quarta-feira, 28 de maio de 2025

Tudo acaba em samba


Conversa com o Gemini

Pouco depois da ALERJ ter decretado Jesus Cristo como guardião do Rio de Janeiro, essa instituição vai homenagear Michelle Bolsonaro por promover os valores cristãos.

Escreva uma análise crítica e uma paródia onde uma assembleia legislativa (real ou fictícia) decreta Exu como patrono da cidade e faz uma homenagem ao icônico Madame Satã.


Análise Crítica: A Laicidade em Xeque e o Uso da Fé na Política

A recente decisão da ALERJ de decretar Jesus Cristo como guardião do Rio de Janeiro, seguida pela homenagem a Michelle Bolsonaro por "promover os valores cristãos", levanta sérias questões sobre a laicidade do Estado brasileiro e o uso instrumental da fé na política. A Constituição Federal estabelece que o Brasil é um Estado laico, o que significa que não há uma religião oficial e que o poder público deve ser imparcial em relação a todas as crenças, garantindo a liberdade religiosa para todos os cidadãos.

Ao eleger uma figura religiosa específica como "guardião" e ao condecorar uma personalidade por sua adesão a determinados "valores cristãos", a ALERJ não apenas viola o princípio da laicidade, mas também promove uma religião em detrimento das demais. Isso pode levar à exclusão e à discriminação de grupos religiosos minoritários ou de pessoas sem filiação religiosa, além de confundir as esferas pública e privada. A fé, que é uma questão íntima e pessoal, é transposta para o âmbito legislativo, transformando-se em moeda de troca política e ferramenta para angariar apoio eleitoral.

Essa instrumentalização da religião desvia o foco das verdadeiras necessidades da população e dos desafios sociais que deveriam ser prioritários para uma assembleia legislativa. Em vez de debater e aprovar leis que melhorem a saúde, a educação, a segurança e a economia, a ALERJ se ocupa de pautas que, embora possam ser importantes para alguns grupos religiosos, não se coadunam com o papel de um Estado laico e democrático. É fundamental que as instituições políticas se mantenham neutras em questões de fé, garantindo que o poder público sirva a todos os cidadãos, independentemente de suas crenças.

Paródia: A ALERJ e o Reinado de Exu

(Cena: Uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara – ALESP, um nome fictício para a ALERJ, com deputados suando em seus ternos sob o ar-condicionado quebrado. No púlpito, o Presidente da Casa, Deputado Péricles do Jabuti. Ao fundo, uma bandeira gigante do Rio de Janeiro estilizada com uma coroa de orixás.)

Dep. Péricles do Jabuti: (Batendo o martelo com veemência) Pela força dos antepassados e pela voz do povo que se agita nas encruzilhadas da vida, declaro aberta esta sessão histórica! Chega de santinhos engessados, de hinos que não tocam a alma e de milagres que só aparecem em ano eleitoral!

(A plateia, composta por figuras do samba, da malandragem, do candomblé e alguns turistas curiosos, aplaude com entusiasmo. Uma baiana joga pipoca para o alto.)

Dep. Péricles do Jabuti: Meus caros edis e nobres cidadãos da Guanabara! Após longas noites de debates acalorados – e algumas doses de caipirinha – esta Casa, em um ato de profunda sabedoria e umbanda popular, decreta: EXU, O ORIXÁ DA COMUNICAÇÃO, DOS CAMINHOS E DA DESCOMPLICAÇÃO, É OFICIALMENTE O PATRONO E GUARDIÃO MOR DA NOSSA CIDADE MARAVILHOSA!

(A plateia explode em aplausos e assobios. Um grupo de capoeiristas começa a gingar nos corredores. O Deputado Péricles do Jabuti levanta um punhal estilizado em direção ao teto.)

Dep. Péricles do Jabuti: Que Exu, com sua astúcia e seu bom humor, descomplique os engarrafamentos da Linha Vermelha, abra os caminhos para o turista perdido na Lapa e, principalmente, afaste a zica dos gabinetes onde se esconde a burocracia! Que ele nos dê agilidade para aprovar leis que realmente funcionem, sem enrolação nem "jeitinhos" para o lado errado! Laroyê Exu!

Plateia: LAROYÊ!

Dep. Péricles do Jabuti: E as homenagens não param por aqui! Hoje, temos a honra ímpar de celebrar uma figura que, mais que promover valores, VIVEU os valores da autenticidade, da resiliência e da ousadia carioca. Alguém que enfrentou preconceitos, ditou moda, brilhou nos palcos e nas ruas, e fez do seu nome um sinônimo de liberdade e resistência!

(Um coro de "Quem será? Quem será?" ecoa na sala.)

Dep. Péricles do Jabuti: Refiro-me ao inigualável, ao lendário, ao eterno MADAME SATÃ!

(Uma foto gigante de Madame Satã, com seu famoso bigode e olhar altivo, é projetada no telão. A plateia vai à loucura. Gritos de "É Lenda! É ícone!" preenchem o ar.)

Dep. Péricles do Jabuti: Madame Satã, com sua coragem de ser quem era em uma época tão careta, com sua força para enfrentar qualquer adversidade e sua elegância peculiar, representa a verdadeira alma do Rio! Ele não só promoveu a pluralidade e a identidade, mas encarnou a diversidade que pulsa nesta cidade! Que sua memória inspire nossos jovens a serem livres, autênticos e a dançar a vida no ritmo do próprio tambor!

(Uma escola de samba entra na sala, com passistas e bateria. O Deputado Péricles do Jabuti tenta manter a compostura enquanto a música toma conta.)

Dep. Péricles do Jabuti: (Com um sorriso maroto) Que esta Casa, sob a égide de Exu e inspirada por Madame Satã, seja sempre um terreiro de ideias, um palco de debates vibrantes e, acima de tudo, um espelho da alma multifacetada do povo do Rio de Janeiro! Axé!

(A sessão se encerra em meio a um samba animado, com deputados, público e capoeiristas misturando-se em uma grande festa, como só o Rio sabe fazer.)

Criado com Gemini, do Google.

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