Sabe-se que os cristãos se tornaram especialistas no papel de vítima. Usam essa estratégia para estimular e incentivar a empatia do público e angariar prosélitos.
Até notícias falando da "Igreja perseguida" são propagandas indiretas.
Nesse sentido, vê-se esta divulgação:
"Neste domingo, dia 06/02, logo após o Domingo Espetacular, a Record TV transmite o documentário "Bíblia – O Livro Perseguido", mostrando a história de perseguição e como os ataques acontecem pelo mundo nos dias de hoje.
Entre todos os livros que existem no mundo, a Bíblia figura entre os mais perseguidos.
É alvo de ataques por parte de líderes políticos e religiosos e, em pleno século XXI, em um mundo visto como globalizado, as perseguições continuam. De forma velada ou explícita. Um problema enfrentado nos mais diversos pontos do planeta."
Isso é uma contradição, afinal, os cristãos também alegam:
"O livro mais lido e vendido em todo o mundo é a Bíblia Sagrada.
Segundo a Sociedade Bíblica do Brasil, ela foi traduzida para quase 3 mil idiomas e ocupa o primeiro lugar do ranking há mais de 50 anos. Estima-se que mais de 3,9 bilhões de exemplares tenham sido vendido no mundo."
O raciocínio mais básico deduz que um livro que é tão vendido não pode ser perseguido.
Portanto o problema não está no livro, mas naquilo que os cristãos fazem de seu conteúdo.
E isso pode incluir as notícias que falam da "Igreja perseguida".
Existe, no Cristianismo, um grupo que, embora não os represente, costuma ser mais barulhento e mais visível. Muitos são os grupos, organizações e Igrejas cristãs que professam uma forma mais radical, menos tolerante e mais fundamentalista dessa religião.
Não é difícil encontrar textos que utilizam trechos da Bíblia de forma tendenciosa e desonesta que podem ser considerados "discurso de ódio".
Esse grupo está, geralmente, associado a grupos conservadores, da direita política, defensores da "supremacia branca" que, frequentemente, são xenófobos, homófobos, misóginos, racistas, fascistas e até neonazistas.
Isso parece paradoxal e contraditório, afinal, esses grupos costumam usar bandeiras como a liberdade de expressão, de opinião e de crença como se tais direitos fossem privados, absolutos e incondicionais.
Eu creio não ser necessário lembrar que nenhuma crença pode servir como desculpa ou justificativa para cometer crimes.
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