Segundo o Pentágono, os militares que já se declararam transgêneros serão desligados voluntariamente. Aqueles que ainda não se manifestaram terão um prazo de 30 dias para comunicar sua identidade de gênero ou deixar o serviço por conta própria.
A diretriz retoma um memorando divulgado em fevereiro, que havia sido suspenso por decisões judiciais. Na ocasião, o Pentágono deu um prazo de 30 dias para que os militares se identificassem como transgêneros e aproximadamente mil pessoas se manifestaram. Agora, com a decisão da Suprema Corte validando a política do governo, o Departamento de Defesa retomou a implementação da norma.
Fontes do Pentágono ouvidas pela CNN estimam que, até dezembro de 2024, havia cerca de 4.240 militares com diagnóstico de disforia de gênero em serviço ativo, na Guarda Nacional e na reserva. Esse número representa uma pequena fração dos 2 milhões de militares em serviço, mas especialistas apontam que o número real pode ser maior.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, endossou publicamente a medida. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), declarou: “Chega de trans no Departamento de Defesa”. Durante uma conferência em Tampa, ele já havia criticado políticas inclusivas. “Estamos deixando para trás o politicamente correto e a fraqueza. Chega de pronomes. Chega de caras de vestido. Estamos encerrando essa palhaçada”, avisou.
Em nota oficial, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, confirmou que os militares que se declararam transgêneros “iniciarão o processo de desligamento voluntário”.
A nova política enfrenta forte resistência judicial. Em um dos sete processos movidos contra a ordem executiva, a comandante Emily Shilling, da Marinha, contestou a medida, citando seus 19 anos de serviço militar, incluindo missões no Iraque e no Afeganistão.
O juiz federal Benjamin Settle, do estado de Washington, suspendeu temporariamente a ordem do governo, afirmando que não há provas de que a comandante Shilling prejudicou a coesão, prontidão ou eficácia militar. Ele classificou a política como “exclusão sem fundamento, dramática e aparentemente injusta”.
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/pentagono-desliga-militares-transgeneros-e-reacende-polemica-nos-eua/
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