domingo, 1 de junho de 2025

Amor é Roma invertido

Conversa com o Gemini

No Patheos, Roger Olson começou um texto com a seguinte pergunta:

"Um ateu pode ensinar a amar?"

"A questão é: o amor pode ser ensinado consistentemente por uma pessoa não religiosa?"

Escreva um análise crítica apontando para o fato (incluindo notícias) que o cristão não é exatamente um exemplo de pessoa que demonstre amor, sobretudo para a comunidade LGBT, as religiões de matriz africana e outras crenças.

Resposta do Gemini:

Num texto na Patheos, Roger Olson levanta a questão provocadora: "Um ateu pode ensinar a amar?" e, em seguida, elabora: "A questão é: o amor pode ser ensinado consistentemente por uma pessoa não religiosa?". A premissa implícita aqui é a de que a religião, particularmente o cristianismo, seria o repositório por excelência do amor e da sua capacidade de ensiná-lo. No entanto, uma análise crítica da realidade contemporânea revela que a prática de muitos cristãos, especialmente em relação a grupos minoritários, desafia essa associação direta entre fé e amor incondicional.

É inegável que os ensinamentos cristãos, em sua essência, promovem o amor, a compaixão e a caridade. Frases como "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" são pilares da fé. Contudo, a aplicação desses princípios no cotidiano de muitos fiéis e instituições cristãs tem sido, para dizer o mínimo, inconsistente, especialmente quando se trata de comunidades marginalizadas.

A comunidade LGBT+ tem sido, e continua sendo, alvo de discriminação e ódio por parte de setores cristãos conservadores. Notícias frequentemente relatam casos de igrejas que recusam o casamento ou a participação plena de indivíduos LGBT+, justificando a exclusão com interpretações bíblicas. No Brasil, em 2023, vimos o aumento de casos de violência e discursos de ódio contra a população LGBT+, muitas vezes ecoados por líderes religiosos. Um exemplo notório é a constante pressão de bancadas religiosas para barrar direitos da comunidade LGBT+ no Congresso Nacional, como a criminalização da LGBTfobia ou a equiparação de uniões homoafetivas a casamentos civis. Tais ações, que visam cercear direitos e demonizar identidades, dificilmente podem ser enquadradas como manifestações de amor ou compaixão.

As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, também sofrem sistematicamente com a intolerância religiosa, muitas vezes impulsionada por setores cristãos. Notícias sobre a depredação de terreiros, ataques a praticantes e discursos de ódio nas redes sociais são alarmantemente comuns. Em 2024, diversas reportagens denunciaram o aumento da violência contra essas religiões, com relatos de perseguição e profanação de espaços sagrados. A demonização de divindades e práticas afro-brasileiras por parte de líderes cristãos, que chegam a incitar a intolerância em seus púlpitos, contraria flagrantemente qualquer noção de amor ao próximo ou respeito à diversidade.

Além disso, a intolerância se estende a outras crenças, incluindo o ateísmo e o agnosticismo. Muitos cristãos, em vez de buscarem o diálogo ou a compreensão, adotam posturas de condenação e proselitismo agressivo, enxergando a ausência de fé como uma aberração moral. Essa postura, longe de ensinar o amor, promove a exclusão e a desconfiança.

Diante desse cenário, a pergunta de Roger Olson adquire uma nova camada de complexidade. Se a capacidade de amar e ensinar o amor fosse intrínseca e exclusiva à fé cristã, por que testemunhamos tantas manifestações de ódio e intolerância vindas de pessoas que se declaram cristãs? A verdade é que a capacidade de amar não é monopólio de nenhuma religião ou ausência dela. O amor, em sua essência, é uma virtude humana que pode ser cultivada e demonstrada por indivíduos de qualquer crença ou não crença.

Muitos ateus e pessoas não religiosas demonstram uma capacidade profunda de empatia, solidariedade e compromisso com a justiça social. Eles se engajam em causas humanitárias, defendem os direitos humanos, praticam a caridade e constroem comunidades baseadas no respeito mútuo, sem a necessidade de um mandamento divino. Sua motivação reside em um senso ético intrínseco e na compreensão de que a dignidade humana é um valor universal.

Portanto, a questão não é se um ateu pode ensinar a amar, mas sim se qualquer pessoa, independentemente de sua fé ou ausência dela, está disposta a transcender preconceitos e dogmas para praticar o amor em sua forma mais pura: o respeito, a aceitação e a busca pelo bem-estar do outro, especialmente daqueles que são diferentes ou vulneráveis. A história e o presente demonstram que, infelizmente, nem todo cristão exemplifica o amor, enquanto muitos não religiosos o praticam de maneira consistente e profunda. A verdadeira medida do amor não está na filiação religiosa, mas nas ações e na forma como tratamos uns aos outros.

Criado com Gemini, do Google.

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