Com o avanço da tecnologia e o fortalecimento das redes sociais como espaços de convivência íntima, a ideia de prazer deixou de ser exclusivamente física. Segundo pesquisa Datafolha/Omens, 44% dos brasileiros já consideram o sexo virtual algo comum. Outro levantamento aponta que 31% das pessoas praticaram sexting durante o isolamento social, e o mercado de brinquedos sexuais conectados a aplicativos cresceu mais de 200% nos últimos anos. Em paralelo, mais de 92% da população brasileira já tem acesso à internet em casa, o que reforça a presença das experiências digitais no cotidiano afetivo.
A campanha convida o público a refletir sobre o que significa ter prazer em tempos de conectividade constante. Como o orgasmo, por muito tempo silenciado, fingido ou reprimido, se transforma quando é vivido por meio das telas? E o que muda quando essa intimidade não precisa mais ser escondida ou disfarçada?
Para fomentar essa conversa, a plataforma convidou criadoras de conteúdo a compartilharem relatos sobre suas experiências afetivas e sensoriais no ambiente digital. Ao longo do mês, o público poderá acompanhar vídeos, entrevistas e peças visuais nas redes sociais da marca. Os conteúdos trazem diferentes percepções sobre o prazer mediado pela tecnologia e os desafios enfrentados por quem cria ou consome esse tipo de conteúdo, como o hábito de fingir prazer ou a dificuldade de comunicação entre parceiros.
De acordo com Alexandre Peccin, o objetivo não é apenas dar visibilidade à campanha, mas recolocar o prazer no centro das relações humanas. Ele afirma que prazer é coisa séria, humana e múltipla. O orgasmo digital precisa ser tratado com respeito e curiosidade. Dar espaço para essas falas é reforçar que a sexualidade, seja física ou virtual, é legítima, saudável e cheia de nuances.
— Queremos mostrar que o prazer não tem fórmula, posição ou lugar certo para acontecer. Ele é uma expressão da liberdade, e a tecnologia pode ser uma aliada poderosa nesse processo de autoconhecimento e conexão — declara.
Fonte: https://oglobo.globo.com/ela/noticia/2025/07/23/prazer-a-distancia-como-a-intimidade-virtual-esta-redefinindo-o-orgasmo.ghtml
Nota: o ser humano é complicado. Se resigna a ficar e manter uma sociedade cheia de opressão e repressão sexual. Vive entre o deslumbre e o pânico com a tecnologia e a inteligência artificial. O fato é que o mundo virtual fornece aquilo que deveria existir no mundo real. Bom... parcialmente... nós ainda vivemos com os mesmos tabus do século XVIII no tocante ao sexo, gênero e preferência sexual...
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