Para preparar a celebração de Ostara, nós podemos chorar a
morte de Tammuz/Dumuzi.
Nós sabemos que a Páscoa é mais conhecida como Easter em
países anglófonos e que a origem desse feriado vem das festividades pagãs da
Deusa Eostre, celebração que nós chamamos de Ostara.
As celebrações feitas a Tammuz/Dumuzi não demoravam quarenta
dias, mas muitas religiões de mistério adotavam restrições alimentares como
parte do caminho iniciático. Em Roma, o mês de fevereiro era inteiro consagrado
à purificação.
Sabemos que tanto a Páscoa quanto a Quaresma tem raízes no
Judaísmo. Os quarenta dias da Quaresma vem da Pessach Judaica. A Festa de Ramos
tem sua origem na festa de Sucot. Mas os cristãos há tempos se separaram de
suas origens judaicas. Vertentes evangélicas confirmam nossa queixa que os
feriados religiosos cristãos são apropriações de antigas celebrações pagãs.
Chamou-me a atenção este trecho:
Depois que Tammuz foi morto por um javali, Ishtar colocou
cinzas em sua cabeça e lamentou por quarenta dias, privando-se de todo prazer e
comida.
Esta informação é confirmada por uma página dedicada à
cultura assíria que acrescenta:
Os antigos babilônicos usaram diversos mitos sobre seus
Deuses para explicar a natureza. O mito mais eminente das estações permanece até
hoje a maior história contada.
Este é o mito da história de amor entre Tammuz e Ishtar. Esta
história contando seu casamento, morte e ressurreição são celebrações usadas
para explicar um ritual de fertilidade conectado com o ciclo agrário de
nascimento-vida-morte-renascimento. No mito Ishtar simboliza o ciclo
reprodutivo lunar e feminino, enquanto Tammuz simboliza o ciclo das estações.
A página marca o mês de março ou de abril como sendo a data
para a celebração da ressurreição de Tammuz/Dumuzi. Tammuz/Dumuzi é um Deus da
Vegetação, os antigos povos do oriente celebravam os ciclos agrários com seu
nascimento, morte e ressurreição. No mundo greco-romano, Tammuz/Dumuzi era
identificado com Átis e Adônis.
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