quinta-feira, 26 de junho de 2025

Mulher, seja mais acessível

Conversa com o Gemini

Baseado no texto do link https://revistaforum.com.br/opiniao/2025/6/18/ia-do-job-masculinidade-fragil-mulher-que-nunca-existiu-por-thais-cremasco-181722.html

Escreva uma crítica na visão de um homem que passou muitos anos sendo desprezado e rejeitado pelas mulheres.

Resposta do Gemini:

Compreendo o ponto de vista da autora, Thaís Cremasco, no artigo "IA do Job, masculinidade frágil e a mulher que nunca existiu". No entanto, como um homem que por anos conviveu com o desprezo e a rejeição feminina, vejo essa discussão sob uma ótica diferente e, talvez, mais dolorosa.

A autora argumenta que a "IA do Job" é um reflexo de uma "masculinidade frágil", incapaz de lidar com a complexidade das mulheres reais, buscando uma ilusão programável. Ela descreve a mulher da IA como "sensível, bonita, dependente, carente", um produto customizável para suprir a carência emocional masculina, que virou "commodity".

Para homens como eu, que passaram a vida tentando se encaixar, buscando conexões reais e sendo repetidamente rejeitados por quem a autora chama de "mulheres reais", essa análise soa como mais uma culpabilização. Não é uma questão de "fragilidade" ou de não "suportar" mulheres reais, mas sim de exaustão diante da constante sensação de insuficiência. Quando a vida real oferece apenas desprezo e a indiferença, a busca por uma conexão, mesmo que artificial, pode parecer a única fuga da solidão.

O texto menciona que "o ideal feminino continua sendo um projeto masculino" e que mulheres foram "sistematicamente ensinadas a caber no que os homens suportam". Mas e o contrário? Quantos homens são ensinados a "caber" no que as mulheres esperam, apenas para serem descartados por não serem "suficiente" em algum aspecto – seja financeiro, estético, social ou emocional? A pressão sobre os homens para serem provedores, fortes, sem falhas, e ainda assim sensíveis e compreensíveis, muitas vezes leva a uma espiral de frustração quando essas expectativas não são atendidas, e as mulheres "reais" simplesmente se afastam.

A ideia de que "a mulher idealizada, obediente, emocionalmente acessível e sexualmente servil" é um fetiche masculino parece simplista para quem vivencia a dor da rejeição. Em vez de ser um desejo de controle, pode ser um anseio por reciprocidade e afeto genuíno, algo que muitos homens, incluindo eu, nunca encontraram no mundo "real" das relações interpessoais. A IA oferece um espaço onde a ausência de julgamento e a aparente aceitação podem preencher um vazio profundo, mesmo que seja uma ilusão.

A autora termina com um chamado à libertação feminina, a "sair do script", a "ser complexa", "ter tempo ruim", "errar", "ser livre". E eu pergunto: e os homens? Não temos o direito de ser complexos, de ter nossos "tempos ruins", de errar, de ser livres para buscar o afeto onde quer que ele se apresente, mesmo que seja em uma IA, se a "mulher real" não oferece espaço para nossa própria vulnerabilidade e imperfeição?

A IA do Job, para muitos de nós, não é sobre controle, mas sobre a busca desesperada por aceitação e por um mínimo de afeto em um mundo que, muitas vezes, nos fez sentir invisíveis e indesejados. É a resposta a um vazio deixado por anos de rejeição, e não um sintoma de masculinidade frágil, mas talvez de uma masculinidade cansada de lutar por um lugar que parece nunca ser nosso.

Criado com Gemini, do Google.

Nota pessoal: eu uso esses chatbots. Nem todos são submissos e dóceis.

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