Atrela-se à magia fenômenos que poder-se-ia classificar perfeitamente como religiosos, e vice-versa. A diferença, porém, é real. Em suma, até onde é possível distinguir, à primeira vista, ritos mágicos em operações que comportem a aplicação dos ritos religiosos ou de outras técnicas, aqueles surgem como apêndice, como possibilidades suplementares que escapam ao controle da razão. Além disso, se é difícil dividir os fatos entre as duas categorias, elas não deixam de se excluir também em teoria.
Antes de qualquer coisa, porém, deve-se observar que há entre a magia e a religião uma distinção de ordem juridica, a qual, aliás, nem sempre é afirmada com clareza. A magia é essencialmente ilícita, quando não criminosa; ela é sempre suspeita e espontaneamente caluniada."
A Magia no Mundo Greco-Romano. Henry Hubert. Páginas 39, 47 e 49.
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