Recentemente o mundo do espetáculo foi sacudido por mais um fenômeno: Susan Boyle. Pouco tempo depois do fim do concurso que a lançou, a cabeça de Susan "ferveu" (Boyle=Boiled) e ela foi internada em um hospital psiquiátrico.
Isso deveria ser um alerta e uma advertência a todos os aspirantes a celebridade, mas o que vemos diariamente é o aumento dos chamados "reality shows", onde os participantes demonstram de forma explícita um dos males de nossa sociedade doente: vale tudo para se alcançar a fama e a fortuna. As consequências estão bem visíveis no aumento da criminalidade, na ousadia e crueldade de quem opta pelo crime.
Essa distorção de valores é parte intrinseca do sistema economico e politico, como é possivel compreender o absurdo da contratação de um jogador de futebol por milhões de dólares enquanto professores vivem à míngua? Como é possivel patrocinar e incentivar a cultura do povo se cada vez mais há mais espaço para manifestações vulgares, como o pancadão, o funk, o pagode? Como é possivel esperar que crianças e adolescentes tenham um crescimento sadio se o ideal ainda são os marombados e as modelos? Onde fica a base dos valores humanos?
Andy Warhol lançou a Pop Art e o lema de que todo mundo terá seus quinze minutos de fama. Susan Boyle mostrou que isso nâo é tudo, nem é o suficiente. Sem o devido preparo psicológico, o futuro da celebridade instanânea pode ser melancólico ou trágico. Muitos que sentiram o gosto de estar debaixo dos holofotes, ao verem que o interesse esfriou, buscam voltar a ficar em evidência a todo custo...ou cometem suicídio porque não suportam o anonimato.
Eu prefiro continuar sendo um pagão ordinário e anônimo, sem fama, sem reconhecimento.
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