sábado, 19 de fevereiro de 2022

Baal, Senhor de Canaã

“Os deuses do passado tornaram-se seus próprios demônios para viverem.” - Bíblia Satânica.


A demonologia é parte da teologia e doutrina cristã. Sem isso, o filme “O Exorcista” sequer existiria. No filme, falam de um dos arquidemônios: Belzebu, mas a imagem que enche a tela é Pazuzu. Outro arquidemônio é Belphegor, que tem algo em comum com Belzebu. Ambos os nomes são derivados de Baal, o Deus das Tempestades e da Fertilidade dos Cananeus.


Baal não é um nome, mas sim um epíteto, um honorífico, que significa "senhor", no sentido de proprietário, tal como "lord" em inglês.


Usado tanto como teónimo quanto como topônimo, Baal era usado como sufixo para outros Deuses, como Haddad, por isso que ambos são considerados sinônimos ou a mesma persona. Baal é considerado semelhante a Teshub e, por associação, equiparado a Zeus e Júpiter (Jove).


Este é o caso de nomes como Baal Gade, Baal Hammon, Baal Shamem, Baal Berith e Baalbeck. Os nomes dos arquidemônios são corruptelas do nome composto por Baal Peor e Baal Zebulom. Para o desespero e escândalo dos rabinos e profetas, o povo de Israel cultuou Baal, seja por ser um epíteto, seja por causa de suas origens em comum com os Cananeus (os Hebreus eram, originalmente, politeístas).


Tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo atribuem ao culto de Baal o sacrifício de crianças, ignorando as passagens do texto sagrado deles que mostra o lado sanguinário de Yahweh.


Como os Deuses da região, Baal era representado com chifres de touro, assim, a imagem de um touro, um boi ou um bezerro, pode estar associado a inúmeros Deuses.


A referência que temos de Baal vem dos textos ugaríticos encontrados em Ras Shamra, Síria, mais especificamente o Ciclo de Baal. Em um resumo, esta coletânea de textos conta sobre o conflito de Baal com Yam (Deus do mar) e Mot (Deus da morte). Outro conta como Baal, com a ajuda de Anath e Athirat, teve a permissão de El para construir seu palácio.


Baal pode ser considerado um Deus tutelar e solar. Por sua identidade com as tempestades e chuvas, ele pode ser considerado um Deus da fertilidade e, considerando sua vitória contra Mot, um Deus que morre e ressuscita, o que reforça sua identidade como um Deus da vegetação.


Eu fiz essa postagem por sugestão dos leitores.

4 comentários:

Bruna disse...

Como uma divindade ora é deus ora é demônio, pelo agrado do Homem?... Ninguém tem poder sobre isso, se Baal é o deus da fertilidade, Ele sempre será o deus da fertilidade! Quem irá ditar as regras para um deus?... Como eu posso modificar uma divindade?... Que poder eu tenho em dizer: "ó vc era o deus da chuva, mas não quero mais, agora quero que você seja um demônio"... Divindade nenhum precisa se submeter ao Homem, nem precisa do Homem para alguma coisa ou para viver, Hadad é o mesmo desde o início dos tempos até toda eternidade.

Bruna disse...

Esses demônios foram inventados com propósito de demonizar os deuses cananeus, mas na realidade esses demônios não existem...

Bruna disse...

Obrigada Betoquintas pela postagem

Bruna disse...

Sim, Belphegor e outros foram inventados pra obscurecer a imagem de Baal, só pode ser idéia de quem? 🤨