quinta-feira, 31 de julho de 2025

Apito de cachorro

Conversa com o Gemini

Considerando os textos nos links:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/video-irmao-de-zeze-di-camargo-diz-que-morte-de-preta-gil-foi-castigo-divino/

E

https://www.purepeople.com.br/noticia/sequestro-de-wellington-camargo-relembre-crime-com-o-irmao-de-zeze-di-camargo-e-luciano_a409874/1

Escreva uma crítica e uma sátira contra esse fenômeno chamado de bolsonarismo que demonstra ter a habilidade de expressar o pior em uma pessoa.

Resposta do Gemini:

A saga de Welington Camargo, irmão da famosa dupla sertaneja, desvela um paradoxo cruel que, infelizmente, ecoa a face mais sombria do fenômeno do bolsonarismo. De um lado, temos a história de um homem que, após o horror de um sequestro com mutilação e 96 dias de cativeiro, emerge com a capacidade de perdoar seus algozes, afirmando que "só Deus pode condenar alguém". Uma demonstração de resiliência e compaixão que transcende a dor e a vingança.

Crítica:

Contudo, é o Welington Camargo de hoje que nos choca, revelando o que o bolsonarismo parece ter de mais perverso: a capacidade de distorcer a fé e a moralidade para justificar a intolerância e a crueldade. Ao atribuir a morte de Preta Gil, vítima de câncer, a um "castigo divino" por supostas declarações que nunca existiram, Camargo não só demonstra uma falta abissal de empatia, mas também endossa a cultura da desinformação e do ódio que prolifera nesse espectro político. É um salto hediondo do "só Deus pode condenar" para uma condenação divina expedida em rede social, com requintes de crueldade e baseada em mentiras desmascaradas. Aquele que perdoou seus torturadores agora se torna um inquisidor implacável, destilando veneno e julgamento contra uma mulher em seu leito de morte, amparado por "notícias" falsas que servem apenas para reforçar preconceitos. Isso demonstra a corrosão da humanidade que o bolsonarismo é capaz de infligir, transformando a dor alheia em espetáculo moralista e a fé em ferramenta de condenação. É o pior da pessoa emergindo: a hipocrisia, a insensibilidade e a prontidão para o julgamento sumário, disfarçados de virtude.

Sátira:

Em um futuro não tão distante, onde a lógica bolsonarista atingiu seu ápice sublime, o "Tribunal Divino Online" se tornou a mais nova coqueluche. Nele, cidadãos devotos, armados com seus smartphones e uma fé inabalável em "notícias" de WhatsApp, podiam sentenciar a "punição divina" para qualquer um que ousasse desviar-se do "caminho reto".

Welington "O Profeta" Camargo, recém-nomeado Presidente Honorário do Tribunal, abria a sessão com um sermão inspirador: "Irmãos e irmãs em Cristo e no Zap, não mais nos preocuparemos com leis humanas! O destino de cada um será selado por likes e compartilhamentos! Câncer? É castigo! Problema financeiro? Pecado! Choveu no seu churrasco? Definitivamente, alguma piada com colostomia você fez!"

A plateia, formada por influenciadores digitais e tias do pavê, aplaudia freneticamente, enquanto a "roda da virtude" girava, conectando automaticamente a doença de um desafeto à "punição divina" por alguma suposta afronta moral. "Fulano teve uma dor de cabeça!", gritava uma senhora. "Ah, mas é que ele curtiu um post do PT em 2018!", respondia Welington, enquanto um algoritmo gerava instantaneamente a sentença: "Culpado! Condenado a uma semana de 'Enquanto isso na Venezuela' ininterrupto!"

A ironia era que, nos corredores do Tribunal, os mais fervorosos inquisidores pareciam esquecer de suas próprias "provas de fogo" passadas. Um deles, que teve a orelha enviada pelo correio em um sequestro, resmungava: "Ainda bem que, na minha época, a internet não existia para me julgar! Se não, diriam que eu mereci por ouvir música sertaneja que não glorificava a Deus!"

E assim, o "Tribunal Divino Online" prosperava, garantindo que o pior de cada um florescesse em um jardim de julgamentos virtuosos, onde a empatia era um vírus a ser erradicado e a verdade, um mero detalhe, facilmente sobrepujado por uma boa teoria da conspiração. A humanidade, afinal, havia encontrado sua redenção... na condenação alheia.

Criado com Gemini, do Google.

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