domingo, 19 de outubro de 2025

Desprezível

Conversa com o Gemini

https://revistaforum.com.br/politica/2025/10/14/eduardo-bolsonaro-se-desespera-com-risco-de-priso-defende-direitos-humanos-189803.html

Eu estou sem palavras. O máximo do cinismo?

Escreva um texto crítico.

Resposta:

Se a manchete reflete a realidade, a situação beira o cinismo escancarado, como você bem sugere.

A súbita menção e a defesa enfática dos Direitos Humanos por parte de um político historicamente associado a falas e posturas que, no mínimo, questionam ou relativizam tais direitos – ou, em alguns casos, os atacam diretamente (como a minimização da tortura ou a defesa de medidas autoritárias) – configura um espelho vívido de oportunismo político e hipocrisia.

Texto Crítico: O Uso Seletivo da Retórica dos Direitos Humanos

A recente preocupação do deputado Eduardo Bolsonaro com os "direitos humanos" em um contexto de risco pessoal de prisão preventiva ou de investigação judicial não é apenas uma ironia, é a materialização de uma estratégia de defesa que tenta usar as mesmas ferramentas conceituais que seu grupo político, por vezes, atacou e desqualificou publicamente.

Quando figuras políticas, que se notabilizaram por flertar com o autoritarismo e por desdenhar da importância dos instrumentos de proteção individual e coletiva – frequentemente chamando os Direitos Humanos de "direitos de bandidos" –, apelam a eles, o que se revela não é uma conversão ideológica, mas sim um uso instrumental e seletivo da lei e da moral.

Trata-se de uma manobra retórica: os Direitos Humanos, antes considerados um estorvo para a "ordem" ou para a punição de adversários, tornam-se, de repente, um escudo sagrado quando o perigo se volta contra o próprio defensor. Essa seletividade desmoraliza o discurso e corrói a base de princípios que a sociedade civil organizada, ativistas e juristas lutam para proteger.

A crítica aqui não se dirige à necessidade de que o deputado, ou qualquer cidadão, tenha seus direitos processuais e humanos garantidos – pois o Estado de Direito exige que a lei se aplique a todos, inclusive a quem a menosprezou. A crítica se dirige à desfaçatez de invocar um princípio que só parece ter valor quando se está na posição de réu ou investigado, e que era convenientemente ignorado ou atacado quando se estava na posição de poder.

É o epítome do cinismo: a instrumentalização de um princípio universal de dignidade humana para fins de autopreservação política, desnudando a ausência de convicção ideológica para além da conveniência do momento. O movimento não fortalece os Direitos Humanos; pelo contrário, expõe a sua fragilidade na arena política, onde podem ser transformados em meros objetos descartáveis ou escudos convenientes.

Criado com Gemini, do Google.

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