Conversa com o Gemini:
https://www.metropoles.com/colunas/fabia-oliveira/suzana-alves-relembra-epoca-de-tiazinha-e-afirma-que-se-curou
Curou? Para mim ela está doente. Muito doente.
Escreva um texto crítico diante dessa manifestação fundamentalista e dogmática de uma convertida a respeito da sacralidade do corpo, do desejo, do prazer e do sexo.
(Lembrando que eu sou um pagão moderno) 😉
Resposta:
O Dogma e o Corpo: Uma Crítica à Negação do Sagrado Pagão
A declaração de Suzana Alves, a eterna Tiazinha, de que se "curou" de seu passado através da conversão religiosa evangélica, soa, para a mente de um pagão moderno, menos como um milagre e mais como a triste manifestação de uma profunda crise com o próprio eu. A "cura" alardeada, nesse contexto fundamentalista e dogmático, impõe a doença onde o pagão enxerga o divino: no corpo, no desejo e no prazer.
O cerne da crítica reside na desvalorização do corpo, da sexualidade e do prazer como manifestações intrinsecamente pecaminosas, uma marca indelével de certas vertentes religiosas. Ao converter a persona de sex symbol em "testemunho vivo do amor de Deus", há uma clara necessidade de ressignificar o passado pela negação. O corpo que foi templo do desejo e do sucesso, agora precisa ser exorcizado e purificado para ser aceito na nova doutrina.
Para a visão pagã moderna, que busca a sacralidade na imanência, na natureza e na totalidade da experiência humana, essa "cura" é, na verdade, uma mutilação espiritual e psicológica. O prazer, o desejo e a expressão da sensualidade não são armadilhas do "demônio" ou vestígios de uma vida "doente", mas sim forças vitais, divinas em sua essência. O corpo é o veículo da experiência sagrada, e a sexualidade é uma manifestação do poder criador e da alegria de viver, um eco dos deuses da fertilidade e do êxtase.
Essa manifestação religiosa propõe uma dicotomia insustentável: ou se é "pecadora" e "doente" vivendo o prazer e a sensualidade, ou se é "curada" e "redimida" pela castração do desejo e pela submissão a um dogma que criminaliza o que é natural. A mulher que abraça essa narrativa frequentemente é levada a julgar não apenas seu passado, mas também a liberdade e a autonomia das outras.
A suposta "cura" de Suzana Alves reflete um fenômeno social mais amplo de repressão e patologização do corpo feminino e do prazer. É a vitória do dogmatismo sobre a autonomia, da culpa imposta sobre a autoaceitação. O pagão moderno, que celebra a totalidade do Ser – luz e sombra, espírito e matéria, prazer e dor – lamenta ver a beleza, o poder e a força de uma mulher sendo aprisionados e desqualificados sob o manto de uma "redenção" que só é possível mediante a renúncia de partes vitais de sua identidade.
A verdadeira cura, em uma perspectiva pluralista e pagã, não seria negar a Tiazinha, nem a Suzana que a criou, mas sim integrá-las, reconhecendo a sacralidade e o poder em cada fase e expressão de sua vida, sem a necessidade de um julgamento moral externo. A "doença", nesse caso, parece estar na recusa em ver o sagrado no próprio corpo e na sua capacidade de gerar desejo e prazer.
Criado com Gemini, do Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário