O ser humano criou para si mesmo títulos para atribuir um
cargo, função ou importância. O ser humano escolhe seus lideres, seus representantes,
seus governantes. Inevitavelmente, infalivelmente, a pessoa que é colocada
nesses tronos inventados acaba acreditando que detêm algum tipo de majestade,
que é um ser privilegiado, ordenado, ungido, capacitado para exercer seu cargo.
O arcano da imperatriz mostra o vazio e a vaidade de quem se
arroga, cheio de prepotência ou presunção, aquilo que não possui de fato. O arcano
mostra uma mulher em trajes nobres, sentada em um trono, tendo um cetro em uma
mão e uma heráldica em outra. A aparência desta mulher ressalta sua condição de
regente, mas sua expressão é estática, imóvel, fria e distante.
O caminho iniciático mostra que não é a coroa, o cetro, a
heráldica, a linhagem, a ordenação, ou a iniciação que concede ao buscador sua
condição como Iluminado. Nenhum governo se sustenta quando o poder é baseado em
si mesmo, todo tipo de poder e regime somente funciona quando há uma aceitação,
colaboração e reconhecimento dos súditos, dos cidadãos, dos iguais.
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