terça-feira, 9 de julho de 2024

Dia de Zé Pelintra

Rio - O Dia do Zé Pelintra é (foi) celebrado neste domingo (7), pela segunda vez desde que foi instituído no calendário oficial do município do Rio. Símbolo da malandragem e da boemia, a comemoração é apontada como um importante reforço no combate à intolerância religiosa. Seu Zé, como é chamado pelos devotos, é considerado uma das entidades mais populares do Catimbó e da Umbanda.

Ao longo do dia, o Santuário de Zé Pelintra e Maria Navalha nos Arcos da Lapa, no Centro, reuniu dezenas de pessoas. Na região, as ruas ganharam o vermelho e branco, já que a maioria dos devotos vestia as cores que representam a entidade. Em outros bairros, como Madureira, na Zona Norte, e Padre Miguel, na Zona Oeste, festividades também o homenagearam.

História sobre Zé Pelintra

Apesar de ser uma entidade bastante cultuada, Seu Zé não é um Exu ou Orixá, mas José Pereira dos Anjos, nascido no sertão de Pernambuco. As histórias sobre Zé Pelintra contam que, por conta da seca, precisou se mudar com a família para Recife, mas seus pais e irmãos morreram acometidos por uma doença. Sozinho e muito novo, passou a viver nas ruas e cresceu em meio ao ambiente noturno, de jogatinas e da arte da sedução. Além disso, era muito habilidoso com facas, sabendo defender-se muito bem, o que o tornou temido.

Ainda jovem, teria decidido mudar-se para o Rio de Janeiro, onde rapidamente ficou famoso nas áreas boêmias. Andava trajado com um terno branco, gravata vermelha, chapéu panamá e uma longa bengala. José teve um destino trágico, sendo assassinado com um golpe nas costas, e histórias afirmam que no momento da sua morte, teria virado um espírito de luz. Hoje, é cultuado em algumas religiões de matriz africana, mas principalmente na Umbanda e no Catimbó, que acreditam que a entidade trabalha em favor daqueles que são marginalizados pela sociedade.


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