segunda-feira, 26 de maio de 2025

Pousada liberal

Casais, solteiros, piscina aquecida, banho de espuma, festas e muito sexo. Quem procura uma pousada liberal quer tudo isso — e mais. Na prática, é um hotel comum, com uma diferença importante: é permitido ficar pelado e fazer sexo na maioria dos ambientes.

A diferença para motéis é a interação com mais pessoas — já que as principais atividades acontecem nas áreas comuns. O que muda para as baladas de swing, é que as pousadas liberais oferecem hospedagem, refeições e eventos ao longo do dia.

“Tem menos barulho, dura mais e dá para conhecer melhor as pessoas do que nas festas”, conta Felipe dos Santos, de 32 anos. Ele frequenta o meio liberal há cerca de dez anos com a esposa, Márcia Bongiovanni, de 31.

Rodrigo Menezes, sócio-fundador da RioZin, hotel liberal localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, explica que as práticas nas pousadas liberais vão além do swing (troca de casais).

Márcio Pimenta, criador do Villamor — resort liberal vizinho à praia de nudismo de Tambaba, na Paraíba — reforça que o objetivo é oferecer liberdade em um ambiente seguro.

Ambos destacam que os frequentadores são, em sua maioria, casais heterossexuais. “A comunidade LGBTQIA+ é bem-vinda, mas ainda representa uma parcela menor”, diz Rodrigo. Vale destacar que não é permitida a entrada de menores de idade.

Darkroom (sala escura), glory hole (cabines com buracos para interação íntima), camas coletivas, labirintos. Pode parecer desorganizado, mas o ambiente é controlado — e cheio de regras.

No universo liberal, consentimento, limites pessoais e zero julgamento são princípios fundamentais. Quem quebra esse código pode ser convidado a se retirar — ou até ser banido de vez.

Regras comuns em pousadas liberais:

nudez só nas áreas internas, longe da vista do público externo;
nada de filmar ou fotografar sem autorização;
beijos e toques só com consentimento claro;
sexo por dinheiro é proibido;
nunca participe de uma interação íntima sem convite.

Além disso, cada pousada adota regras próprias.

No Villamor, por exemplo, solteiros só são permitidos em eventos específicos, já que o foco são os casais. Já no RioZin, solteiros são sempre bem-vindos — mas os homens desacompanhados pagam mais.

Segundo o fundador do local, essa é uma estratégia para equilibrar o público, porque são os homens solteiros que mais procuram o espaço.

Na pousada carioca, os valores para day use (estadia das 12h às 20h) chegam a R$ 400 para homens solteiros. Casais pagam até R$ 180 e mulheres solteiras, R$ 70. A diária de fim de semana parte de R$ 550.

No Villamor, o day use custa R$ 500 por casal, e a diária gira em torno de R$ 800.

As regras de nudez também variam. No RioZin, ela é opcional nas áreas liberadas. Já no Villamor, existe ambientes nos quais é obrigatório ficar pelado — como na piscina.

No RioZin, os hóspedes também recebem um manual de bons comportamentos. Dois dos conselhos: ao abordar um casal, fale primeiro com a pessoa do mesmo sexo e sempre use o plural ao se dirigir aos dois.

Fonte, citado parcialmente: https://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2025/05/24/de-repente-todo-mundo-comecou-a-se-pegar-como-funcionam-e-o-que-rola-nas-pousadas-liberais.ghtml

Nota: eu já tenho um lugar para ir nas férias 😏🤭.

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