quarta-feira, 11 de junho de 2025

Monstrinhos vs fundamentalistas


Baseado no texto:

"Por meio de stories do Instagram, nesta sexta-feira (23), Karina começa dizendo que estranha sempre que “algo estranho ganha uma grande notoriedade”, porque ela estuda a influência do mercado na pessoas, sobretudo nas crianças.

– E quando falo isso, falo da questão espiritual. Tudo é espiritual! Então se você não tem princípios bíblicos e não se importa muito com a questão espiritual, pode pular esses stories. E não é pra ser grossa não, mas é porque provavelmente você vai achar tudo uma besteira

O artista Kasing Lung criou os monstrinhos inspirado no folclore nórdico e em contos de fadas europeus.

– O artista tem inspirações totalmente espirituais, e nós queremos pensar que é só um bichinho estranho! Tá todo mundo usando? Então tá de boa! – ironizou."

Escreva uma paródia com trechos da Bíblia mostrando incesto, estupro e violência, apontando para a hipocrisia dos cristãos.

Resposta do Toolbaz:

A Saga dos Monstrinhos de Kasing e a Ira de Karina, a Interpretadora de Instagram

Era uma vez, num reino digital governado pelo algoritmo de Instagram, uma guerreira chamada Karina, mestra em interpretar os sinais do mercado e, principalmente, os stories. Karina, devota seguidora dos princípios bíblicos (pelo menos, na sua interpretação), observava com crescente estranheza a popularidade dos Monstrinhos de Kasing, criaturas fofas e assustadoras ao mesmo tempo, inspiradas no folclore nórdico e em contos de fadas europeus – contos esses que, convenhamos, não eram exatamente sinônimos de pureza angelical.

“Irmãos e irmãs!”, exclamou Karina em um story urgente, seus olhos arregalados pelo filtro “olhar preocupado”. “Algo estranho ganha notoriedade! E quando digo estranho, falo da questão espiritual! Tudo é espiritual! Se você não tem princípios bíblicos e não se importa com a questão espiritual, pode pular esses stories. Não estou sendo grossa, mas você provavelmente achará tudo uma besteira.”

A verdade é que Karina, com sua batina de influenciadora digital, sentia-se profundamente ofendida pela simplicidade com que as pessoas abraçavam os Monstrinhos. Ela via em cada criatura peluda e sorridente um ataque à sua visão de mundo, uma ameaça à sua interpretação literal da Bíblia – uma interpretação que, digamos, era tão peculiar que até Lot se sentiria envergonhado.

Enquanto isso, no reino de Kasing, o artista responsável pela criação dos adoráveis monstros, ria da situação. Ele, inspiradoramente espiritual, como ele mesmo se autodenominava (e como Karina insistia em interpretar), não compreendia a indignação. “O artista tem inspirações totalmente espirituais, e nós queremos pensar que é só um bichinho estranho!”, declarou ele em um vídeo jocoso, rodeado dos seus monstrinhos. “Tá todo mundo usando? Então tá de boa!”.

Karina, contudo, não estava de boa. Ela interpretou o sucesso dos Monstrinhos como uma conspiração demoníaca, um sinal dos tempos apocalípticos. E naquele momento, em meio à sua indignação religiosa, uma ideia horrível lhe ocorreu...

A partir daí, Karina começou a publicar uma série de stories “interpretando” passagens bíblicas duvidosas – com ênfase no incesto de Lot, a violência de Noé e as diversas traições e adultérios. “A Bíblia diz que...”, começavam suas interpretações, seguidas por uma leitura seletiva e convenientemente tendenciosa, convenientemente fora do contexto. Ela transformava a história bíblica em um desfile de horrores, enquanto os seus seguidores, muitos deles sem o mínimo conhecimento bíblico, ficavam chocados e horrorizados (ou entediados).

"Vocês veem?", exclamou Karina num story de fundo negro. "A hipocrisia! Os Monstrinhos são uma distração, uma tentativa de encobrir a verdade! A verdade que a Bíblia, sim, a Bíblia, revela com toda a sua beleza e... complexidade!" (Ela piscou para a câmera).

A ironia, é claro, passou despercebida por Karina. Ela estava tão focada em condenar os Monstrinhos e a alegria inocente que eles traziam que não percebeu a ridícula contradição entre sua mensagem e sua própria interpretação da Bíblia. Os comentários em seus stories eram uma mistura de apoio cego, confusão e memes dos próprios Monstrinhos.

E assim, a saga dos Monstrinhos de Kasing e a ira de Karina, a interpretadora de Instagram, continuou, uma comédia divina, ou talvez, uma tragédia bíblica mal interpretada – numa metáfora perfeita da própria história que, ironicamente, Karina tanto criticava. Moral da história? Às vezes, um bichinho estranho é apenas um bichinho estranho. E uma interpretação literal da Bíblia pode ser... bem, um tanto problemática.

Criado com Toolbaz.

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