segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Bendito labor

Quando eu entrei no LinkedIn em 11 de agosto de 2020, eu acreditava que essa rede social era uma ferramenta voltada para profissionais e servia como canal entre estes e as empresas, para negócios ou empregos.
O objetivo primário é atendido, mas também serve como vitrine para pessoas e empresas venderem produtos e serviços. Isso pode ser considerado parte do pacote, mas, como em outras redes sociais, também se tornou um canal de disseminação de fake news, de discurso de ódio e de apoio ao governo fascista.
Ao longo dos meses, eu assisti a webinares e adquiri certificados. Ali, em conjunção com o Vagas, Infojobs e Indeed, eu fui, sistemática e insistentemente, me candidatando a qualquer vaga que tivesse algum encaixe, ou seja, eu fiz exatamente o oposto do que os especialistas recomendam.
Ao lado de postagens que são propagandas institucionais de empresas, pode-se ver postagens defendendo a meritocracia e postagens motivacionais repletas de gratiluz.
As minhas postagens são de política, com viés de esquerda, defendendo a justiça social e os direitos civis da comunidade LGBTQ+. Eu compartilho textos de meu blog bem como artigos que eu encontro, cujos conteúdos são questionadores e contestadores.
Como nós estamos em um país majoritariamente cristão, dificilmente aparecem postagens de outras religiões. Portanto é comum terem postagens motivacionais com essa identidade cristã.
No meu caso, eu tenho muitos Deuses e Deusas. Os mitos antigos mostram que o divino é laborioso, cada Deus ou Deusa tem a sua ocupação e função, não há um único Deus ou Deusa (espírito/entidade) que cuide do desempregado.
No mundo moderno e contemporâneo, o trabalho tem um sentido pejorativo, é considerado um castigo. Houve uma época que trabalhar era ser útil à comunidade e esta sempre tinha disponibilidade para utilizar cada indivíduo. Nesse tempo, todo trabalho era sempre digno, sagrado e abençoado. Que os Deuses abençoem quem trabalha e quem emprega e que todos voltem a perceber que a produção de riquezas é um ato social e que, portanto, a economia é socialista.

10 comentários:

Bruna disse...

Mas eu navego muito na internet, conheço centenas de sites pagãos, enfatizando o culto aos deuses das mais variadas vertentes! 🤔

betoquintas disse...

Correto, desconhecido. Mas no LinkedIn predomina a presença do Cristianismo.

Bruna disse...

É um fato, mas fazer o quê?

Bruna disse...

Pensa! É um grande progresso, pois o neopaganismo é recente no Brasil se comparado com o cristianismo... acredito que 400 mil wiccanos não é pouco perto do budismo que tem 245 mil adeptos aqui no país sendo 2.500 anos mais antigo.

betoquintas disse...

Eu sonho com isso. Imagine, milhares de covens no Brasil!

Bruna disse...

Sim e um lado muito bom da wicca é que ela engloba vários panteões de diferentes povos, pensa: a maioria dos wiccanos cultuam os deuses gregos, ou seja, são quase 400 mil seguidores dos deuses gregos, é quase o número das religiões afro, que é tradicional no país... isso é maravilhoso ver o culto dos antigos deuses sendo revividos

Bruna disse...

Também sonho não só com a wicca como o neopaganismo semítico, ítalo-romano, druidismo, dodecateísmo, asatrú e muitos outros... e a cima de tudo valorizar a Deusa-mãe em suas muitas diferentes formas

betoquintas disse...

Desconhecido, dos covens que eu estudei e conheço, a maior parte utiliza o panteão Celta. Aqui no Brasil nós podemos encontrar a adoção dos Orixás e dos Deuses aborígenes.

Bruna disse...

Bom dia Betoquintas, me enganei, são os deuses celtas, mas não importa de onde ė a divindade, e sim essa revivência de seu culto, pois tanto os deuses celtas e gregos tiveram seu culto reprimido e banido pelo cristianismo.

Bruna disse...

Não sou desconhecido, sou uma desconhecida 🤨