Venho falar sobre um tema que muito me afligiu: a JÁ FAMOSA (graças aos deuses só no meio pagão) Igreja de Bruxaria e Wicca do Brasil. Tomei conhecimento desta tentativa inusitada através de uma mensagem eletrônica que iniciava uma campanha irônica (uma vez que evitarei o termo sms, por motivos óbvios e não quero que meu tópico seja deletado!).
Através deste fato inusitado, eu, aqui do interior do estado de São Paulo, tomei conhecimento do que estava ocorrendo nos “grandes círculos de discussões pagãos”, envolvendo nomes famosos, pessoas notáveis, egos, elderes, tradições e rótulos, rótulos e mais rótulos.
Pois bem, deixarei minha opinião clara, sem ofender a nenhum dos “sacerdotes cocada preta” (adorei o temo e me regozijei em risos):
Há partes já expressas no site em construção da IBWB que me causaram arrepios, os mesmos arrepios que me fizeram deixar a religião católica. Trechos como “Sacerdotizas e Sacerdotes credenciados pelo conselho de Elderes” e o próprio termo “conselho de Elderes”.
Se você chegou agora, não perdeu muita coisa, eis o resumo:
1 – Uma instituição que deseja representar os mais diversos ramos do paganismo, bruxaria e afins.
2 – Esta instituição não pede, divulga ou aceita opiniões sobre seus dogmas e “Standards” (retirado do próprio site da IBWB.)
3 – Esta instituição cria um conselho e elege uma sacerdotisa mor, que está longe de ser a pessoa mais lúcida, carismática e com capacidades comunicativas que seriam esperadas por alguém em “tão elevada função”, que defende em comunidades do Orkut que não se pode opinar, uma vez que a instituição já tem registro, dentre outros ataques megalômanos.
Pergunto a você, leitor que se atreveu a ler até aqui:
Estaria este grupo pronto a TE REPRESENTAR?
Você foi consultado quanto aos rumos de uma instituição que deve mostrar “a cara dos pagãos” e lutar pelos seus direitos?
Você acha que os “notáveis” do cenário do paganismo escolhidos farão o trabalho certo?
A minha resposta a todas estas perguntas é: NÃO, não apenas por não simpatizar com a figura fantasmagórica e ególatra de MAVESPER, mas por achar tal intento impossível. Reunir em uma única instituição algo tão íntimo e de tantas cores, opiniões e formatos como é o paganismo (ou bruxaria, magia ou seja lá como resolveram determinar que estas praticas se chamam) é uma tarefa hercúlea e fadada ao fracasso.
Porém me preocupa “a capa da revista”, quem vai fingir que me representa, sem ao menos ter me consultado, afinal, sou um homem que já saiu do “armário mágico” e muitos sabem o que faço. Um representante incapaz de lidar com a opinião discordante e a sua própria raiva em uma simples comunidade o Orkut não fará papel melhor ou menos vexatório diante do Brasil todo.
Minha vida e meu caminho pouco se alterarão diante da existência ou não desta “igreja” (RS desculpem, por mais que insistam em afastar o significante do significado, é impossível!), tenho meu próprio local para ritual, grupo, rituais e além de TODO O RESTO DE MINHA VIDA para me preocupar, mas me preocupo com os irmãos das grandes capitais, que assim como eu se distanciaram de um modelo eclesiástico fracassado e se lançaram contra o mundo a fim de sanar suas dúvidas e anseios e não possuem um conforto como o meu, tendo que recorrer a parques públicos, para estar perto da natureza. Estes terão que se recolher às “Igrejas”, onde são teoricamente aceitos, se, é claro, se encaixarem no “standard” pré-estabelecido pelos líderes que não elegeram e que nem ao menos conhecem de verdade.
Parece que se perdeu a visão intimista desta religião (ou oficio, como preferirem).
Espero que se este intento se tornar realidade, os acólitos e adoradores não escolhidos para serem sacerdotes “credenciados” não se assustem com os dízimos (que, podem apostar, aparecerão sob a forma de uma doação para despesas do templo e sacerdotes), com os abusos e inconsistências de uma liderança que está longe de ser imparcial, por estar intimamente ligada à figura da Abrawicca, que sempre foi alvo de muita discussão no meio (e, cá entre nós, Claudiney Prieto não é o Sacerdote Mor apenas por se tratar de uma figura tão adversa e obvia que nos pouparam deste último insulto) devido ao seu comportamento autoritário e ortodoxo (por mais que digam o contrário.)
Finalizo este manifesto com pesar, por esta ideia ter sido cogitada, uma vez que, desde o princípio dos tempos, a ARTE vem sendo praticada em pequenos grupos, atendendo às suas necessidades, sem a necessidade de institucionalização de algo que funciona MUITO BEM há milênios.
Já ouço os sons do “Sacerdotisa-móvel” se aproximando, as sacolas de dinheiro sendo transportadas em pleno Maracanã, as bênçãos, a necessidade de mais fiéis, a infalibilidade sacerdotal…
Poxa… já até mesmo sinto meu corpo queimando nas fogueiras…
Autor: João Paulo
Fonte: Comunidade Orkut "Wicca Brasil"
Nota da casa, reiterando meu comentário nessa mesma comunidade:
Até agora, só vi gente que está ou anda em volta do círculo da Mavesper e do Claudiney.
Até agora, não vi um alto sacerdote ou alta sacerdotisa da Wicca Tradicional em mais essa panelinha que visa tentar controlar e unificar a Wicca nos moldes das convicções deste círculo, tendenciosamente diânico, onde a voz da tradição, dos princípios e dos valores da Wicca são ocultados, censurados e proibidos.
Até agora, nem a Mavesper nem o Claudiney se manifestaram sobre onde entram figuras tupiniquins como Eddie, os wiccanos-cristãos e outras personagens que vivem empestiando a comunidade, como góticos, pseudo-vampiros e os que estão fazendo uma wiccumba.
Ainda não tive uma resposta quanto ao meu caso, ainda considerado um banido, um excluído, um excomungado, por ter a mais absoluta dedicação aos Deuses, não às vaidades, não às agendas pessoais, nem sonhos de grandeza e poder.
PS: O "sacerdote" Claudiney certamente é autoritário, mas apenas finge ser ortodoxo, dependendo de quais opiniões, doutrinas e objetivos que ele quer defender para se tornar o Papa da Wicca.
PS²: Sheeple, do inglês Sheep (ovelha) + People (Pessoas), é um termo pejorativo o qual atribui o comportamento de um rebanho de ovelhas de seguirem umas as outras ao fato de que as pessoas acreditam no que é dito sem uma pesquisa prévia sobre o assunto, o conceito de uma pessoa simplesmente seguir ordens de uma pessoa que parece confiável ou uma autoridade, o termo sheeple é constantemente utilizado nos cenários políticos e religiosos.[wikipedia].
Nota final: Repostado. Texto originalmente publicado em 27/11/2011, resgatado com o Wayback Machine.
Nenhum comentário:
Postar um comentário