Tem uma animação no YouTube chamada Daniel and the Devil que eu quero comentar e criticar.
Segundo o Wikipédia, é baseado no conto The Devil and Daniel Webster, de Stephen Vincent Benét. A história é ficção, mas existiu um Daniel Webster.
A única conexão entre a animação e o Cristianismo está nesse Webster. Mas o filme tem um gosto ruim de propaganda cristã.
O protagonista, um rato (camundongo?) chamado Daniel e sua amiga (?) Jan estão receando o futuro de suas carreiras musicais como cantores folk (digamos, caipira, moda de viola).
Enquanto Daniel vai penhorar o violão para comprar mantimentos, Jan é assediada por um “produtor musical” chamado B L Zebub.
Sério? Não é Louis Cypher? Quem entendeu a referência levanta a mão.
Valendo um pedaço de torta de maçã.
Essa concepção de que só se consegue muita fama e dinheiro com um pacto com o Diabo é manjada e preconceituosa.
Enquanto Jan aproveita sua carreira meteórica pouco se fala do Daniel. Ele volta na narrativa quando Jan se vê sem amigos e prestes a ser cobrada pelo acordo.
Daniel tenta revogar o acordo fazendo contestações sem sentido, como de Jan ser muito jovem ou muito pequena.
Qualquer pessoa com um mínimo de instrução se sairia melhor. Por exemplo, a lei considera nula um julgamento onde o juiz tenha vínculo com uma das partes e B L Zebub indicou seu “sócio” Weez Weasel (que parece mais um lobo). Pela regra americana, tanto o promotor quanto o defensor podem rejeitar até 3 indicados ao júri e B L Zebub indicou almas condenadas e depois as multiplicou por três.
O ápice, entretanto, é quando Daniel vence o Diabo com uma “cheese music”. Eu usei esse termo para combinar com os protagonistas (ratos). Em português, a melhor tradução seria música piegas.
Algo sobre uma canção do coração vence o Diabo todas as vezes.
Ficaria mais fácil e prático alegar que Jan não alcançou o auge da fama.
Provavelmente Daniel e Jan conseguiriam seguir suas carreiras musicais. Poderiam fazer sucesso com sertanejo. Ou, quem sabe, música gospel.
Sucesso? Duvido. O negócio de Cristo é com redenção, salvação.
Por isso que eu amo o Rock n Roll.
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