Conversa com o Gemini:
Um indício de como estamos enganados quando ficamos com esse protecionismo sexual:
https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/alunos-montam-motel-e-simulam-sexo-em-gincana-escolar-video
Consegue escrever um texto com humor e sarcasmo diante da evidente hipocrisia, negacionismo e esquizofrenia social quando o assunto é sexo e adolescentes?
Resposta:
Absolutamente. O seu link é um presente para a Comédia da Hipocrisia Nacional.
Parabéns aos Envolvidos: O Motel Didático na Gincana Escolar!
Ah, a inocência juvenil. Ou melhor, a nossa completa e gloriosa negação da mesma. A notícia dos alunos que montaram um "motel" e simularam atos sexuais em uma gincana escolar não é um escândalo; é uma peça de teatro épica, digna de risadas e aplausos irônicos.
Primeiro, vamos reconhecer a genialidade logística dos adolescentes. Eles conseguiram montar uma mini-zona de prazer — completa, imagino, com iluminação duvidosa e trilha sonora de funk — no pátio da escola. Em um mundo onde educadores e pais se esforçam para fazer o sexo parecer um fantasma misterioso ou um pecado capital, esses jovens provaram a máxima: quanto mais você proíbe, mais interessante o tabu se torna. Se tivessem incluído a simulação de uma declaração de imposto de renda, ninguém teria se importado. Mas o sexo? Ah, isso sim mobiliza a sociedade!
O Espanto Coletivo e a Esquizofrenia Social
E o que veio depois? O Grande Teatro do Choque. A escola se desculpou, a Secretaria de Educação soltou notas (provavelmente escritas por um robô programado para usar a palavra "repúdio" 47 vezes) e a internet... bem, a internet reagiu como se tivessem descoberto que adolescentes têm hormônios.
É aí que a hipocrisia atinge seu auge, parecendo um pico nevado de contradições:
O Fantasma do Conteúdo Erótico: Ninguém quer a Educação Sexual na grade curricular, afinal, é "ideologia" ou "pornografia" (na visão de alguns). Mas os alunos? Eles estão sendo educados sexualmente 24 horas por dia por streaming, música pop, redes sociais e, aparentemente, pela necessidade de vencer gincanas escolares. O resultado é que, na ausência de diálogo, eles transformam a informação em performance pública. E o pior: fizeram isso com criatividade.
A Cegueira Seletiva: Nossos adolescentes vivem em um universo onde a sexualidade é explorada para vender carros, cerveja e, ironicamente, até material escolar. Se a mídia e o consumo hipersexualizado não os estivessem ensinando a simular isso, de onde viria a inspiração? Será que foi o estudo aprofundado de filosofia grega?
A Culpa Invertida: Em vez de vermos o evento como um indicador social de que o protecionismo e a negação falharam miseravelmente, corremos para punir os sintomas. O problema não é o motel de lona; o problema é a tentativa ridícula de manter a fantasia de que adolescentes são seres assexuados que só leem Machado de Assis e se preocupam com a tabela periódica.
A Moral da História (que não é Moral)
A verdade é que esses alunos, com a tenda improvisada, deram uma aula pública e performática de sociologia. Eles demonstraram que o nosso negacionismo sexual é uma piada. Podemos ignorar a realidade, podemos nos chocar, podemos proibir a camisinha em sala de aula, mas os jovens não vão esperar pela nossa permissão para descobrir e experimentar a vida.
Portanto, um brinde à equipe campeã da gincana! Eles não apenas ganharam a competição; eles ganharam o troféu Ironia do Ano e expuseram, de forma hilária e inegável, que quando o assunto é sexo e adolescência no Brasil, nós vivemos em um delírio coletivo onde o pátio da escola é a nova cracolândia da libido. E o mais engraçado: achamos que o problema é a tenda.
O que você acha que a escola deveria ter feito para lidar com a situação de uma forma menos hipócrita e mais construtiva?
Criado com Gemini, do Google.
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