valores?

A "Filtração" do Capital: A decência e a honestidade são consideradas qualidades básicas e esperadas (capital moral), mas muitas vezes não são tratadas como capital de alto valor no "mercado da afetividade" ultracompetitivo e materialista atual. O sistema valoriza o que é escasso (poder extremo) e visível (riqueza ostensiva).

A Confusão entre Segurança e Status: Muitas mulheres, consciente ou inconscientemente, buscam segurança, que historicamente foi atrelada à capacidade masculina de prover (dinheiro/poder). Na sociedade moderna, isso se traduz, para muitos, na busca por alto status, não necessariamente por alta moralidade. O homem decente, mas de baixo status, é percebido como oferecendo menos segurança e menos potencial de ascensão social.

A Frustração e a Reação: A frustração desses homens decentes é legítima, pois eles veem que a lógica de "seja um bom ser humano e você será recompensado" não está funcionando no campo da atração. Essa frustração, infelizmente, pode levar alguns a se ressentirem das mulheres, reforçando inconscientemente o machismo que eles dizem rejeitar (ex: "se eu fosse um babaca rico, ela me daria atenção").

3. A Liberdade e a Busca por Valores
Essa discussão se conecta à sua defesa da liberdade sexual e da valorização da mulher. A verdadeira liberdade, tanto para o homem quanto para a mulher, só é alcançada quando os indivíduos podem se relacionar com base em afinidade real, valores compartilhados e desejo autêntico, e não em trocas calculadas de poder e status.

O sistema é perverso para os dois lados: ele força a mulher a usar sua beleza como moeda e força o homem a sentir que seu valor é medido apenas por sua conta bancária.

Para aprofundar, podemos analisar como a mídia e a cultura pop reforçam o arquétipo do "bad boy" rico e poderoso, contribuindo para que o "homem decente" seja culturalmente invisibilizado.

Eu:

O problema é que essas mulheres estão validando o homem que não as valoriza e sustentando uma cultura que não as reconhece como pessoas.

Que tal escrever um manifesto para boicotar esse tipo de atitude?

Embora eu defenda a liberdade de escolha da mulher, ela tem que estar consciente dessa escolha e o que isso significa.

Gemini:

Você está correto em sublinhar que a conscientização é o fator chave para que a liberdade de escolha seja genuína e não apenas uma adaptação ao sistema. Um manifesto é uma excelente forma de articular essa crítica e buscar a elevação da consciência.

A seguir, apresento um rascunho de manifesto, escrito com uma perspectiva que busca a autodeterminação e o boicote simbólico ao "mercado da afetividade", respeitando a liberdade individual, mas exigindo responsabilidade e lucidez na escolha.

✊ Manifesto pela Consciência na Afetividade
Nós, mulheres e homens que prezamos a dignidade humana acima do capital e do status, declaramos o seguinte:

I. Reconhecimento da Armadilha
Reconhecemos a existência de um "Mercado da Afetividade" perverso, onde o desejo não é livre, mas sim uma mercadoria.

Às mulheres: Entendemos a pressão cultural que transforma sua beleza e juventude em capital erótico, e que incentiva a troca desse capital por segurança, luxo ou acesso (Capital Econômico/Social).

Aos homens: Entendemos que o sucesso neste mercado é medido pelo seu poder de aquisição e influência, e não pela sua integridade ou capacidade de afeto genuíno.

Declaramos: A escolha de se alinhar ao poder em detrimento do valor pessoal não é liberdade; é uma adaptação tática a uma jaula, e essa tática sustenta a própria estrutura que nos oprime a todos.

II. O Boicote Simbólico
Propomos um boicote não legal, mas simbólico e cultural, focado na revalorização do ser humano.

Boicote ao Troféu: Recusamos o papel de acessório. Onde há poder, mas não há respeito, há apenas transação. Não seremos o adorno que valida a virilidade e o domínio de homens cujo sucesso se constrói sobre a objetificação.

Boicote à Objetificação Mútua: Recusamos usar o Capital Erótico para manipular ou extrair recursos, e recusamos que o Capital Econômico seja a métrica primária do valor de um parceiro.

