Os arquétipos comportamentais femininos possuem uma moral antagônica e rival. Na condição marginal em que as mulheres se encontram dentro de nossa sociedade, os arquétipos de “Santa/Puta” criam uma rivalidade comportamental não-natural entre as mulheres, fazendo com que elas não se identifiquem como classe sexual.
Estes arquétipos de “Santa/Puta” são difundidos pela mídia que possui uma visão extremamente forte dos valores masculinos e cristãos, e são usados como instrumento de controle e manipulação tanto dos homens como de “todas” as mulheres.
Não percebendo que não existiria tal competição sem o estímulo dos próprios homens, com o objetivo de desviarem a nossa atenção de seus verdadeiros opressores, as mulheres acabam aliando-se ao poder masculino em oposição à solidariedade que deveriam ter umas com as outras (tipo: esposa x amante).
Negar tal situação poderia indicar a inexistência da opressão ou superação individual desta barreira. É por tal motivo que dentro de uma sociedade machista o maior elogio para uma mulher é associá-la a características falsamente ditas como sendo masculinas.
Como os arquétipos construídos para nossa identidade comportamental não possuem as mesmas características dos arquétipos masculinos, que são complementares e se fundem (“Deus e Jesus – Pai e Filho”, que são o mesmo), não existe antagonismo nos arquétipos masculinos capaz de fazer com que, entre os homens, exista muita dificuldade de se identificarem como iguais. Portanto, não existe um arquétipo antagônico e ambivalente que venha a desuni-los como classe, desde que compartilhem de uma mesma visão machista.
A função social da construção de identidade masculina é a de provedor, dono da autonomia econômica, atualmente mudando graças à atuação feminina, de centro das decisões políticas da humanidade e símbolo da racionalidade civilizada.
Por tais motivos que os comportamentos masculinos e femininos aparentam ser tão diversos. Pois, além da luta contra o fim da opressão masculina, as mulheres encontram também contra si a existência de uma cultura de massa que desde de o surgimento do cristianismo, passando pela difusão da escrita - a partir da criação da impressa, na Reforma Protestante e, hoje, impregnada por uma visão machista que deseja manter os privilégios sociais masculinos. Uma mídia industrial que tem como função reafirmar arquétipos de comportamento humano voltado para a desunião feminina e aversão à luta de classes sexuais.
Autor(a?): Maçãs Podres
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