Enquanto que nos elementos terra e água as transformações são lentas, graduais e progressivas, no elemento fogo as transformações são rápidas, radicais e profundas. Ele age para limpar o que está velho e decadente para que das cinzas ressurja a vida.
O elemento fogo é encontrado em seu estado natural ou nas profundezas de nosso mundo ou no firmamento, seja no sol, nas estrelas, ou mesmo no relâmpago.
Para nossa espécie, o elemento fogo só foi entendido, domesticado e domado na forma de chamas em fogueiras, velas e incensários. Por ser a forma mais controlada desse poderoso elemento, piras são mantidas em templos desde épocas remotas, pois o elemento fogo é considerado o mais próximo os Deuses. Suas demais manifestações, como o sol, as estrelas e o relâmpago, também foram associados à manifestações dos Deuses. Da mesma forma, pedras preciosas, metais e demais símbolos comumente associados ao fogo, como o diamante, o ouro e o bronze, tomaram seu lugar nas cerimônias sagradas.
O elemento fogo recebeu distinção em vários sistemas religiosos, os sacerdotes frequentemente usaram roupas, cores ou emblemas que representavam o fogo, a presença dos Deuses, bem como a distinção sacerdotal. Dentro das doutrinas, o conceito de limpeza foi misturado ao conceito de purificação e disso surgiram o conceito de pecado e de purgação, tal como é exarcebado em religiões monoteístas.
Para o pagão, o bruxo e o wiccano, o fogo é a imagem de nossa alma, que é uma fagulha divina e, como somos formados pelos Deuses, temos o mesmo atributo do fogo que é, por si mesmo, puro e incorruptível. Nós vemos a decadência, a decomposição, como parte de um ciclo e vemos como necessário a transformação de tudo que está podre através do elemento fogo. Ele liberta a alma da prisão do corpo e nos ascende ao infinito, nas asas flamejantes do êxtase, para os Deuses Antigos, para a Sumerlândia, ou para uma nova encarnação.
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