O Papa é Pop
O Pop não poupa ninguém
O Papa levou um tiro à queima roupa
O Pop não poupa ninguém
O Papa é Pop - Engenheiros do Hawaii
Ultimamente eu tenho visto muitas mídias, jornais, revistas, livros e vídeos, enaltecendo o Estoicismo.
Talvez o Estoicismo precise de um tiro à queima roupa.
Quando algo vira unanimidade, eu desconfio. Que interesses se escondem atrás dessa popularização, dessa massificação, do Estoicismo?
A resposta rápida e imediata, é que a elite dominante percebeu que a filosofia pode e deve ser um produto de consumo.
Mas a mensagem subliminar é o que me interessa.
Citando alguns textos encontrados:
Superficial, incompleta e falsa. São essas as palavras escolhidas por Andytias Matos, doutor em filosofia pela Universidade de Coimbra para definir a “onda estoica” contemporânea.
A corrente estoica, explica Matos, é uma “doutrina total” da realidade, da sociedade e do indivíduo. Não pode ser picotada conforme a conveniência do leitor para então ser diluída em um mero conjunto de práticas cotidianas. Se isso acontecer, pontua, temos qualquer coisa, menos o estoicismo.
Matos explica que, para os estoicos, o sofrimento, a tristeza, o insucesso e a dor existencial existem na medida em que os seres humanos estão desconectados da razão. É a partir dessa premissa que o estoicismo desenvolve teorias e práticas com a proposta de reconectar o homem à racionalidade.
(https://investnews.com.br/carreira/o-estoicismo-e-pop-mas-sera-que-as-pessoas-entendem-mesmo-essa-filosofia/)
Nada disso quer dizer que o estoicismo seja um sistema filosófico ruim. De fato, há muita sabedoria nos aforismos de grandes pensadores como Marco Aurélio, Epicteto e Sêneca. Mas isso não significa que devemos desligar nossas faculdades críticas. Criticar aspectos de uma coisa não significa renegar o todo. É uma posição perfeitamente aceitável de se manter, desde que o que resta seja algo coerente.
Por exemplo, os estoicos costumam repetir a ideia de que devemos aceitar coisas que estão além do nosso controle. No entanto, tradicionalmente, eles faziam isso com base em um compromisso quase religioso com um universo predeterminado. Os estoicos acreditavam que havia um plano para a natureza e, portanto, devemos concordar com isso. É filosoficamente coerente assumir a crença “aceite o que você não pode mudar”, ao mesmo tempo em que rejeitamos o fatalismo da crença estoica.
(https://universoracionalista.org/o-estoicismo-e-popular-agora-mas-ha-algumas-desvantagens-serias/)
Pensadores estoicos como Marco Aurélio e Sêneca, estão se tornando autores mais vendidos no mundo. Isso se deve, em grande parte, à indústria de autoajuda, que “redescobriu’’ o estoicismo como um tipo de “filosofia de autoajuda”. Essa redescoberta vende o estoicismo como uma filosofia de “ação”, para pessoas ocupadas que não têm tempo para pensar em quebra-cabeças filosóficos sobre a vida.
(https://katiabrunetti3.medium.com/por-que-o-estoicismo-est%C3%A1-t%C3%A3o-popular-2d0f0dd6b3a9)
Retomando.
Os pensadores, de qualquer época, escreveram suas reflexões e opiniões a partir da experiência de vida e da leitura de textos. Eu obtive mais sabedoria vinda de pessoas mais simples do que desses afamados filósofos contemporâneos, que viraram meros influenciadores digitais, youtubers e tiktokers.
Tirando Karnall e Cortella, tornaram-se intragáveis Pondé e Ghiraldelli.
Ao invés de ir em busca de “respostas prontas” ou desse arremedo de auto-ajuda, o ideal é que a pessoa adquira a habilidade de observar a realidade. Pela experiência própria, depois de ler muito (ênfase no muito), depois de um longo e árduo exercício de empatia e coletividade (tirar o ego, sua província, sua etnia e classe social do centro), pode-se chegar a respostas mais interessantes que podem fazer, não apenas nossa vida melhor, mas a de todo mundo.
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