quarta-feira, 1 de abril de 2015

A Quaresma Pagã

Para preparar a celebração de Ostara, nós podemos chorar a morte de Tammuz/Dumuzi.
Nós sabemos que a Páscoa é mais conhecida como Easter em países anglófonos e que a origem desse feriado vem das festividades pagãs da Deusa Eostre, celebração que nós chamamos de Ostara.
As celebrações feitas a Tammuz/Dumuzi não demoravam quarenta dias, mas muitas religiões de mistério adotavam restrições alimentares como parte do caminho iniciático. Em Roma, o mês de fevereiro era inteiro consagrado à purificação.
Sabemos que tanto a Páscoa quanto a Quaresma tem raízes no Judaísmo. Os quarenta dias da Quaresma vem da Pessach Judaica. A Festa de Ramos tem sua origem na festa de Sucot. Mas os cristãos há tempos se separaram de suas origens judaicas. Vertentes evangélicas confirmam nossa queixa que os feriados religiosos cristãos são apropriações de antigas celebrações pagãs.
Chamou-me a atenção este trecho:
Depois que Tammuz foi morto por um javali, Ishtar colocou cinzas em sua cabeça e lamentou por quarenta dias, privando-se de todo prazer e comida.
Esta informação é confirmada por uma página dedicada à cultura assíria que acrescenta:
Os antigos babilônicos usaram diversos mitos sobre seus Deuses para explicar a natureza. O mito mais eminente das estações permanece até hoje a maior história contada.
Este é o mito da história de amor entre Tammuz e Ishtar. Esta história contando seu casamento, morte e ressurreição são celebrações usadas para explicar um ritual de fertilidade conectado com o ciclo agrário de nascimento-vida-morte-renascimento. No mito Ishtar simboliza o ciclo reprodutivo lunar e feminino, enquanto Tammuz simboliza o ciclo das estações.
A página marca o mês de março ou de abril como sendo a data para a celebração da ressurreição de Tammuz/Dumuzi. Tammuz/Dumuzi é um Deus da Vegetação, os antigos povos do oriente celebravam os ciclos agrários com seu nascimento, morte e ressurreição. No mundo greco-romano, Tammuz/Dumuzi era identificado com Átis e Adônis.

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