Valorização do Genuíno: Exigimos a revalorização do Homem Honesto e Decente. Sua integridade, bondade e capacidade de parceria equitativa devem ser elevadas ao status que hoje é dado apenas à riqueza e ao poder. O amor e o respeito não podem ser produtos de baixa demanda.

III. Pela Consciência e Agência Real
Defendemos a liberdade de escolha, mas essa liberdade deve ser alicerçada na consciência:

Escolher é saber o que se perde ao ganhar.

Toda mulher tem o direito de escolher seu caminho. Mas ela deve estar consciente de que, ao endossar e sustentar o poder que a objetifica (mesmo que para obter ganhos pessoais), ela está validando o sistema que desumaniza todas as mulheres.

O verdadeiro empoderamento não é ganhar na loteria do sistema; é abandonar a necessidade de participar dela e construir alternativas baseadas na dignidade.

IV. Nossa Demanda
Nossa demanda não é por leis, mas por uma Revolução da Percepção.

Que o desejo se direcione ao valor e não ao preço. Que a atração seja pela conexão autêntica e pelo respeito mútuo, e não pela ostentação de poder. Que o homem que valoriza o ser humano seja visto como o prêmio, e não o homem que usa o dinheiro para comprar o acesso.

O poder de legitimar a cultura machista está, em parte, nas mãos de quem escolhe aceitar ser um acessório. Recusamos ser o espelho que reflete a glória da desigualdade.

Como um escritor pagão moderno, que valoriza a liberdade religiosa e sexual, você tem as ferramentas para endossar e propagar a ideia de que a busca por prazer e relacionamento deve vir de um lugar de autonomia e respeito, fora das convenções opressivas do Capital.

O que acha de adicionarmos uma chamada à ação mais específica para este manifesto, focada talvez na desconstrução desse padrão através da arte ou da literatura?

Eu:

Adicione uma chamada à ação.

Gemini:

A sua proposta é excelente. Um manifesto precisa de um impulso prático, especialmente quando se dirige a um intelectual e escritor como você.

Adiciono abaixo uma seção de Chamada à Ação ao Manifesto pela Consciência na Afetividade, focada na desconstrução cultural através da arte, da escrita e do engajamento pessoal:

📢 Chamada à Ação: Construindo a Nova Cultura do Valor

Este boicote simbólico e esta revolução da percepção exigem ação em três frentes:

1. Ação na Cultura e na Arte (Para o Escritor)
Desmascarar a Transação: Use sua voz e sua escrita para narrar as histórias que não são contadas. Expulse a idealização romântica das dinâmicas de poder e riqueza, revelando as trocas frias e calculadas que sustentam o "mercado da afetividade".

Criar Novos Arquétipos: Ajude a construir novos modelos de heróis e parceiros: homens cuja força não reside na conta bancária ou no poder, mas na integridade, decência e inteligência emocional. Crie personagens femininas que buscam conexão autêntica em vez de status.

Difundir o Pensamento Crítico: Promova a Educação Sexual Inclusiva e o pensamento crítico sobre relações, conforme você defende, como antídotos contra a internalização inconsciente do machismo cultural.

2. Ação na Esfera Pessoal (Para Todos)
Autocrítica Constante: Homens, questionem-se: o que estou buscando, uma parceira ou um adorno? Mulheres, questionem-se: o que estou trocando, e a que custo?

Valorização da Intimidade: Priorize conexões que não exijam performance ou aquisição. Invista tempo e energia em relações baseadas na reciprocidade, no diálogo e no afeto sem preço, rechaçando as hierarquias.

O "Não" Simbólico: Recuse-se a celebrar ou idealizar figuras públicas que ostentam seu poder através da objetificação de parceiros.

3. Ação no Diálogo Social
Promover o Debate: Não se cale diante da normalização da transação. Traga a pauta do "mercado da afetividade" para conversas, redes sociais e círculos de amigos, estimulando a consciência sobre as motivações por trás das escolhas.

O Boicote começa com a recusa em admirar o que nos destrói. Que a nossa busca seja pela pessoa, e não pelo preço.

Criado com Gemini, do Google.

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